Econ - Marx Tem Conceito Desatualizado de Valor, Afirma Paulo Ricardo Gontijo Loyola

 

Marx Tem Conceito Desatualizado de Valor, Afirma Paulo Ricardo Gontijo Loyola:

486 -Mestrando em Filosofia na UFG. É do Direito. Virou promotor. Método de Marx: a subjetividade não produz objetos, mas representações de objetos, aos quais, portanto, deve fidelidade. (...) Sempre atento a isso, Marx propõe partir do objeto representado e, por meio de um processo de análise, chegar a conceitos cada vez mais simples, para em seguida caminhar em sentido contrário, num processo de síntese, transformando a totalidade caótica outrora existente numa “rica totalidade de determinações e de relações numerosas” (Marx, 2003, p. 247).

487 - Marx chega a afirmar que como critério determinante do valor de uma mercadoria “impõe-se o tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção, que é a sua lei natural reguladora” (Marx, 2006a, p. 97 - meu grifo), comparável, em suas próprias palavras, à lei da gravidade. Parece claro que Marx pretende dar ao valor uma substância, vinculá-lo a uma realidade substancial, diferente das aparências. O valor em Marx não é um conceito econômico, mas filosófico – talvez até metafísico.

488 - O vigor do capitalismo tem dependido justamente de sua abertura às inovações e de sua capacidade de, ao mesmo tempo em que se adapta a elas, cooptá-las para seus objetivos. Isso propiciou uma estrutura sócio-econômica elástica o bastante para abarcar o desenvolvimento sem precedentes das forças produtivas a que assistimos no século XX e a que estamos assistindo nestes primeiros anos do século XXI.

489 - Todas as “modernidades” que o texto traz como prova de superação de “O Capital” em nada o negam, mas o reforçam. Longa história...

490 - Marx e o trabalho como fator de produção diferente dos demais: único fator de produção que não resultaria num custo igual ao seu valor. (Acho que ele quis dizer "força de trabalho não é igual a trabalho", mas tudo bem, deu pra entender)

491 - A argumentação dele se resume a isto: a atividade humana criadora de valor assemelha-se cada vez mais ao trabalho intelectual, para o qual, aliás, Marx nunca deu atenção suficiente no desenvolvimento de sua teoria – certamente por crer não ser ele determinante do sistema capitalista. (Não faz diferença. É valor arrancado do trabalhador também. E o custo da força de trabalho é mais alto porque para produzir esse tipo de trabalhador é necessário maior investimento). Exemplifica com a substituição de celulares analógicos por digitais. Os primeiros perderam o valor independentemente de ter ocorrido ou não qualquer revolução produtiva no tempo necessário para produzi-lo. (Por isso que vejo influência do “valor de uso” no preço, o que realmente me diferencia de Marx).



(...)

 

 

FIM

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