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Mostrando postagens de janeiro 11, 2021

Econ - Estagnacao Longa da Produtividade na America Latina (José Gabriel Palma) IV

 (continuação...) 174 - Um modelo de atraso distribuído autoregressivo confirma que em LA há uma forte correlação entre o crescimento do investimento e da produtividade em serviços - o primeiro em termos de investimento em infraestrutura e construção de negócios por trabalhador empregado em serviços (ambas as séries são estacionárias). (...) Nesta perspectiva, o aperto do investimento público (particularmente em infra-estrutura) é, é claro, um componente crucial das taxas abismais pós-1980 de AL crescimento da produtividade nos serviços. 175 - Chile: No período de reforma econômica pós-1973 no Chile, não houve crescimento da produtividade em serviços antes ou após o período 1986-1998 de alto investimento em infra-estrutura e construção de negócios. No período anterior (1973-1986), o crescimento da produtividade em serviços em média -1,8% ao ano; e no período que se seguiu (1998-2007), em média de -0,1%. 176 - América Latina: o boom das commodities (ajudado por preços favoráveis) re...

Econ - Estagnacao Longa da Produtividade na America Latina (José Gabriel Palma) III

 (continuação...) 168 - Critica a “indústria de maquila” no México e países caribenhos. Não explica muito.  169 - Aqui, uma comparação entre o Brasil e a África do Sul é reveladora. Ambos os países iniciaram reformas econômicas simultaneamente e tiveram crescimento similar do PIB pós-1994 (isto é, desde o início do período do ANC e a primeira eleição de Cardoso e o 'Plano Real'). No entanto, na década seguinte, na África do Sul, O crescimento do PIB é quase inteiramente explicado pelo crescimento da produtividade, o Brasil pelo emprego. (...) A partir dessa perspectiva, o principal problema da África do Sul é que ela acabou com os níveis do leste asiático de elasticidades do emprego (0,25), mas os níveis latino-americanos de crescimento do PIB (3,6%), resultando em um quarto de sua força de trabalho desempregada. 170 - O Leste Europeu é a América Latina reversa. Cresce enquanto desemprega levemente. A Ásia cresce muito mais do que cresce o emprego.  171 - Argumentação de ...

Econ - Estagnacao Longa da Produtividade na America Latina (José Gabriel Palma) II

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 (continuação...) 160 - A principal diferença entre AL e Ásia é a taxa de investimento crescente ou estabilizada em torno de 30 a 40% na primeira e decrescente e ou estabilizada entre 15 e 25% na segunda. A Irlanda também é bastante crescente. José Gabriel Palma vaticina: Isto é bastante óbvio que a elite capitalista da AL tem preferência por suntuosos consumo e acumulação via ativos móveis (financeiros e de capital) ao invés da formação de capital 'fixo' . 161 -  Basically, in LA between 2002 and 2007 while the ratio of the stock of financial assets to GDP jumped from 106% to 182%, the investment rate only improved from 19% to 22% (see IMF, 2009). Not much evidence here of the supposed revitalising effects of ‘financial-deepening’ promised by McKinnon and Shaw. Traduzindo: Basicamente, em AL, entre 2002 e 2007, enquanto a proporção do estoque de ativos ao PIB saltou de 106% para 182%, a taxa de investimento apenas melhorou de 19% a 22% (ver FMI, 2009). Não há muita evidência...

Econ - Estagnacao Longa da Produtividade na America Latina (José Gabriel Palma) I

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  Artigo em Ingles Sobre a Estagnacao Longa da Produtividade na America Latina Mesmo Após Reformas: 142 - Artigo excelente de José Gabriel Palma, de Cambridge. A taxa média anual de crescimento da economia mundial caiu de 4,5% (1950-1980) para 3,5% (1980-2008); e a taxa mediana caiu ainda mais - de 4,7% para 3,1% (GGDC, 2009). No entanto, o colapso da taxa de crescimento de LA foi extremo, mesmo nesse contexto (5,4% a 2,7%). 143 - Por exemplo, se alguém classifica todos os países do banco de dados (excluindo países do Oriente Médio exportadores de petróleo) pela taxa de crescimento do PIB (97 países), o ranking de crescimento do Brasil cai de 10 (1950-1980) para 70 (1980-2008); por sua vez, o México cai de 13 para 62. Que contraste com a China (43 para 1), a Índia (72 para 7) e o Vietnã (84 para 2)!  144 - O gráfico de múltiplo entre PIB AL-Ásia mostra claramente essa inversão brutal a partir de 1980. 145 - No Chile, no entanto, as reformas econômicas começaram em 1973, então ...

Econ - André Lara Resende - O equívoco dos juros altos

  André Lara Resende - O equívoco dos juros altos : 115 - Terceiro conceito para taxa de juros (além da real e nominal) é a EMK.  Já o terceiro conceito, a taxa própria de retorno do capital ("the own rate of interest of capital"), é um conceito abstrato definido como o rendimento real do capital investido. Para aumentar a confusão, é chamado de "a eficiência marginal do capital por Keynes" e de "a taxa de retorno do capital sobre o custo por Irving Fisher".  Não entendi porque isso seria uma “taxa de juros”. 116 - Wicksell e a Taxa Natural de Juros já no século XIX.  Demanda e oferta agregadas seriam funções da taxa de juros, e a taxa de equilíbrio, aquela que manteria estável o nível geral de preços, seria a Taxa Natural de Juros (TNJ). A partir dos anos 90, quando finalmente se reconheceu que os bancos centrais não controlam a moeda, mas sim a taxa básica de juros, a macroeconomia e a política monetária foram reformuladas na direção sugerida por Wicksel...

