Econ - PC Grego - Avaliação da Economia no Decurso da Construção do Socialismo na URSS

 

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PC Grego - Avaliação da Economia no Decurso da Construção do Socialismo na URSS:

145 - Esse KKE me parece bem stalinista, mas, pela tese do relógio parado, vamos vendo se algo se aproveita…

146 - NEP: Um certo número de companhias foram entregues a capitalistas para uso (sem que eles tivessem direitos de propriedade sobre estas companhias), desenvolveu-se o comércio, a troca entre produção agrícola e a indústria socializada foi regulada com base no conceito de “imposto em géneros”. Foi dada aos camponeses a possibilidade de porem no mercado o restante da produção agrícola.

147 - Primeiro Plano Quinquenal visava acabar com esse poder privado e organizar coletivamente a produção: Eram também evidentes debilidades do factor subjectivo – o Partido – que não tinha um quadro de especialistas para guiar a organização da produção e foi assim obrigado a depender durante certo tempo quase exclusivamente de especialistas burgueses..

148 - Visão grosso modo que eles apresentam da coisa: Os kulaks (a classe burguesa nas aldeias) estratos sociais que beneficiaram da NEP [NEPmen], secções da intelectualidade originadas a partir das antigas classes exploradoras reagiram de muitas maneiras com acções de sabotagem na indústria (p. ex. o “caso Shakhty”) e acções contra-revolucionárias nas aldeias. Estes interesses anti- socialistas, com base de classe, reflectiram-se no PC, onde se desenvolveram correntes oportunistas. (Nada sobre as cartas dos camponeses desesperados ou algo do tipo).

149 - Para Stálin, não havia lei do valor no socialismo. Os meios de produção não são mercadoria. Eles tornam-se mercadorias somente no comércio externo.

150 - Lei do valor só serviria na distribuição: Nesta esfera, o plano estatal utiliza a lei do valor para garantir a correcta distribuição do trabalho social entre os diferentes ramos da economia no interesse do socialismo.”

151 - A corrente coerente defendia a aceleração da socialização da produção agrícola por meio da fusão dos pequenos kolkhozes em grandes unidades e a transformação gradual dos kolkhozes em sovkhozes, sendo o primeiro passo a atribuição ao Estado de toda a produção agrícola.

152 - Coloca que o “pós-stalinismo” perdeu a chance de avançar mais em direção ao comunismo, o que exigia “participação (sic) mais enérgica e consciente dos trabalhadores na organização do trabalho e no controlo da sua administração a partir da base, à transformação das relações de propriedade cooperativa (ao lado da qual sobrevivia a propriedade privada de mercadorias) em propriedade social”.

153 - Para eles, Kruschev e companhia que esculhambaram tudo: Depois do XX Congresso do PCUS, adoptaram-se gradualmente opções políticas que alargaram as relações mercadoria–dinheiro (potencialmente capitalistas), a título de correcção de fraquezas do planeamento central e da administração de órgãos socialistas (empresas). (...) A fim de resolver os problemas que surgiram na economia, usaram-se métodos e meios que pertenciam ao passado. (...) Eram da opinião da impossibilidade de os órgãos centrais determinarem a qualidade, a tecnologia, os preços de todas as mercadorias e salários, e de que o uso de mecanismos de mercado também era necessário para atingir os objectivos duma economia planeada. Eles argumentavam que os problemas de adaptação do volume e estrutura da produção às necessidades de consumo e os problemas das proporções inter-ramos devem ser tratados por meio da influência da procura e dos preços que são determinados com base na lei do valor.

154 - Crítica: Em vez de planear a transformação dos kolkhozes em sovkhozes, em 1958, os tractores e outra maquinaria passaram para propriedade do kolkhoze, numa altura em que a sua produção se tinha desenvolvido adequadamente e em que a cada kolkhoze correspondiam cerca de 10 tractores. A directiva promulgada em princípios dos anos 50, por iniciativa dos comunistas, de um vasto movimento de membros dos kolkhozes para a unificação de pequenos kolkhozes em unidades maiores, foi revista na prática.

155 - Critica também os conselhos regionais que enfraqueceram o planejamento central: Estas alterações não só não resolveram os problemas como, pelo contrário, trouxeram novos problemas à superfície ou criaram outros, tais como a escassez na alimentação animal, o abandono da renovação tecnológica no kolkhoze.

156 - Reformas subsequentes incluíram: a redução das quantidades dadas ao Estado pelo kolkhoze, a possibilidade de vender as quantidades em excesso por preços mais altos, o fim das restrições as transacções das famílias dos kolkhozes e do imposto sobre a propriedade animal privada. As dívidas dos kolkhozes ao Banco do Estado foram perdoadas, os prazos para liquidar a dívida por adiantamentos monetários foram alargados, foi permitida a venda de rações para animais directamente a proprietários privados de animais. Deste modo, foi conservada e aumentada a porção da produção agrícola proveniente de agregados familiares individuais e dos kolkhozes e que era livremente vendida no mercado, ao passo que se acentuou o atraso da produção de gado e aumentou a desigualdade da satisfação das necessidades em produtos agrícolas entre as várias regiões e repúblicas da URSS.

157 - Fim dos anos 60: De acordo com o Novo Sistema, as remunerações adicionais (bónus) para directores seriam calculadas não com base no cumprimento em excesso do plano de produção em função do volume da produção, mas sim com base na taxa de lucro da empresa. E teria “PL” para os trabalhadores. (...) Foi dada a possibilidade de transacções horizontais mercadoria-dinheiro entre empresas, de acordos directos com “unidades de consumo e organizações comerciais”, de fixação de preços, da formação de lucros com base nestas transacções, etc. (...) O Plano Central determinaria o nível total de produção e investimentos somente para as novas empresas. A modernização de velhas empresas seria financiada com os lucros das empresas.

158 - A distribuição segundo o trabalho vai perdendo espaço para a “segundo o lucro”.

159 - Nunca ouvi falar: Ao mesmo tempo foram rejeitadas propostas e planos para a utilização de computadores e tecnologia de informação, o que podia ter contribuído para melhor tratamento técnico de dados, a fim de aperfeiçoar a observação e controlo da produção por meio de indicadores físicos.

160 - Critica a virada para a indústria de bens de consumo no início dos 70. Havia outros investimentos para fazer.

161 - As diferenças sociais na indústria eram ainda mais marcantes devido à concentração dos “lucros de empresa”. O chamado “capital sombra”, resultante não só de lucros de empresa mas também do mercado negro e de actos criminosos de desfalque do produto social, procurou funcionamento legal como capital na produção, isto é, na privatização dos meios de produção, no restabelecimento do capitalismo. Os “donos” deste capital formaram a força social motora da contra-revolução.

162 - Enfim, não detalha quase nada, mas lança pontos que podem ser destrinchados em possíveis pesquisas.

 

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