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Mostrando postagens de janeiro 20, 2021

Econ - Textos Variados LXIV

Mises - A Teoria Austríaca dos Ciclos Econômicos : 28 - É um texto de 1936. Mises diz que não foram só os austríacos a fazerem essa teoria. 29 - Coloca que a teoria nasce na Inglaterra, mas se esquece de que a “abertura de muitas conta-correntes” (não sustentadas em ouro) também podem causar ciclos, pois expandem o crédito gerando, assim, taxa de juros artificialmente baixas. Na segunda metade do século XIX, esta teoria dos ciclos econômicos caiu em descrédito e a noção de que o ciclo econômico não tinha nada a ver com a moeda e o crédito ganhou aceitação. A tentativa de Wicksell (1898) de reabilitar a Escola Monetária teve vida curta. 30 - Coloca que toda essa situação leva a um boom dos preços do capital e dos salários. Se os bancos restringissem qualquer outra extensão do crédito e se limitassem ao que já haviam feito, o boom rapidamente pararia. Mas os bancos não desviam de seus cursos de ação; eles continuam a expandir o crédito numa escala maior e maior, e os preços e os salá...

Econ - Textos Variados LXIII

  Mauro Benevides Filho : 11 - Entrevista creio que em 2002 com ele que ensinava na UFC e era o economista da campanha de Ciro. Pós-keynesiano, propositor de um “imposto Kaldor”. Vê a dívida como principal problema e prevê um superávit capaz de reduzi-la. 12 - Quando perguntado “ Para economistas ortodoxos, só é possível baixar a taxa de juro com um superávit primário maior, em torno de 5%, para que caiba nessa economia um juro real de 3%. ”, responde que tal patamar de superávit exige ao mesmo tempo a redução dos juros. (Em tempo, quem dera algum BC brasileiro naquela época praticasse juro real de 3%). 13 - Benevides assim via a questão dos juros: Ele é alto em função da vulnerabilidade externa. Como o governo não fez nada para combatê-la, ele fica lá em cima para atrair capital e fechar as contas do déficit externo. (A solução seria atacar a vulnerabilidade externa). Propomos uma política industrial para incentivar a exportação e substituir a importação. Com a reforma tributár...

Econ - Maurício Chalfin Coutinho - Incursões Marxistas (Economia Brasil)

  Anotações Sobre “ Economia Pura ” (Antigos V).   Pura entre aspas .     Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.   Maurício Chalfin Coutinho - Incursões Marxistas (Economia Brasil) : 1 – Defende que a economia política marxista não exerceu um impacto decisivo no pensamento econômico brasileiro . Cita Guido Mantega como autor que discorda sobre não haver essa influência. CEPAL é que comandou a parada e os “marxistas” teorizavam de acordo com os objetivos pragmáticos da orientação política, defende. A subordinação ao desenvolvimentismo revela também a pequena criatividade do marxismo brasileiro. 2 - Os trabalhos de Sergio Silva (1976), João Manuel Cardoso de Mello (1985) e Ignácio Rangel (2000) são três bons exemplos do que aqui se denomina de estudos de desenvolvimento econômico influenciados pelo marxismo. A temática destes trabalhos é a da industrialização; no caso de Rangel, trata-se de ensaios sobre as...

Econ - Marx Tem Conceito Desatualizado de Valor, Afirma Paulo Ricardo Gontijo Loyola

  Marx Tem Conceito Desatualizado de Valor, Afirma Paulo Ricardo Gontijo Loyola : 486 -Mestrando em Filosofia na UFG. É do Direito. Virou promotor. Método de Marx: a subjetividade não produz objetos, mas representações de objetos, aos quais, portanto, deve fidelidade . (...) Sempre atento a isso, Marx propõe partir do objeto representado e, por meio de um processo de análise, chegar a conceitos cada vez mais simples, para em seguida caminhar em sentido contrário, num processo de síntese, transformando a totalidade caótica outrora existente numa “rica totalidade de determinações e de relações numerosas ” (Marx, 2003, p. 247). 487 - Marx chega a afirmar que como critério determinante do valor de uma mercadoria “impõe-se o tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção, que é a sua lei natural reguladora” (Marx, 2006a, p. 97 - meu grifo), comparável, em suas próprias palavras, à lei da gravidade. Parece claro que Marx pretende dar ao valor uma substância, vinculá-lo a uma r...

