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Mostrando postagens de janeiro 13, 2021

Econ - Textos Variados XVIII (Lance Roberts)

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  Anotações Sobre “ Economia Pura ” (Novos).   Pura entre aspas .     Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.   Lance Roberts - A Economia dos Protestos nos EUA : 1 – Enquanto a pandemia de coronavírus continua a atacar a economia, muitos americanos estão diminuindo suas contribuições para a aposentadoria, mas alguns estão sacando de suas contas de aposentadoria para pagar pelos itens essenciais. Uma nova pesquisa descobriu que 3 em cada 10 americanos precisou sacar dos fundos destinados a seus anos dourados - e a maioria dos que o fizeram gastou em mantimentos. Diz mais no meio do texto: O que isso nos diz é que os indivíduos não poderiam sobreviver mais de UM MÊS antes de sacar a poupança da aposentadoria. Mas e os 50% a 60% dos indivíduos que sequer tinham uma poupança? "Um relatório de 2018 do Instituto Nacional de Segurança de Aposentadoria, sem fins lucrativos, descobriu que quase 60% dos norte-ameri...

Econ - Textos Variados XVII (URSS e Keynes)

  João Quartim de Moraes - O mito do fracasso econômico da URSS 663 - Professor de filosofia, mas vamos lá. Cita URSS, ascensão e queda: a economia política das relações da União Soviética com o mundo capitalista, livro publicado por Luís Fernandes em 1991. 664 - Acho que seria mais vantagens ler os trabalhos em que ele se baseia do que os argumentos dele. Serguei Kara-Murza, acadêmico russo de mérito internacionalmente reconhecido, professor na URSS e na Espanha, publicou na revista Gerónimo de Uztariz o ensaio “Qué le ocurrió a la Unión Soviética?”, no qual sustenta categoricamente que não havia crise na economia soviética quando Gorbachev lançou sua malfadada “perestroika” (Kara-Murza, 1994). 665 - A taxa de investimnto não tinha caído. (Sim, e daí?) 666 - Argumentos fracos e quando apresenta dados erra na interpretação deles. 667 - Ao comentar a derrocada da URSS em entrevista com o jornalista Ignacio Ramonet, Fidel Castro mencionou os desperdícios suscitados pelos preços ...

Econ - IPEA - Comparação da Produtividade Agrícola Brasil - EUA 1950 a 2010

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  I PEA - Comparação da Produtividade Agrícola Brasil - EUA 1950 a 2010 647 - Para alterar a produção, as próprias políticas agrícolas, como as de crédito, muitas vezes subsidiado, tiveram a função de capitalizar mais a agricultura, promovendo ligações desta com outros setores, como o de insumos (antes da porteira) e aquele composto por agroindústrias, tradings, supermercados (depois da porteira), entre outros que podem se relacionar com a produção, definindo padrões e até mesmo promovendo financiamentos. 648 - A produtividade do trabalho, calculada por meio da fração entre o valor adicionado e a população ocupada de cada estabelecimento produtivo, é a variável referência que dimensiona a heterogeneidade estrutural (HE) nos estudos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). (...) Este estudo mostra que, embora haja convergência da produtividade agrícola do Brasil com a dos Estados Unidos nas últimas três décadas, ainda se observa significativa heterogeneidade...

Econ - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - PIB Per Capita em PPC e Participação da Indústria no PIB II

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 (continuação...) 634 - Além dos casos de “desindustrialização normal” e “prematura” pela série mensurada a preços correntes, há um terceiro grupo de países em que a participação da indústria no PIB aumentou na maior parte do período. São eles: Arábia Saudita; Coreia do Sul, Irlanda, Malásia, e Tailândia. 635 - Interessante que a Austrália de 23 mil dólares de per capita em 1970 tinha 16% (ou 24% a preço constante) de indústria no PIB. Ou seja, mesmo ela - a “não-industrializada” de sucesso - nunca esteve no mesmo percurso “desindustrializador” que o Brasil. (O mesmo pode ser dito do Canadá, trajetória imensamente parecida com a da Austrália) (Reino Unido é parecido também, só que mais “light”). 636 - Interessante também que a Arábia já tinha um “per capita” bem alto em 1970. Sempre acima de 40 mil dólares. 637 - A Bélgica entre 20 mil (1970) e 46 mil dólares (2017) parece estar se desindustrializando só a preços correntes (sai de 34 pra quase 14% do PIB), mas a preços correntes tu...

Econ - Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - PIB Per Capita em PPC e Participação da Indústria no PIB I

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Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial - PIB Per Capita em PPC e Participação da Indústria no PIB I 621 -Baseia-se em estudo de O estudo preparado por Paulo Morceiro e Milene Tessarin, da Fipe/USP, a pedido do IEDI. A preços correntes, enquanto a participação da manufatura no mundo como um todo declinou 1/3, passando de 26,2% para 17,3% entre 1971 e 2017, no Brasil a redução chegou a ser de metade: de 23,2% em 1971 para 11,3% em 2017. 622 - A indústria é o principal polo gerador de ganhos de produtividade, possibilitando a redução de custos e preços finais, e é também o setor que mais está sujeito à concorrência internacional, restringindo repasses de preços. (...) Corrigir esta influência dos preços, não traz alteração significativa na evolução brasileira. A preços constantes, que exclui a inflação setorial, a participação da manufatura no PIB do Brasil também recuou fortemente: de 21,4% para 12,6% entre 1971 e 2017. É aqui que fugimos à regra, pois no agregado do mund...

