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Mostrando postagens de dezembro 6, 2020

Fichamento do vídeo “Steven Pinker Põe a Culpa na Tabula Rasa”

Vídeo “Steven Pinker Põe a Culpa na Tabula Rasa ”: 1 – Ortega y Gasset não acreditava em “natureza do homem”. 2 – Ashley Montagu, antropólogo, entendia que o homem não tinha sequer instintos. 3 – Gould dizia que o homem pode vários comportamentos e não está predisposto a nenhum. 4 – Quem tem mais de um filho já sabe que alguns vem com coisas inatas diferentes. (“aqui ele subestima o fato de ser uma “segunda criação” ou mesmo “a influencia de um irmão ou mais”) 5 – Fala como o humano aprende a linguagem humana e o animal, exposto a ela, não. Isso pelo motivo de que o humano teria uma capacidade própria de sua natureza. 6 – Diz que todo mundo sabe que homem e mulher são diferentes. Basta ser heterossexual. Esse argumento, de tão fraco (ao contrário dos outros, minimamente discutíveis) quase me faz desistir do vídeo. Parece que o cara está carregado de ideologia. Porém, encarei como piada. 7 – Cita os universais da antropologia: estética, armas, divisão etária, tentativas de contr...

Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Textos 4 e 5

  Texto 4 : 50 – “ A complexidade da guerra na Espanha vem deste duplo aspecto: uma guerra civil (proletariado versus Capital) transformada numa guerra capitalista (proletários em ambos os lados, lutando por formas de Estado) ." 51 – “ Após derrotarem os fascistas em um grande número de cidades, os trabalhadores tomaram o poder. Esta foi a situação imediatamente depois da insurreição. Mas o que fizeram com esse poder? Eles o devolveram ao Estado republicano ”. 52 – Marx: “ Uma das características das revoluções em que o povo parece avançar rapidamente para uma nova era tem sido a facilidade com que se deixa novamente subjugar pelas ilusões do passado, entregando o poder e a influência, que tão duramente conquistaram, aos homens supostamente representaram o movimento popular numa época anterior ." 53 – O texto é contra o princípio de Durruti da “ unidade a qualquer preço ” que visava evitar o que depois ocorreu (o racha entre frentistas e anarquistas, graças à iniciativa stali...

Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Texto 3

  Texto 3 : 34 – “ A república (“uma rebelião na parte dos interesses industriais na Espanha contra o governo dos latifundiários”- Gerald Brenan) foi instaurada em 1931, depois da ditadura de Miguel Primo de Rivera, que governara combinando repressão - mantendo na ilegalidade as organizações dos trabalhadores - e cooptação - empregando ministros sociais-democratas e concedendo ilusórios benefícios aos trabalhadores ” . 35 – CNT abandonou sua costumeira abstenção eleitoral e possibilitou a Frente Popular. 36 – Aponta a aliança com a Frente Popular como grande erro. 37 – A Falange (camisas azuis) eram fascistas controlados por Franco, não-fascista. 38 – “ O fato é que apenas os primeiros dias, quando havia proletários armados e atuando conscientemente pela revolução social, com uma greve geral prestes a eclodir (particularmente na Catalunha), podem ser considerados uma situação revolucionária. Tão logo a república e seu governo burguês recobraram o controle, o movimento pela greve fo...

Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Texto 2

Texto 2 : 13 – Apresenta os proletários espanhóis como herdeiros de Kronstadt (que lutaram contra o leninismo). 14 – Não possui a mesma visão da CNT que tinha o primeiro texto. Apesar de seus princípios conselhistas, não efetivava a democracia direta, com resquícios organizativos de “partido”. 15 – “ O aparecimento dos conselhos em 1936 foi resultado de 50 anos de atividade revolucionária, a maioria sob a direção do movimento anarquista espanhol.” 16 – “(...) as expropriações de julho foram uma resposta ao termidor fascista e não uma insurreição anarquista. A fé anarquista nos poderes apocalíticos de uma guerra geral era, em grande medida, quimérica. A CNT-FAI havia falhado, levante após levante, não tendo sido capaz de estender a revolução além dos confins paroquiais de umas poucas cidades ou regiões” 17 – Apresenta a CNT-FAI como aliada e integrante do governo republicano, ameaçada pela força dos comitês revolucionários (autônomos) de Aragão e Asturias. 18 – Apresenta a FAI como uma ...

Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Texto 1

  Anotações Sobre a Pasta de Textos “ Guerra Civil Espanhola ”.     Texto 1 : 1 – Coletivização de terras e fábricas pelos trabalhadores anarquistas. Teve curta duração, experimentou uma brava resistência miliciana e acabou com a ascensão do fascismo de Franco. 2 – Acha grosseira a visão de que a Guerra tenha sido mero ensaio da II Guerra. 3 – “ É sabido o papel que ocuparam os governos totalitários da Rússia, Itália e Alemanha, que visavam expandir seus impérios. E não podemos esquecer a hipocrisia de Inglaterra e França, que aceitaram tacitamente o massacre, lançando mão do argumento da neutralidade, com medo da ameaça comunista ” 4 – Espanha. Norte industrializado. Sul retrógrado de latifúndios. No Sul, banditismo social como revolta (resistência violenta) camponesa. Solo fértil para o anarquismo. 5 – CNT foi a convergência do operariado especialmente revolucionário da Catalunha e os movimentos camponeses. Desde sua fundação, com mais de 1 milhão de membros, ti...

