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Mostrando postagens de março 12, 2023

Persistência de Desempenho em Fundos de Ações no Brasil (2001 a 2014)

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       João Nascimento Nerasti e Claudio Ribeiro Lucinda  -  Persistência de Desempenho em Fundos de Ações no Brasil  1 - Pretendeu investigar se havia "alpha" de algum gestor não explicado por investimento em fatores consagrados pela literatura, por exemplo. Resultados?  Em nenhum modelo encontramos existência de persistência de desempenho superior, indicando que o mesmo parece ser mais o resultado de exposição diferencial a fatores de risco do que habilidade superior do gestor. Também foi encontrada evidência que o fator de momentum parece explicar boa parte do retorno em excesso dos fundos, tanto os que tiveram melhor retorno, quanto os de pior. Dados entre 2001 e 2014. 2 - ... utilizaremos uma amostra composta por 1.741 fundos de ações brasileiros, incluindo os fundos que deixaram de existir ao longo do período . Tchau, viés de sobrevivência. 3 - Início do debate sobre "persistência":  Este tópico é tratado por todos os artigos, que busca...

Nelson Barbosa - Explicando a recessão de 2014-16

   Nelson Barbosa - Explicando a recessão de 2014-16 1 - Mais um texto da coluna de Nelson Barbosa na Folha. Neste, quer lembrar que motivos bem fora da alçada do governo contribuíram bastante para a queda do PIB. Cita também o que considerou errado na estratégia do então governo Dilma (motivo três, por exemplo). 2 - Motivo um: grande queda do preço das commodities e desaceleração da China, com duas quebras da Bolsa de Xangai em 2015 e 2016 . (...) Juntando todos os fatores externos, estudos estatísticos estimam que 40% da recessão de 2014-16 tenha vindo de fora . Países com características semelhantes às do Brasil tiveram uma desaceleração dessa ordem aí, por exemplo. 3 - Motivo dois: seria amplamente conhecida a relação entre índice de chuvas e PIB no Brasil. A grande seca de 2014-15 teria, portanto, a sua influência. Aumentam os preços dos alimentos e da energia, nos períodos de seca, fragilizando a atividade econômica (insumos mais caros e consumo mais restrito). Barbosa f...

Nelson Barbosa - Histórico da Taxa Real de Juros Brasileira

  Nelson Barbosa - Histórico da Taxa Real de Juros Brasileira 1 - Pequeno texto da coluna de Nelson Barbosa na Folha. 2 - As duas definições de juros "naturais": a) não gera excesso nem insuficiência de demanda em relação ao produto potencial da economia; b) juro real internacional somado ao prêmio de risco país e da moeda em questão. 3 - ...Prêmio de risco depende das incertezas e tal. Assim sendo, corre-se o risco até de profecias autorrealizáveis. A subjetividade ganha força.  4 - A elevação do juro real virou estratégia para atrair dólar já a partir de 1991. O juro real médio subiu de 10 para 35% ao ano! Com o Plano Real, pôde "cair" para cerca de 22%... Eram estratégias a fim de manter a âncora cambial, o que se tornou "desnecessário" a partir de 1999, como a adoção do famoso tripé. Entre 1999 e 2005, o juro real médio foi de 11%, coloca. 5 - O ano de 2006 marca a fase da estratégia de intensificar o acúmulo de reservas internacionais, a fim de alivia...

Nelson Barbosa e Gilberto Borça Jr. - Custo de Carregamento da Dívida

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  Nelson Barbosa e Gilberto Borça Jr. - Ajuste Financeiro e Custo de Carregamento de Carteira do Setor Público 1 - O artigo apresenta a decomposição dos juros líquidos pagos pelo governo brasileiro em 2002-2020, dividindo a despesa em quatro partes: juro real, correção monetária, custo de carregamento de ativos e swaps cambiais. 2 - ... em alguns anos ao longo da década de 2010 os juros líquidos pagos pelo governo brasileiro foram fortemente influenciados pelo resultado dos swaps cambiais do Banco Central do Brasil (BCB), que tem pouca ligação direta com desequilíbrios entre receitas e despesas primárias da União.  No mesmo sentido, uma parcela significativa dos juros pagos pelo setor público brasileiro decorre do custo de carregamento de ativos financeiros de baixa rentabilidade – basicamente reservas internacionais e empréstimos ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 3 - ...Colocam que tudo isso acaba demandando mais superávit primário. 4 - ...