Econ - Textos Variados LVII
José Inácio - A Contribuição Involuntária de Friedman (Defesa do Padrão Ouro)l:
251 - Texto nada argumenta. Keynes simplesmente errou quando criticou a superprodução como sendo a causa da grande depressão de 1929 (também errou quando foi a favor da criação do FMI. O Fundo Monetário Internacional não era pra ser, mas se tornou um mecanismo imperialista, é tanto que o próprio Friedman defendeu a sua abolição).
252 - Afirma que usam Friedman de maneira errada e causam crises por fazerem políticas monetárias. Não se pode controlar a oferta de moeda assim! Políticos maus! Resumo do texto. Deturparam Friedman.
Joseph Salerno - Entendendo a Argentina (Indicação de Rothbard):
253 - Entrevista de maio de 2002. Crise comendo já. Salerno: é o FMI o responsável pelo desastre que aconteceu na Argentina. Apoiou a dolarização em 1991 parecendo ter prometido que ia salvar qualquer merda que acontecesse. Resultado: influxo de capitais estrangeiros para a Argentina, induzidos pela perspectiva de grandes retornos sobre as taxas de juros, e pelo baixo risco de moratória ou desvalorização da moeda.
254 - Afirma que todo esse influxo foi usado para inchar o Estado. Não cita dados. Investimento ficou estagnado ou até decrescente.
255 - Solução? Deve admitir abertamente sua insolvência e repudiar unilateralmente toda a dívida pública já emitida. Viver de orçamento equilibrado, inclusive pelo fechamento que o mercado fará contra a Argentina.
256 - No entanto, isso irá temporariamente afugentar os necessários investimentos na dívida do setor privado argentino, de forma que o país precisará implementar políticas que restaurem a poupança privada e o investimento.
257 - Solução mágica: Assim, o terceiro passo é reduzir a absorção de fundos de investimentos pelo setor público, implementando equilibradamente um corte adicional de 20 por cento nos gastos e nas receitas do governo nacional, com os cortes sendo focados nas agências reguladoras e nos empregos públicos. Isso irá desobstruir o setor privado e abastecê-lo com a mão-de-obra e o capital urgentemente necessários; ao mesmo tempo, isso irá também reverter a expansão do setor público que ocorreu nos anos 1990.
258 - Também defende o fim das reservas fracionárias ao que entendi e, na prática, fim do Banco Central...
259 - Diz que a deflação pela contração monetária não será problema. Basta baixar os salários e demais preços também...
Juliano Torres - Contra Coase I de IV:
260 - Diz que a microeconomia atual aposta em Pigou e Coase contra as externalidades. Discorda de ambas por achar que eles buscam “ótimos de Pareto” sem pensar se resolvem a questão de forma justa ou não. Faltariam princípios. A eficiência econômica não deveria ser o critério número um.
261 - Música alta e vizinho. Grosso modo, só há custos unilaterais em Pigou. Coase já defendia que não existia custo unilateral - que os custos são sempre para os dois lados. Porque quando João é proibido de ouvir música alta, ele também está sendo prejudicado. Então, já que os custos são inevitáveis, Coase defendia que se fizesse tudo para que o custo seja mínimo.
262 - Usa um exemplo tão idiota que vou nem transcrever pra defender o critério de Rothbard contra o de Coase. Compara a um estupro feito por um indócil saído da cadeia contra uma “pervertida”.
Juliano Torres - Somália Anarco Capitalista:
263 - Pura maluquice. Só salvei pela maluquice. A Somália era e continua um caos, com indicadores horríveis e outros inexistentes. Sempre houve governos de algum tipo e hoje há até alguma tentativa de união nacional (não que isso seja bom). A premissa de que não há governo, por si só, já é errada. Fato é que ancaps deliram e muitas vezes merecem o título de anarco-feudalistas.
Juros Altos:
264 - Texto de 2002. Um dos primeiros que salvei na vida. Ontem, a consultoria Global Invest divulgou seu ranking mensal de países com as taxas reais (descontadas da inflação) mais altas do mundo — o Brasil aparece liderando a lista pelo segundo mês consecutivo, passando de 10,3% ao ano registrado em julho para 10,1% em agosto. Selic a 18%.
265 - Beluzzo critica: A taxa real de juros, descontada a inflação, no governo FHC foi muito alta, ficou em torno de 14% ao ano. Isso significa que qualquer outro projeto de investimento ou qualquer negócio produtivo tem que ter um rendimento no mínimo superior a esse. Porque a alternativa é colocar o dinheiro no mercado financeiro ou simplesmente evitar se endividar.
266 - Diz que o desequilíbrio externo precisa ser corrigido com aumentos das exportações e afins. O governo teria virado refém do capital estrangeiro, que não pode deixar sair de jeito algum, daí esses juros.
267 - Hoje então não poderia haver uma redução de taxa de juros?
Hoje o Banco Central seria temerário se fizesse isso. Com esse clima de incertezas, se ele baixa a taxa de juros, o câmbio vai disparar. Se o câmbio dispara, vai afetar a inflação e vai haver fuga do real. É uma armadilha em que o país caiu por conta da política do atual governo.
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