Econ - André Lara Resende - MMT, Déficit Fiscal, Crescimento da Dívida e Outras Polêmicas

  André Lara Resende - MMT, Déficit Fiscal, Crescimento da Dívida e Outras Polêmicas : 105 - Enquanto a moeda era lastreada, metálica, obrigava o Estado a ter certa restrição. E toda vez que o Estado precisava, por questões de força maior - quase sempre em caso de guerra ou depois no caso de crises bancárias -, modificava a quantidade de lastro da moeda para emitir mais. 106 - Na verdade, ter certa disciplina fiscal é sempre desejável. Em todos meus artigos sempre digo isso. Existe uma restrição efetiva, que é a capacidade instalada da economia e do emprego. 107 - Coloca que a capacidade ociosa atual, alto desemprego e déficit de infraestruturas legitimam e pedem aumento do gasto público. 108 - No século XX, para efeitos práticos, terminou o padrão-ouro, as moedas são fiduciárias, não tem mais como impor ao Estado essa restrição. Inventou-se então a teoria quantitativa da moeda, cujo grande defensor foi Milton Friedman, na Universidade de Chicago, dizendo: “Embora não haja nec...

Econ - Análise Sobre Produtividade do Brasil - Estagnada II

(continuação...) 91 - Na qualidade da educação, estamos perdendo para média da ALCaribe no PISA.  Entre 2006 e 2009, o país esboçou uma melhora significativa em sua pontuação, contudo essa tendência não se manteve. Desde então, a nota média dos estudantes brasileiros vem caindo (Figura 11), permanecendo bastante inferior em comparação a dos países desenvolvidos e emergentes (Figura 10). Essa é uma indicação de que a qualidade do ensino não acompanhou o aumento da escolaridade média verificado no país nas últimas décadas. Há evidências, entretanto, de que a qualidade da educação é muito mais importante do que a quantidade de educação para o crescimento econômico. 92 -  Uma PTF baixa e declinante implica que os incrementos em capital físico e humano pouco se reverterão em expansão do nível de produção por trabalhador. Esse parece ser o caso do Brasil. (...) No país, entre meados das décadas de 1990 e 2010, a PTF caiu de forma acentuada em comparação com a americana, saindo de 69...

Econ - Análise Sobre Produtividade do Brasil - Estagnada

  Análise Sobre Produtividade do Brasil - Estagnada : 74 - Coordenação técnica de Marcos Lisboa. É de 2018 parece. 75 - Obtivemos um grande avanço relativo em nossa distribuição de renda, liderando os ganhos comparando com mercados emergentes e países da América Latina e Caribe (ALC) entre 1997 e 2012. 76 - Entre 1994 e 2016, o Brasil exibiu o menor crescimento econômico dentre as economias comparadas, um acumulado de 31% , ou uma média anual de 1,2% (Figura 2).2 No mesmo período, o agregado de países da América Latina e Caribe (ALC) cresceu 37% (1,5% ao ano), o conjunto de economias da OCDE, 42% (1,6% ao ano), Estados Unidos (EUA), 46% (1,7% ao ano) e o grupo dos mercados emergentes, os grandes campeões, cresceu um acumulado de 152%, com uma média anual de 4,3%. Vale lembrar que EUA e Europa sofreram a pior crise econômica desde 1929 no período. Em relação aos Emergentes, mesmo retirando a China da amostra, o crescimento dos outros países do grupo se mantém em 3% ao ano ou um ...

Econ - Textos Variados II

  Alemanha - Notas Sobre a Reconstrução de Sua Soberania : 66 - Detalha as reformas de flexibilização e desmonte de direitos do “socialdemocrata” Schröder. Endureceu imensamente o seguro-desemprego e o seguro de saúde. Ademais, fez uma reforma previdenciária também dura. 67 - A retomada econômica, porém, não veio somente das reformas que baixaram os custos sociais (se é que veio): uma expressiva retomada de seu ímpeto exportador, foi viabilizada e promovida principalmente por três fatores: em primeiro lugar, o Euro e o que ele representou em termos de substituição de uma moeda valorizada (o DM) por outra, muito mais desvalorizada frente às demais moedas mundiais, sobretudo após seu primeiro ano de vida. Em segundo lugar, o forte período de crescimento europeu que se seguiu à implantação da moeda única, com destaque para a expansão das economias fortemente absorvedoras de produtos alemães. Finalmente, o período de elevado crescimento experimentado pelo mundo, em particular pelos ...

Econ - A política fiscal do primeiro governo Dilma Rousseff, ortodoxia e retrocesso II

 (continuação...) 49 -  As despesas com previdência e assistência social cresceram quase continuamente no período, passando de 8,1% do PIB no triênio 2004-06 para 9,4% no período 2011-14, chegando a 10,0% em 2014.  Fatores que explicam tal expansão:  a política de aumento real do salário mínimo, o qual serve de piso aos benefícios; o crescimento do número de beneficiários, que decorreu da forte expansão do emprego formal; e, a extensão das políticas de combate à pobreza a um maior número de famílias  (Fagnani; Vaz, 2013). (Não seria o caso de adicionar o próprio aumento de inativos para ativos como quarto fator)? 50 -  As despesas financeiras do governo central mostraram relativa estabilidade na gestão Dilma Rousseff, em torno de uma média de 4,1% do PIB, pouco superior à média do segundo Governo Lula. 51 -  Estudos como os de Orair (2012) e Santos e Costa (2008) identificam outras especificidades das mudanças na carga tributária agregada a partir de 2...