Econ - Textos Variados LV
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Imprensa e Neoliberalismo no Brasil (1995-1998) - Análise da Revista Veja:
133 - É um projeto de pesquisa. Muito senso comum, porém. Talvez algumas contribuições: Um novo setor da burguesia brasileira que tem a sua ascensão diretamente relacionada com a política neoliberal, é a nova burguesia de serviços. Este setor opera nas áreas de educação, saúde e mais recentemente na previdência privada. A burguesia de serviços é diretamente beneficiária do desmanche da área social do Estado, isto é, da redução dos gastos e dos direitos sociais. Como todas as frações burguesas no interior do bloco no poder, além do imperialismo, exercem uma forte pressão sobre o Estado para que reduza os gastos sociais, a nova burguesia de serviços se beneficia da ação conjunta de todas as frações de classe
134 - Gramsci fala que o governo moderno necessita do “consenso” dos governados. Apresenta citação nesse sentido mais à frente. “Outra” questão: A sociedade civil é aqui entendida como parte do Estado em sentido amplo, tal como formulou Gramsci. Este Estado compõe-se de dois planos superestruturais: a sociedade civil, como organismos ou aparelhos privados de hegemonia; e a sociedade política, como aparelho burocrático, militar e jurídico e responde pelo poder, legal ou de fato, de coerção.
135 - Ademais, para Gramsci, o Estado não tem uma “concepção unitária, coerente e homogênea” expressa em um projeto político igualmente homogêneo. A observação é primorosa, pois ressalta a luta de idéias no interior do aparelho de Estado, como se pode verificar nas luta entre a diversas frações de classes no interior do bloco social dirigente e dominante. Igualmente, não poderia ser diferente nos órgãos de opinião da sociedade civil.
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Jacob Gorender - Marxismo Sem Utopia (Boa Resenha do Livro) - Atalho:
195 - Já li e fichei em “Os Marxistas - Parte I”.
James Petras - A América Latina e o Fim do Liberalismo Social:
196 - Texto de fim de 2009. Critica a estratégia das “vantagens comparativas” adotada pelas economias em desenvolvimento: A estratégia geral dos regimes era confiar nos mercados de exportação, a expensas do aprofundamento e ampliação dos mercados internos (consumo local em massa); uma política que confiava no embaratecimento dos custos do trabalho local e na sustentação de altos lucros para a classe dominante agro-mineral. A presença desta última em todos os ministérios económicos chave dos regime assegurava que às políticas ao seu serviço fosse dado um verniz ideológico com a noção de "mercados racionais eficientes", deixando de notar a história a longo prazo da instabilidade intrínseca dos mercados mundiais.
197 - Coloca que o projeto improvisado só foi possível pela súbita alta nos preços das commodities.
198 - Critica o limitadíssimo conceito de Socialismo do Século XXI: Na prática o que isto significou foi atar aumentos em despesas sociais às estruturas económicas políticas comerciais existentes, com alguns ajustamentos em parceiros comerciais e em alguns casos "joint-ventures" com investidores estrangeiros.
199 - Até a proposta de Petras me parece limitada: Reduzir a vulnerabilidade externa depende da propriedade pública dos sectores económicos estratégicos a fim de evitar fugas de capital, o comportamento típico do capital com base no estrangeiro.
200 - Aqui eu concordo parcialmente: Maior sustentabilidade económica depende do aprofundamento do mercado interno, aumento do comércio intra-regional e redireccionamento do comércio rumo a regiões de crescimento alto. (...) Programas de distribuição de terra de grande amplitude ligados ao desenvolvimento em grande escala com financiamento e investimento da produção alimentar local e em indústrias internas que complementem e se associem à produção agro-mineral diminuirão a dependência de mercados além-mar e estabilizarão a economia.
Jeffrey Sachs - Nosso Modelo Está Falido:
201 - Jeffrey Sachs mudou de idéia. Taxado de ultraliberal por seu trabalho nas décadas de 80 e 90 na América do Sul e no Leste Europeu, o economista americano não acredita mais na mão invisível do mercado.
202 - Critica degradação ambiental, produtivismo, guerra ao terror e consumismo. Nada demais.
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