Marx - Para Uma Crítica da Economia Política II

 (continuação...) 475 - Critica a filosofia da consciência:  Assim, para a consistência filosófica - que considera que o pensamento que concebe é o homem real, e que, portanto, o mundo só é real quando concebido-para esta consciência, é o movimento das categorias que lhe aparece com um verdadeiro ato de produção (o qual recebe do exterior um pequeno impulso, coisa que esta consciência só muito a contra gosto admite> que produz o mundo. 475 - A “totalidade concreta”: ... não é de modo nenhum, porém, produto do conceito que pensa e se gera a si próprio e que atua fora e acima da intuição e da representação; pelo contrário, é um produto do trabalho de elaboração, que transforma a intuição e a representação em conceitos . 477 - Lembra que desde a Antiguidade que existe dinheiro.  O dinheiro pode existir, e de fato existiu historicamente, antes do capital, dos bancos, do trabalho assalariado, etc.; deste ponto de vista pode afirmar-se que a categoria mais simples pode expri...

Marx - Para Uma Crítica da Economia Política I

  Marx - Para Uma Crítica da Economia Política : 462 - Texto de 1857. Na verdade, este texto é a introdução ao livro “CONTRIBUIÇÃO À CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA”. Começa criticando os liberais da época. A ironia das “robisonadas” e da ideologia individualista: a época que gera este ponto de vista, esta idéia do indivíduo isolado, é exatamente a época em que as relações sociais (universais, segundo esse ponto de vista) alcançaram o seu mais alto grau de desenvolvimento . 463 - O homem é um animal político, lembra. Mais que um animal social, afirma. 464 - Marx diferencia instrumento e trabalho acumulado/objetivado (que seria o capital). A mão pode ser instrumento de produção, mas não é certo que seja confundida com “capital”, que é uma relação social. 465 - Em termos gerais, a resposta é a seguinte: um povo industrial atinge o seu apogeu produtivo no momento em que atinge o seu apogeu histórico geral. ln fact , um povo encontra-se no seu apogeu industrial quando, para ele, o es...

Econ - Textos Variados LXII

Ludwig Lachmann - O Capital e Sua Estrutura : 452 - O texto parece redundante e de pouco impacto prático. Lá pro final parece chegar a algum lugar meio óbvio de que plano ótimo de reagrupamento de capital é algo praticamente impossível por não se ter de antemão todos os preços que influenciam a decisão, tanto de venda de material antigo quanto de compra de novos. (Pesquisas de mercado não serviriam para isso?). Há ganhos e perdas inesperadas e não há equilíbrio. Fora Keynes. Soou assim pra mim. Preferência pela liquidez é vista como sendo essencialmente um conceito estático, inaplicável a um mundo dinâmico. 453 - Encontraremos, mas não como parte de nossas novas combinações, algum equipamento não usado que não é transformado em sucata uma vez que seus donos esperam que seu valor futuro exceda os preços atuais de sucata, talvez porque eles esperam que os preços de sucata subam, talvez porque eles são capazes de prever condições mais favoráveis para uso futuro. Essa é a “capacidade oc...

Econ - Luciano Coutinho - Coréia do Sul e Brasil, Paralelos, Sucessos e Desastres II

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 (continuação...) 438 - Detalha como Park controlava de certa forma os “chaebols”, até humilhando líderes que descumprissem as metas, em casos extremos. 439 - Brasil não teve tanto suas “chaebols”, campeãs do setor privado. Multinacionais e estatais eram mais presentes. 440 - Lá na Coréia, a estatização financeira teria gerado crédito longo e juros baixos. Isso garantia também consonância com os planos governamentais. Existia alavancagem de 6:1 na relação “capital de terceiros”/ “capital próprio”. O sistema financeiro do Brasil era bem menos potente, diz Coutinho. Faltam dados e mais explicações dos porquês, mas ok, deve ser verdade. 441 - As multinacionais ocupavam os setores de maior valor agregado e uma miríade de empresas nacionais ficava subordinada fornecendo insumos para as “grandonas” ou produzindo commodities semi-processadas. 442 - Quadro comparativo interessante: 443 - O sexto plano (82-86) focou na microeletrônica e parcerias variadas com o Japão para tanto. Profissiona...

