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Mostrando postagens de janeiro 21, 2021

Econ - Textos Variados LXXIX

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Saída Socialista Para a Crise : 232 - Texto muito genérico. É um programa político com alguma análise de conjuntura e meio datado a 2008. Acho que é do PSTU. 233 - Basicamente propõe o fim do capitalismo de mercado, quebrando contratos e “confiscando” apenas propriedades dos mais ricos. Não ao confisco das propriedades dos trabalhadores e da classe média. Anulação das Dívidas dos trabalhadores e da classe média com os bancos … Estatização sem indenizações e sob controle dos trabalhadores das empresas que atrasem pagamentos, ameacem se mudar ou fechar … Não pagamento das dívidas públicas e aplicação desse dinheiro num plano de obras e Serviços públicos sob controle dos trabalhadores. (Como os bancos iriam à bancarrota, creio que dá no mesmo que estatizar o sistema bancário e mesmo de seguridade). 234 - Economicamente, acerta ao prever que as exportações seriam “desaquecidas” com a crise de 2008 e a tática do governo do PT de compensar pelo consumo interno baseado em crédito logo enc...

Econ - Textos Variados LXXVIII (Rothbard)

Rothbard - Falácias da Equação de Fisher e Estabilização do PCM : 216 - Tradução de rafael Hotz de novo. “... seções 13 e 14 do capítulo 11 do livro Man, Economy And State, de Murray Rothbard ”. 217 - Critica a TQM de Fisher, inclusive nos detalhes. Este estaria errado em pressupor que trocas expressam igualdade, por exemplo (ué, mas se o valor é subjetivo, ele trocou porque considera que “vale” algo igual a algo. É por isso que o negociador não se sente lesado com o preço. Por sinal, é nessas e outras que vejo que esse pessoal do valor subjetivo é loucamente relativista, nível sexo dos anjos). A suposição de que uma troca presuma algum tipo de igualdade foi uma ilusão da teoria econômica desde Aristóteles, e é surpreendente que Fisher, um expoente da teoria subjetiva do valor em muitos aspectos, tenha caído nesta antiga armadilha. 218 - Preços: determinado pela oferta e demanda dos participantes, e essas por sua vez são governadas pela utilidade dos bens na escala de valores dos p...

Econ - Textos Variados LXXVII (Rothbard)

  Rothbard - Dez Grandes Mitos Econômicos : 194 - Coloca a obviedade de que déficit nem sempre é inflação. Se eles são financiados pela venda de títulos do Tesouro ao público, então os déficits não são inflacionários. Nenhum dinheiro novo está sendo criado. Diz que só são inflacionários quando criados para alimentar o sistema bancário. (Nem sempre também, Rothbard). 195 - Se a poupança vai para os títulos do governo, vai haver necessariamente menos poupança disponível para o investimento produtivo, e as taxas de juros serão maiores do que seriam sem os déficits . (Sim para o primeiro, não para o segundo, pois depende de mais coisas). 196 - Ele fala umas besteiras, mais discutíveis ainda, que nem anoto. Supostas leis (erradas), como a seguir, sem qualquer relativização delas: uma expansão (monetária) do Banco Central vai estimular essas expectativas novamente e aumentar os juros . 197 - Olha só Rothbard tirando conclusões de estatísticas (por mais que eu ache a “Curva de Philli...

Econ - Textos Variados LXXVI (Rothbard)

  Rothbard - Crise Bancária e BC Interventor : 182 - Critica a ideia de que os bancos se tornam confiáveis pela existência de um fundo garantidor a la FGC. Alerta para falência de uma instituição do tipo no fim da década de 80. (O texto é de 1991). 183 - Um fenômeno fascinante apareceu nessas atuais corridas aos bancos, assim como já tinha aparecido nas antigas: quando um banco "insalubre" era submetido a uma corrida fatal, isso gerava um efeito dominó sobre todos os outros bancos das proximidades, de forma que eles também eram sugados e aniquilados por essas corridas. Como admitiu um estonteado Paul Samuelson - o legítimo senhor establishment - para o Wall Street Journal, após todo esse surto: "Jamais imaginei que estaria vivo para ver novamente o dia em que corridas aos bancos realmente aconteceriam. E quando os bancos bons sofrem corridas só porque alguns bancos ruins e azarados entraram em colapso... isso significa que fizemos uma regressão no tempo." 184 - R...