Econ - Hjalmar Schacht e a Economia Alemã (1920-1950) - Discussão Monetária IV

 (continuação...) 612 - A mágica da recuperação keynesiana foi criar uma sociedade anônima baseada no prestígio de quatro grandes empresas alemãs (Siemens, Krupp) para captar empréstimos externos (governo bagunçado estava sem moral) e usar em obras públicas para eliminar o desemprego (e depois em armamento).  Essa empresa privada emitiria títulos (Saques Mefo), garantidos pelo governo, e que poderiam ser descontados na rede bancária alemã, depois de determinado prazo. Os bancos, por sua vez, poderiam trocar os Saques Mefo por marcos diretamente no caixa do Reichsbank, respeitando também certos prazos. Os títulos pagariam juros de 4% ao ano. O governo alemão, de posse desses títulos, passou a pagar suas despesas com as empresas fornecedoras por meio dos Saques Mefo, sem emitir papel-moeda. As empresas, entretanto, preferiram não descontar os títulos, pois rendiam juros anuais significativos para uma economia estabilizada. (...) Como os saques davam 4% de juros e podiam ser troc...

Econ - Hjalmar Schacht e a Economia Alemã (1920-1950) - Discussão Monetária III

 (continuação...) 602 - Sinuca de bico: Entendia também que os empréstimos externos estavam servindo para a compra de bens industriais no exterior, o que prejudicava a criação interna de empregos: “Moeda estrangeira só pode ser gasta no exterior. Provoca o aumento das importações, especialmente produtos manufaturados. A manufatura alemã seria penalizada, o que geraria desemprego” (Ibid., p. 274). O desemprego permaneceu elevado na segunda metade dos anos 1920 (acima de 1 milhão de desempregados), mesmo com a economia alemã crescendo consideravelmente. Segundo Fano (1981), o aumento da produtividade na indústria alemã era o principal responsável pelo desemprego elevado naquela época.  603 - Trata em detalhes do processo de negociação de Schacht para continuar enrolando o pagamento das indenizações. Ademais, pedia os territórios de volta, para escândalo geral. Porém, continuavam com a faca no pescoço apesar das conquistas e folgas: ... o grande fator negativo era o valor estipul...

Econ - Hjalmar Schacht e a Economia Alemã (1920-1950) - Discussão Monetária II

 (continuação...) 593 - No sul, Hitler fazia agitações. O governo comunista/social-democrata de Zeigner, na Saxônia, deu rédea solta ao terror vermelho. Em Hamburgo aconteceram lutas furiosas nas ruas durante dias, tendo sido mortos quinze policiais e 65 civis. ‘O país arrebentava em todas as suas fendas’, escreveu um observador. A inflação levava todos ao desespero. O perigo de uma revolução comunista era ameaçador. 594 - É aí que Schacht assume, com medo do comunismo. Chegou-se à conclusão de que o plano teria a introdução de uma nova moeda chamada de rentenmark, idéia formulada originalmente pelo professor e deputado Karl Helfferich (com o nome de roggenmark, ou seja, marco-centeio). 595 - A impressão das notas de rentenmark levou cerca de um mês para ficar pronta. Assim, no início, o rentenmark funcionou apenas como um indexador. Para Schacht, a aceitação da nova moeda pelo povo foi extraordinária. A demanda foi muito alta, sendo que filas se formavam para a aquisição do renten...

Econ - Hjalmar Schacht e a Economia Alemã (1920-1950) - Discussão Monetária I

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  Hjalmar Schacht e a Economia Alemã (1920-1950) - Discussão Monetária : 582 - Política monetária de Schacht: retirou seu país da grande depressão dos anos 1930, acabando com o desemprego de cerca de 40% da força de trabalho, sem causar pressões inflacionárias. Tornou a Alemanha uma superpotência no final da mesma década, levando o presidente do país a ser eleito pela revista norteamericana Time o “homem do ano de 1938”. O presidente era Adolf Hitler.  583 - Mostrava-se um liberal, contra a intervenção do Estado na economia e a favor do livre-comércio. No Instituto de Economia, escreveu artigos defendendo uma política de comércio exterior que privilegiasse a exportação de bens industriais em vez de matérias-primas e produtos semi-industrializados. Isso em 1901.  584 - Foi diretor de banco. Segundo Schacht, um banqueiro não precisava ser bom de matemática: “(...) o importante é o domínio de outras artes: psicologia, por exemplo, conhecimento de economia, bom senso, a capac...