Econ - Luciano Coutinho - Coréia do Sul e Brasil, Paralelos, Sucessos e Desastres I

Luciano Coutinho - Coréia do Sul e Brasil, Paralelos, Sucessos e Desastres : 433 - Afirma que já nos anos 50 os EUA inspiraram a educação básica na Coréia e um amplo programa de alfabetização. O texto parece ser de 2000. 434 - Desde o primeiro plano quinquenal de Park houve aumento das exportações. Cresciam 32% ao ano. Saíram de 3 para 12% do PIB ao fim do segundo Plano. Até o segundo choque do petróleo e choque dos juros (Volcker), continuou na casa dos trinta e poucos % ao ano. 435 - Na falta de poupança, o crescimento era sustentado externamente. A política de substituição de importações também imperava. O 3º Plano (72-76) foi o da indústria pesada, a qual teve alta importância também no 4º (77-81). 436 - As indústrias cresciam visando mercado interno e externo. Isso não evitou alta subida do endividamento externo e a dependência de petróleo. 437 - Geisel tinha as mesmas pretensões que o 3º e 4º da Coréia - e até conseguiu a evolução da indústria pesada e substituição de impor...

Econ - Livre Comércio Versus Protecionismo II

(continuação...) 412 - Prebisch e a desvantagem estrutural:  tal fato estaria ligado à baixa elasticidade-renda dos principais produtos exportados pela periferia (bens primários) conjuntamente com a alta elasticidade-renda das importações periféricas e a relativa inelasticidade-preço da oferta dos produtos primários, que confluíam no sentido de gerar desequilíbrios externos aos países da periferia, dificultando ainda mais seu processo de desenvolvimento econômico. 413 - Prebisch argumentava também que os ganhos de produtividade da indústria no centro não eram distribuídos por meio do comércio internacional. (Com dados, seria melhor analisar isso) 414 - Polêmica:  Eis aqui, para alguns como Bado (2004, p.11), um ponto de divergência entre o "pai do protecionismo moderno", Friedrich List, e Prebisch. List teria dado maior ênfase ao protecionismo "educador", temporário, focado em setores potencialmente competitivos, enquanto Prebisch teria apresentado uma abordagem que...

Econ - Livre Comércio Versus Protecionismo I

Livre Comércio Versus Protecionismo : 403 - Texto de Ivan Tiago Machado Oliveira, mestrando da UFBA em Economia na época (2007). David Ricardo evolui a noção de “vantagem absoluta” de Smith, que era muito focada na especialização e quem tinha menores custos ao produzir x ou y. Traz a “vantagem comparativa”, que passa enfatizar, mais que os custos, os “custos de oportunidade”. Fazer o que o país sabe fazer melhor em comparação internacional. Se a diferença de produtividade para fazer soja é menor que pra fazer avião ou navio, melhor fazer muita soja e usar o dinheiro para comprar o navio de que se precisa. Isso mesmo se o país rico fizer melhor ambas as coisas. 404 - Krugman coloca que têm que ser levado em conta outros fatores, como, por exemplo, os custos dos transportes e protecionismo (o que pode levar a ser preferível alguma autossuficiência em algum setor). 405 - Modelo teórico neoclássico Heckscher-Ohlin-Samuelson (H-O-S): ficou tão mal explicado quanto o terceiro ponto da cr...

