Postagens

Mostrando postagens de janeiro 3, 2021

PP - Textos Diversos XII

  Grouxo-Marxista (PP) - O Estado e As Ocupações : 364 - Em novembro surge um movimento com o nome Contra a Terceirização com uma articulação fora das escolas, no paradigma da Frente de Luta em 2013: plenárias abertas, com direito de fala, voto e de pegar qualquer tarefa para todos os interessados, carro de som financiado por meio de vaquinha ou doação sem contrapartida, enfim, o pacote todo. 365 - Os secundaristas iniciaram sua luta em solidariedade, mas depois ganhou dinâmica própria. As primeiras ocupações levaram a UBES a entrar na história também e incentivar as demais. Os professores vacilaram na ação direta, estudantes assumiram o protagonismo. Tudo isso após algumas marchas a órgãos públicos com reivindicações não-atendidas. 366 - Os governos e gestores alinhados (inclusive alguns professores) incentivaram grupos da sociedade a criarem movimentos de “desocupa” e coisas como “pais pela educação”. (...) Essas reuniões serviam para difundir boatos sobre o iminente fecham...

PP - Textos Diversos XI

  Glória Cecília Figueiredo e Daniel Caribé (PP) - Por Que Devemos Ser Contra o PDDU de ACM Neto : 347 - O processo de participação popular não passou de um simulacro, sendo que a Prefeitura não seguiu a recomendação do Conselho Nacional das Cidades de que representações da sociedade civil compusessem a coordenação do processo, participando de todas as etapas de concepção e elaboração do Plano. Entre as 14 audiências públicas propagandeadas pela prefeitura, somente as seis últimas – e seriam só quatro, tendo as duas últimas acontecido por exigência dos movimentos sociais e comunidades – tiveram por objetivo debater a proposta apresentada pelo poder executivo municipal. O número de audiências públicas realizadas é insuficiente para garantir uma efetiva participação da população da terceira maior capital do país. A metodologia das audiências foi duramente criticada pelos movimentos sociais e demais setores da sociedade e as críticas e sugestões ao Plano foram ignoradas. 348 - Anu...

Fagner Enrique (PP) - Mário Pedrosa e o Golpe de 1964 IV

 (continuação...) 322 - Com Eisenhower começam, aos poucos, a serem mais influentes os homens de negócio. Nelson Rockefeller teve a habilidade de ser influente de Roosevelt a Eisenhower. 323 - No rodapé dessa parte IV do texto, há longa nota sobre o anticomunismo nos EUA. Surge de forma radical em 1919 pelo medo do que ocorreu na Rússia e pelas crescentes ações diretas de comunistas e anarquistas. Ponto alto:  Embora o número de comunistas americanos nunca tenha sido grande, ele se localizavam nas cidades e sua influência parecia ser ampliada pelo surgimento da crescente insatisfação operária. Um greve geral em Seattle, uma greve da polícia de Boston e uma greve violenta na indústria de ferro e aço, alarmaram o povo americano na primavera e no verão de 1919. Uma série de atentados à bomba levou ao pânico. No dia 2 de junho, uma bomba despedaçou a fachada da casa do ministro da Justiça, A. Mitchell Palmer. Embora o homem que a jogou tenha também explodido em pedaços, as autorid...

Fagner Enrique (PP) - Mário Pedrosa e o Golpe de 1964 III

(continuação...) 312 -  Durante o “milagre econômico”, segundo um historiador, “construiu-se um ‘modelo econômico’ com forte investimento do Estado em setores não lucrativos ou de baixa lucratividade inicial, mas imprescindíveis ao crescimento (energia, estradas, siderurgia, telecomunicações) e garantidores de alta lucratividade para o grande capital, assim como a maior abertura possível do país ao capital estrangeiro (com a inevitável desnacionalização da economia). 313 - Oposição nos EUA às políticas de Roosevelt:   Muitas das empresas americanas com grandes capitais na América Latina, “pelos seus homens mais representativos”, chegaram a dar mostras de que o seu objetivo era “uma simples volta ao big stick” ou algo como “uma série de sanções econômicas em represália às ações confiscatórias de vários governantes latino-americanos, a fim de obrigá-los a devolverem as propriedades norte-americanas aos antigos donos”. 314 - O Estado norte-americano reclamava dos trustes for...

