Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Texto 3
Texto 3:
34 – “A república (“uma rebelião na parte dos interesses industriais na Espanha contra o governo dos latifundiários”- Gerald Brenan) foi instaurada em 1931, depois da ditadura de Miguel Primo de Rivera, que governara combinando repressão - mantendo na ilegalidade as organizações dos trabalhadores - e cooptação - empregando ministros sociais-democratas e concedendo ilusórios benefícios aos trabalhadores”.
35 – CNT abandonou sua costumeira abstenção eleitoral e possibilitou a Frente Popular.
36 – Aponta a aliança com a Frente Popular como grande erro.
37 – A Falange (camisas azuis) eram fascistas controlados por Franco, não-fascista.
38 – “O fato é que apenas os primeiros dias, quando havia proletários armados e atuando conscientemente pela revolução social, com uma greve geral prestes a eclodir (particularmente na Catalunha), podem ser considerados uma situação revolucionária. Tão logo a república e seu governo burguês recobraram o controle, o movimento pela greve foi abandonado e a revolução esquecida, sob o clamor do antifascismo. Embora ainda houvesse muita atividade revolucionária espontânea, faltava a consciência da necessidade de destruir totalmente o estado burguês, o que incluía os republicanos.”
39 – Apresenta a CNT como mais um dentre os vários partidos de esquerda. Deixava a discussão do “comunismo libertário” para depois da “união da Espanha”. Diverge dos textos anteriores quanto às coletivizações. Aponta que era produção capitalista sob invólucro anarquista. A CNT teria assumido fábricas e mantido o mesmo esquema. Não seria uma legítima autogestão. Faltou descrever melhor o processo para que eu perceba algum erro no texto 2, o anterior.
40 – Segundo o texto, “Em julho, o Comitê Central de Milícias Antifascistas tinha a seguinte composição: CNT, 3; UGT, 3; FAI, 2; PSUC, 1; POUM, 1; Esquerra, 3; Sindicato de Rabassaires, 1; Ação Catalã, 1 (veja o glossário no final). Uma mistura de stalinistas, socialistas de esquerda, social-democratas, regionalistas, nacionalistas conservadores, e camponeses proprietários. No dia 4 de novembro, os autodenominados anarquistas antigovernamentais passaram a integrar o governo central.” Pretendia a FAI formar o “Estado não-opressor”.
41 – Outra contestação aos textos anteriores: “A realidade das chamadas coletivizações era a seguinte: em algumas fábricas, todos os trabalhadores recebiam um salário semanal fixo; em outras, o lucro era dividido entre os trabalhadores”. Afirma uma “multiplicação de patrões”, um “capitalismo cooperativista”, uma “visão proudhoniana”. O excedente era consumido pelos membros dos coletivos e não por toda a sociedade. Contrasta com a versão da “abolição do dinheiro”, textos anteriores.
42 – “As fábricas abandonadas pelos patrões que apoiavam Franco foram ocupadas e geridas pela coalizão UGT-CNT, mas nenhuma fábrica pertencente aos patrões que apoiavam a Frente Popular foi confiscada”
43 – Mais críticas à CNT, o que converge com o texto 2.
44 – “Trotsky denunciou o POUM pelo seu apoio a Frente Popular, suas alianças com as forças liberais burguesas e sua acomodação com a social democracia”.
45 – “José Diaz, um dos chefes de fila do stalinismo espanhol, dizia que tudo não passara de uma falta de entendimento da situação, se a burguesia havia desertado, era dever da Frente popular continuar a produção em moldes capitalistas, e que a socialização da produção não seria admitida. A falta de empenho do PCE foi claramente demonstrada por sua organização dos pequenos proprietários, no GEPCI, os oponentes mais decididos da coletivização.”
46 – “A classe operária espanhola não havia sido completamente derrotada em 1936”.
47 – Para o autor do texto, faltou a consciência de que era necessário avançar e derrubar totalmente o governo burguês. Isso só poderia se dar com a organização dos trabalhadores em partido. Por isso não avançaram. Daí a “imaturidade” de que fala.
48 – O Estado republicano sempre controlou o suprimento de armas. “Não houve a conquista do estado burguês e sua substituição por uma ordem proletária”. Preferiu-se alianças táticas.
49 – Termina com o “a revolução só pode ser internacional.”
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