Econ - Textos Variados LXXV

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Ron Paul - Por Que o PIB é Uma Ficção: 168 - Pra mim, ele deu um exemplo nada a ver. O PIB teria crescido zero. Porém, concordo com a conclusão de que nem sempre mede a realidade. Só que Ron Paul é ideólogo. O PIB que cresce 50% com uma reconstrução diminuiu 33,333% antes numa destruição. Ele esconde essa obviedade. O nível só se mantém assim. Aí está a COVID que não em deixa mentir. Que maluco! 169 - Assim ele consegue chegar a conclusões desse tipo: (E como mostrado pelo PPR, a economia americana mal se moveu na década de 1980, graças aos impostos crescentes, aos déficits contínuos, ao assistencialismo frenético, aos empréstimos tomados pelo governo, aos subsídios e às regulamentações.) Em média, os números do PIB são aproximadamente 52% maiores do que o crescimento real. E quanto mais o governo cresce, maior se torna essa percentagem. 170 - Isso, porém, deve ser verdade: Por exemplo, antes do esfacelamento do acordo de Bretton Woods, a renda dos grandes executivos era aproximada...

Econ - Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista V

 (continuação)... 162 - De toda forma, valor, que subordina o objetivo e o subjetivo, será, em Menger: “ um juízo que as pessoas envolvidas em atividades econômicas fazem sobre a importância dos bens de que dispõem para a conservação de sua vida e de seu bem-estar" e portanto "só existe na consciência das pessoas em questão” . (...)  Menger e seus discípulos Bõhm-Bawerk e Wieser diferenciam o valor de troca puramente objetivo do valor de troca subjetivo. O bem tem duas importâncias subjetivas: pode ser usufruído diretamente e a coisa dada em troca dele pode ser usufruída. O valor subjetivo conteria esses dois ramos distintos de valor de uso e valor de troca subjetivo. Como na sociedade sempre há alguma troca de bens, todo bem adquire um segundo valor subjetivo possível, como uma forma de troca com outros bens ou como uma potencialidade para se obter outros bens. A troca é precedida da comparação e escolha entre esses dois valores. O valor subjetivo total do bem é determinado ...

Econ - Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista IV

 (continuação...) 156 - Menger chamava seu método de genética-causal (tem até uma coincidência com Marx, embora no geral o método seja diferente e até antagônico): “ Na exposição que segue procuramos reduzir os complexos fenômenos da economia humana aos elementos mais simples, ainda acessíveis à observação segura, dar a cada um desses elementos simples o peso que por natureza lhes cabe e, com base nisso, investigar novamente como os fenômenos mais complexos evoluem novamente a partir de seus elementos mais simples ”. Cf. Menger (1988, p. 30). 157 - Ainda Menger: …  à teoria pura, cabe investigar o valor; os preços são fenômenos aleatórios que devem ser estudados pela estatística. (...) Mas a discussão do valor é apenas o capítulo III do Grundsätze. O livro de Menger expõe outros elementos antes e depois desse capítulo, que são vistos como verbalização excessiva ou fatos óbvios pelos leitores não acostumados a percorrer em profundidade o saber econômico e filosófico, preocupado...

Econ - Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista III

 (continuação...) 150 -  Eles estavam inseridos em contextos culturais muito distintos, ligados a raízes filosóficas inteiramente díspares: o utilitarismo na Inglaterra, a filosofia aristotélica na Áustria e a filosofia cartesiana na Suíça.  O neokantismo não influenciou muito Menger, afirma. 151 -  Leon Walras seguiu o pai em sendo também um reformador social. Suas idéias sociais tinham afinidades com as de Mill, Henry George e os fabianos. Ele clamava pela nacionalização das terras - o Estado deveria comprá-las de seus proprietários . Queria que a renda da terra substituísse os impostos. (...)  Screpanti (1995, p.170) diz que Walras era a favor de um moderado reformismo socioeconómico, misturando liberalismo com intervenção do Estado. Ele considerou a si mesmo um "socialista científico". Entre as medidas intervencionistas que defendia consta também a nacionalização dos monopólios naturais, a intervenção das autoridades monetárias para estabilizar os preços e o...