Fagner Enrique (PP) - Mário Pedrosa e o Golpe de 1964 II

 (continuação...) 298 - Ademais, o nacionalismo econômico entra muito em voga enquanto ideologia. 299 - Mesmo com os desfalques - que levaram a pessoas nos EUA dizerem que eles é que eram explorados pela América Latina - o governo americano, continuou a fazer, por conta própria, empréstimos à AL:  Para o governo americano, contudo, trata-se de uma decisão pensada para minorar os efeitos da crise econômica: o governo interveio “para encontrar sobretudo os meios dos latino-americanos continuarem pelo menos a comprar produtos norte-americanos”. 300 - Ainda se preocupavam em expulsar os alemães das oportunidades de negócios. 301 - O Estado vira, portanto, um empreendedor imperialista privado a fim de salvar o imperialismo americano.  “Pela primeira vez na história do imperialismo americano”, escreve Arthur Pincus, citado por Pedrosa, “a conexão devedor-credor foi tomada a Wall Street e trazida à esfera das relações intergovernamentais, com os vinte países hispano-americanos, ...

Fagner Enrique (PP) - Mário Pedrosa e o Golpe de 1964 I

  Fagner Enrique (PP) - Mário Pedrosa e o Golpe de 1964 :           287 - Sobre a inclinação de Rui Barbosa e Benjamin Constant, afirmou que esses primeiros homens da república visavam imitar os Estados Unidos, que teria inclusive crédito mais barato para o Brasil, e que o regime de 64 retoma um pouco disso. Vê-se, portanto, que a opção de uma parcela das classes dominantes brasileiras pela substituição da Europa pelos Estados Unidos, enquanto parceiro comercial exclusivo e modelo político, econômico e social a ser seguido, vem de longa data. 288 - Pedrosa, citando trechos de um discurso proferido por Roberto Campos, ministro do Planejamento do Governo Castelo Branco, no Comitê Interamericano Econômico e Social da Aliança (trata-se da Aliança para o Progresso do Presidente John Kennedy), escreve: “se pudesse […] o Dr. Campos daria ‘contornos de alta prioridade ao incremento da produção e produtividade agrícola’ e não ‘à promoção do desenvolvimento indus...

PP - Textos Diversos X (Fagner Enrique)

Fagner Enrique (PP) - Autonomia x Reformismo : 277 - É impossível iniciar qualquer luta proletária autônoma senão por meio de lutas por reformas, por melhorias nas condições de vida dos trabalhadores, pela simples razão de que são essas lutas que primeiro colocam os trabalhadores em movimento. (...)   Cada trabalhador precisa perceber, por si mesmo, a uma certa altura do processo de luta, que as reivindicações inicialmente levantadas são já insuficientes (ou porque foram satisfeitas ou porque são incapazes de resolver os problemas inicialmente confrontados e/ou uma série de outros problemas) e que é preciso avançar na pauta de reivindicações, o que também corresponde a perceber que é necessário partir para formas mais radicalizadas de luta. 278 - A essa altura, é preciso fazer um esclarecimento: nem sempre a expressão “formas mais radicalizadas de luta” deverá ser entendida como “formas mais violentas de luta” – tendo-se em vista o próprio avanço da luta anticapitalista. 27...

Fagner Enrique (PP) - Ainda Sobre a Centralidade da Tática

  Fagner Enrique (PP) - Ainda Sobre a Centralidade da Tática : 264 - Há ações que surgem da espontaneidade do fato, mas algumas são planejadas. A existência de planejadores não é, em si, um problema: Se os militantes não se afirmam como gestores perante a base, há participação, não direção . 265 - Crê também que um grupo “de fora” pode somar a grupos que já estejam se organizando por dentro. Isso só é um problema a depender da forma com que se faz. Se o objetivo do grupo político não é produzir novos militantes subtraindo lutadores – ou fazer de uma mobilização que mal começa a dar os primeiros passos uma nova organização, fonte de novos militantes e/ou de novos eleitores – a coisa toda pode correr bem. 266 - Um dos equívocos relativos à noção de “trabalho de base” é o de não se levar em conta que muitos trabalhadores acompanham, mesmo que de longe, os êxitos e fracassos dos grupos políticos. Um tipo de luta que não atinge seus objetivos ou sequer apresenta objetivos e os mei...

PP - Textos Diversos IX

  Elia Gran e John Tarleton (PP) - Fight For Quinze Dólares e a Mcdonaldização dos Sindicatos nos EUA : 236 - Governadores de Califórnia e New York cederam e vão adotar o novo salário mínimo em 3-5 anos. Causa? Fight for 15$, uma campanha sindical que conseguiu envolver empresas com pouco ou nenhum nível de filiação. O que recebiam não dava para pagar seguro de saúde. 237 - Narra a história. Essa foi a primeira de muitas greves e atos de rua realizados em especial por trabalhadores de fast food que exigiam um salário mínimo de US$15 por hora e um Sindicato. (...) a relevância do Fight for $15 não se deve tanto ao número de funcionários de fast food, lojas de moda, hospitais, empresas do setor de segurança, etc. que envolveu, mas porque ele conseguiu representar o desconforto de mais de 64 milhões de americanos que recebem salários de miséria. 238 - O sindicato que apoiou o movimento com mais força foi o SEIU, o Sindicato Internacional dos Empregados do Serviço. Esta central ...