Leandro Konder - O Que é Dialética (Livro) - 2ª Metade

Anotações Sobre “ O Que é Dialética ”, de Leandro Konder. (...) Parte 5 – A Contradição e a Mediação : 30 – O acerto com as totalizações (conceitos que “criamos” e utilizamos) não dependem tanto da “teoria”, mas da “prática social”. 31 – Parte bem interessante de Marx:  " Se começo pela população, portanto, tenho uma representação caótica do conjunto; depois, através de uma determinação mais precisa, por meio de análises, chego a conceitos cada vez mais simples. Alcançado tal ponto, faço a viagem de volta e retorno à população. Dessa vez, contudo, não terei sob os olhos um amálgama caótico e sim uma totalidade rica em determinações, em relações complexas ." 32 – “ Uma certa compreensão do todo precede a própria possibilidade de aprofundar o conhecimento das partes .” 33 – Decompõe e depois recompõe. Vai do complexo (abstrato) ao mais simples e retorna do mais simples ao complexo (já concreto). O concreto é unidade na diversidade. 34 – Marx X irracionalistas. Estes valorizavam...

Leandro Konder - O Que é Dialética (Livro) - 1ª Metade

  Anotações Sobre “ O Que é Dialética ”, de Leandro Konder.     Parte 1 – Origens da Dialética : 1 – Na Grécia Antiga, dialética era a arte do diálogo. Aos poucos, não só dialogar, como demonstrar uma “tese” a partir de argumentos racionais e conceitos claros e tal. Fundada por Zênon ou Sócrates, que combateu a idéia de que a filosofia era inútil. 2 - Na acepção moderna, entretanto, dialética significa outra coisa: “ é o modo de pensarmos as contradições da realidade, o modo de compreendermos a realidade como essencialmente contraditória e em permanente transformação .” Neste caso, Heráclito era “o cara”. “ Tudo existe em constante mudança ”. Não havia estabilidade no ser. 3 – A metafísica de Parmênides prevaleceu sobre a dialética de Heráclito. A idéia de uma essência imutável e do “movimento” como fenômeno de superfície. 4 – A metafísica era mais adequada a idéia de estabilidade das classes dominantes. 5 – “ Com seus conceitos de ato e potência, Aristóteles cons...

Marilena Chauí - O Que é Ideologia (Livro)

  Anotações Sobre “ O Que é Ideologia ”, de Marilena Chauí.     Parte 1 – Partindo de Alguns Exemplos :   1 – Aristóteles criou a Teoria das Quatro Causas Para Explicar o “movimento”, ou seja, “a realidade”. Hierarquizava as causas. A mais importante era a finalística (digamos). E a menos era a causa motriz, o trabalho propriamente dito, a realização. Imaginava que suas ideias explicavam a realidade. Na verdade, mais refletiam a realidade. Sociedade escravagista, desvalorização do trabalho. 2 – Na Idade Moderna, as explicações forma reformuladas. Agora, finalidade e “força matriz” combinavam-se na “máquina” homem. Valorização do trabalho, graças à ascensão da burguesia. Mais uma vez cai o mito da neutralidade objetiva e tal. 3 – A montanha é uma “coisa-para-nós”. Não há, de um lado, a “coisa-em-si” e, de outro, a “coisa-para-nós”, mas entrelaçamento do físico-material e da significação. 4 – Para Chauí, se o real não é constituído de coisas, tampouco o é de id...

Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo - Valor e Capitalismo (Livro)

  Anotações Sobre “ Valor e Capitalismo ”, de Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo.     Capítulo 1 – Avanços e Bloqueios :   a) Excedente como produto da natureza   1 – A Economia Política surgiu com a propagação do racionalismo iluminista, pretendia explicar a sociedade não através de uma “ordem revelada”, mas decifrando uma ordem natural, fruto de indivíduos racionais e tal. 2 – Os fisiocratas foram os primeiros a tentar explicar as formas de produção do seu tempo, concebendo-as como formas fisiológicas da sociedade impostas pela necessidade natural de produção, independente da política, da vontade etc. Era um processo de circulação de riquezas (como circulação de organismos e tal) 3 – Para Quesnay, fisiocrata, a classe produtiva era a dos arrendatários capitalistas, enquanto a indústria era estéril e o latifundiário uma espécie de parasita que se apropria do excedente do arrendatário. A indústria, para ele, não gerava excedente, mas apenas trocava mercador...