Econ - Textos Variados LXI

Leandro Roque - Uma Teoria Sobre Inflação, Base Monetária, M1 e Suas Falsidades : 396 - O que moeda sólida era para Mises? R = pré-condição necessária para se manter uma ordem de livre mercado . 397 - Para ele isso significava compulsório de 100% e M1 congelado. (Ué?! Esse controle estatal não é socialismo? O mercado não sabe o que faz?) “ Nenhum banco deve ser autorizado a expandir o total de depósitos sacáveis ”, diz Mises. 398 - Coloca que a “inflação”, na real, sempre é maior do que a que deveria existir. Pois, com M1 congelado e aumento da produtividade, os preços tenderiam, na verdade, a cair. Haveria fortes deflações no longo prazo. (Eles querem dar a entender no texto que isso é uma beleza, como se o nível salarial fosse se manter e incorporar todos os ganhos de produtividade… Chega a fantasiar com a desnecessidade de previdência social: Bastaria apenas o indivíduo deixar seu dinheiro parado e este ganharia valor com o tempo . Enfim, tolice. Na prática a teoria é outra). 3...

Econ - Leandro Roque - A Taxa SELIC, CDI, Overnight (Ótimas Explicações) II

 (continuação...) 388 - (Curiosidade: a taxa real de juros brasileira voltou a ser a maior do mundo já no fim de 2013, quando foi elevada nominalmente a 9,5% novamente. Ficou quase igual a da China e pouco superior a do Chile. O mundo já estava em geral com juros bem baixos. Universo de 40 países relevantes). 389 -  Outra conclusão importante: ao utilizar essa regra operacional - em que os juros são fixados -, o Banco Central não pode determinar a quantidade exata de moeda que ele quer na economia. Ele faz as operações de mercado aberto de modo a manter a taxa SELIC constante, mas ele não determina a quantidade específica de moeda para a economia. Diz-se nesse caso que a moeda é endógena. 390 - Mecanismo de transferência dos Juros SELIC para a economia real:  como os bancos são meros intermediadores financeiros, eles não investem dinheiro próprio (afinal, o dinheiro, na teoria, é seu e não deles). Logo, quando ocorre um aumento da SELIC - o que significa que o Banco Centr...

Econ - Leandro Roque - A Taxa SELIC, CDI, Overnight (Ótimas Explicações) I

Leandro Roque - A Taxa SELIC, CDI, Overnight (Ótimas Explicações) : 375 - Pré-fixados: com exceção da LFT, todos os outros títulos têm seus juros definidos no momento da compra. (E faltou ele mencionar que mesmo a LFT tem um pequeno componente pré-fixado). LTN é o pré-fixado com valor certo. 9%. 8%. Ocorra o que ocorrer. 376 - O Tesouro é quem vende aos dez dealers no mercado primário. O BC não pode participar desse leilão (art. 164 da CF, acho). Ele vai atuar apenas no mercado secundário. 377 - Moeda escritural: o sistema bancário é capaz de, literalmente, criar de dinheiro do nada . Porém, há o compulsório (que geram diferentes níveis de reservas fracionárias). Não é sem limites. 378 - Se um banco termina um dia abaixo do “compulsório”, devido a suas entradas e saídas - saques grandes imprevistos no dia, sei lá -, tem que tomar dinheiro emprestado. Ele pode recorrer ao próprio Banco Central e pedir um empréstimo (esse empréstimo é chamado de redesconto) ou ele pode pedir empr...

Econ - Textos Variados LX

  Leandro Roque - As Falácias Sobre o PIB Brasileiro : 353 - Aqui seria o ponto para parar de ler. O gênio não sabe que a importação já está “incluída” nos componentes das vendas com bens importados incorporados. Ainda tem o consumo de bens importados também, já contabilizado. Logo de início, já se estranha o fato de as importações contribuírem para o decréscimo do PIB. Não faz sentido. Se a economia está importando maquinário e bens de capital, isso irá torná-la mais produtiva, e não menos, que é o que a equação sinaliza. É dinheiro que sai, não fomos nós que produzimos. Produzimos e contabilizamos os bens vendidos a partir delas. Pelo jeito ele quer dupla contabilização. Sei nem pra que salvei esse texto. 354 - O outro argumento é quase que igualmente sem sentido. O de que gastos do governo não deveriam ser contabilizados. Todos seriam inúteis pelo visto, até saúde, educação e investimentos em infraestrutura… Já os consumos das famílias seriam todos maravilhosos para a econom...