Econ - Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista II

(continuação...) 142 -  O núcleo abstrato da teoria trata de um objeto tido como "natural" e regido por leis naturais. Jevons e Walras vêem essas leis como se elas tivessem um substrato psicológico, embora só Jevons tenha aplicado as idéias de Bentham na investigação dos elementos psicológicos, Walras mais os assume do que os investiga e Menger trata não da psicologia do consumidor, mas das relações naturais "exatas" que se estabelecem entre a estrutura das necessidades e os bens. 143 -  Levaria mais de uma década para receber uma acolhida maior por parte de importantes economistas.  (Ou seja, lá pelos anos 80 do Século XIX). (...)  Blaug (1972, p.274) narra-nos, citando Howey (1960, caps. 26 e 27), que a revolução marginalista permaneceu desconhecida a seus contemporâneos e que só na passagem do século o termo se tornou mais freqüente entre historiadores do pensamento econômico. Para Blaug (Idem, p. 277), não se trata de revolução mas de mudança gradual. Para Hutch...

Econ - Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista I

Ricardo Luis Chaves Feijó - Repensando a Revolução (Aspas) Marginalista : 131 - Revista de 1998 da UFRGS. Contesta que exista uma “revolução teórica”. O autor tem livros sobre temas diversos, inclusive HPE. Tem livro também sobre Escola Austríaca. 132 - Walras, Jevons e Menger: não há homogeneidade entre suas obras , o que têm em comum é repudiar a teoria clássica. Repúdio que já não era novo. 133 - A ideia de “revolução” marginalista surgiu em livro de 1911. Mais: Muito antes de Kuhn (Thomas), os historiadores do pensamento econômico utilizaram o conceito de revolução para descrever certos períodos na evolução das idéias econômicas . 134 - Ainda sobre o que há de comum: a) centro da atenção é a eficiência alocativa, mais que o crescimento econômico; b) A noção de utilidade passa a fazer parte ativa na teoria do valor ; c) somem classes e ficam apenas agentes individuais. 135 - Só Jevons tenta calcular prazer e dor. 136 - O uso da matemática na solução de problemas alocativos s...

Econ - Textos Variados LXXIII

Reinaldo Carcanholo - Valor e Trabalho Humano: 118 - Marx: Na medida em que o homem apresenta-se de antemão como proprietário frente à natureza, primeira fonte de todos os meios e objetos de trabalho, e a trata como objeto que lhe pertence, seu trabalho converte-se em fonte de valores de uso e, portanto da riqueza. 119 - Ainda Marx: “ Tomemos duas mercadorias... Qualquer que seja a proporção em que se troquem, é possível sempre expressá-la como uma igualdade ”. … As propriedades materiais só interessam pela utilidade que dão às mercadorias, por fazerem destas valores-de-uso. … “Se prescindirmos do valor-de-uso da mercadoria, só lhe resta ainda uma propriedade, a de ser produto do trabalho” 120 - Não é nosso propósito aqui mostrar as insuficiências do texto de Böhm-Bawerk, até porque encontrou uma réplica à altura em um artigo escrito por Rudolf Hilferding em 1904 . 121 - A riqueza capitalista está constituída pela mercadoria, como já vimos. Ela consiste na unidade dialética valor/...

Econ - Reinaldo Carcanholo - Sobre a Natureza do Dinheiro em Marx (Réplica)

  Reinaldo Carcanholo - Sobre a Natureza do Dinheiro em Marx (Réplica) : 85 - Embora seja indiscutível que Germer, entre todos nós neste país, seja o que mais conhece a obra econômica de Marx, considero que, em certo sentido e até certo ponto, ele se vê prisioneiro de uma interpretação metafísico-positivista dos conceitos de Marx. 86 - Diz que sua (Carcanholo) concepção vem do processo de substantivação do valor. (...) A mercadoria não pode ser definida, por constituir não algo estático, mas um processo de desenvolvimento. Uma definição é uma fotografia do que algo é no exato momento, mas isso muda. 87 - O desenvolvimento mercantil consiste, explica-se e, ao mesmo tempo, implica o desenvolvimento da contradição valor/valor-de-uso. (...) Para melhor entender de maneira intuitiva o processo de dominação descrito, basta comparar os extremos: uma sociedade pré-mercantil, na forma simples, na que o valor não tem quase nenhum significado, ao contrário, praticamente não existe (só exi...

