Econ - Jennifer Hermann - Auge e Declínio do Modelo de Crescimento Com Endividamento - o II PND (Parte 3)

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217 - “Detalhe” de outros textos: O endividamento subiu de 15,7% do PIB em 1964 para 54% do PIB quando os militares deixaram o poder, em 1984. Cresceu muito em todos, mas Geisel explodiu. … O estoque da dívida passou de US$ 13,7 bilhões no início de 1974 para US$ 52,2 bilhões, em 1978, ou quase quadruplicou! A formação de reservas através de mais endividamento manteve bem mais baixa a dívida líquida, que passou de US$ 7,3 bilhões para US$ 13,2 bilhões, ou o dobro do valor de 1973. (...) A relação dívida externa/PIB passou de 17% em 1973 para 26% em 1978, ou um crescimento médio de 21%. Pode parecer “não-absurdo” porque o PIB estava inflado de forma insustentável. Quando Figueiredo teve que estourar a bolha, PIB caiu e dívida continuou subindo com os juros Volcker. Proporção bateu 54%. No governo Figueiredo, sob a regência do ministro Ernane Galvêas, a dívida externa cresceu em media 11,9% ao ano, em contraste com os 23,2% ao ano do governo Geisel. Contudo, em proporção ao PIB ela dobrou.

218 - A relação “dívida externa líquida/exportações” cresce de 1,8 para 2,5 durante o governo Geisel. Chega a 3,7 em 81/83. Só cai para 3,3 em 84 devido aos ajustes cambiais...

219 - … Em 1979 e 1983, ajustes. Existiram duas maxidesvalorizações (30% ou mais, cada) cambiais a fim de aliviar um pouco as contas externas. A balança comercial melhorou, saindo do déficit para o superávit (importações contraíram mais que o PIB e exportações cresceram). Claro que isso ajudou a perder a mão da inflação, porém. Delfim até tentou frear esse “colateral” com uma política monetária contracionista no M1 e no crédito. Mesmo assim… Inflação:



220 - Um feito positivo do II PND: os bens básicos caíram de 65 para 32% de nossa pauta de exportação entre 73 e 84. (Hoje acho que já voltou a 60 e pouco).

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