Econ - Reinaldo Carcanholo - Sobre a Leitura Ricardiana de Marx

  Reinaldo Carcanholo - Sobre a Leitura Ricardiana de Marx : 77 - Em Ricardo, o conceito de valor está direta e imediatamente associado ao de preço relativo ou, na terminologia marxista estrita, de valor-de-troca. O valor de qualquer mercadoria, na perspectiva ricardiana, é a quantidade de qualquer outra que se troca por ela no mercado. Assim a teoria do valor é concebida simplesmente como uma teoria da determinação da magnitude ou grandeza dos preços relativos. (...) Em algumas versões da teoria ricardiana do valor, posteriores a Ricardo, o trabalho desaparece de maneira completa como determinante dos valores de troca. Em Sraffa, por exemplo, os preços relativos de reprodução determinam-se a partir de uma matriz de coeficientes técnicos de produção, de uma norma de distribuição e da condição suposta de reprodução do sistema, sem que haja qualquer referência direta à participação do trabalho 78 - Marx seria mais evoluído: o valor não é nem preço relativo (ou valor-de-troca) nem ...

Econ - Reinaldo Carcanholo - Sobre a Ilusória Origem da Mais-Valia II

 (continuação...) 72 - Importante:  Como explicar esse paradoxo: o lucro total difere da mais-valia total? Trata-se do que chamamos paradoxo da desigualdade dos iguais. Seria muito simples dizer que, tratando-se de relação dialética entre a essência e a aparência, não se necessita uma explicação baseada na lógica formal. Estaríamos assim frente a um paradoxo dialético inexplicável pela lógica formal. No entanto, essa não é nossa compreensão sobre o assunto. Para nós, embora a lógica dialética supere a formal, não a pode violar. É por isso que as explicações dialéticas podem ser entendidas através de uma exposição que pressupõe exclusivamente a lógica formal; O Capital de Marx é a prova disso. 73 - A explicação, porém, que ele dá não consegue parecer nada além de uma desculpa para mim:  Assim, justamente por serem a mesma coisa, do ponto de vista da substância, justamente por ser o lucro nada mais que a mais-valia repartida de outra maneira, o lucro total medido em preço d...

Econ - Reinaldo Carcanholo - Sobre a Ilusória Origem da Mais-Valia I

Reinaldo Carcanholo - Sobre a Ilusória Origem da Mais-Valia : 64 - Aparência em Marx: não é resultado de um erro ou um engano do observador. Trata-se de uma das duas dimensões da realidade . Porém, como a essência explica a aparência e seus movimentos, ela a contém, em certo sentido. 65 - Tudo isso dá problema. Enquanto a essência só é compreensível a partir da perspectiva da totalidade social, a aparência deriva direta e imediatamente de uma visão parcial ou isolada da relação social. Viramos prisioneiros da aparência e, por vezes, incapazes de enxergar exploração, por exemplo. 66 - Conceito do início do livro III. O custo ou preço de custo de uma mercadoria nada mais é do que aquela parte do seu valor depois de deduzida a mais-valia . Assim, nessas condições, o preço de custo é o que necessita o empresário para ressarcir-se dos gastos com matérias primas, matérias auxiliares, depreciação do equipamento e instalações e com os salários. 67 - Efeitos da aparência: A simples ideia...

Econ - Reinaldo Carcanholo - Oferta e Demanda e determinação do Valor de Mercado

Reinaldo Carcanholo - Oferta e Demanda e determinação do Valor de Mercado : 40 - Neste trabalho apresentamos uma interpretação sobre o cap. X do livro III d'O Capital de Marx, procurando superar as dificuldades que o texto apresenta e suas aparentes inconsistências. 41 - Seu ponto é: valor “social” é o valor “apropriado” (ou “de mercado”) e não o valor “produzido”. (...) Dessa maneira o valor social apresenta-se como a dimensão aparencial do valor, a partir do qual, como referência, os agentes podem avaliar os preços de mercado como altos ou baixos . (Obs.: vale dar uma lida logo nos pontos 58 a 62 aqui do fichamento pra entender onde ele quer chegar, já que o cara é muito pouco didático nas coisas que escreve). 42 - Afirma que, em Marx, não há espaço para “definições” (nem sei, afinal, talvez nem tudo seja histórico, como lembra o Gustavo do PSTU), mas que vai dar algumas apenas no intuito de facilitar a comunicação. Ok. 43 - Apesar de que, para Marx, a riqueza capitalista s...