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Mostrando postagens de dezembro 5, 2020

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulo XXIV

  XXIV - A Assim Chamada Acumulação Primitiva       1. O segredo da acumulação primitiva     493 – Acumulação primitiva é a saída do círculo vicioso. Adam Smith já falava. É a acumulação que “não” foi “ resultado do modo de produção capitalista, mas sim seu ponto de partida ”.   494 – Pra direita é tão ou mais simples que o pecado original da teologia. Parte da população é inteligente, precavida, quase (quase?) uma raça superior, enquanto a outra parte se constitui de vagabundos, filhos pródigos ou sei lá o que. Por terem cometido esse pecado, essa parte e seus descendentes sofrerá eternamente. Lembra a Bíblia, não?   495 – “Na história real, como se sabe, a conquista, a subjugação, o assassínio para roubar, em suma, a violência, desempenham o principal papel. Na suave Economia Política reinou desde sempre o idílio. Desde o início, o direito e o “trabalho” têm sido os únicos meios de enriquecimento, excetuando-se de cada vez, naturalmen...

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulo XXIII

  XXIII - A Lei Geral da Acumulação Capitalista       1. Demanda crescente de força de trabalho com a acumulação, com composição constante do capital     445 – Composição do capital = composição orgânica. Composição-valor. É o capital constante.   446 – “ Acumulação do capital é, portanto, multiplicação do proletariado .”    447 - Já em 1696 dizia John Bellers : “Se alguém tivesse 100 mil acres de terra e igual número de libras em dinheiro e em gado, o que seria esse homem rico sem o trabalhador, senão um trabalhador? E como os trabalhadores tornam pessoas ricas, então quanto mais trabalhadores houver, tanto mais ricos. (...) O trabalho dos pobres é a mina dos ricos”   448 – Mais um usando a natureza humana para justificar safadagem. Sir F. M. Eden (segundo Marx, o único discípulo significativo de A. Smith no Século XVIII): “ O que convém ao pobre não é uma situação abjeta ou servil, mas uma condição cômoda e liberal de d...

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulo XXII

  XXII – Transformação de mais-valia em capital       1. Processo de produção capitalista em escala ampliada. Conversão das leis de propriedade da produção de mercadorias em leis de apropriação capitalista     430 – “ Retransformação de mais-valia em capital chama-se acumulação de capital ”.   431 – Para acumular, é preciso transformar parte do “mais-produto” em capital.   432 – “ Considerada concretamente, a acumulação se reduz à reprodução do capital em escala progressiva. O circuito da reprodução simples se altera e se transforma, na expressão de Sismondi, em uma espiral. ”   433 – Cherbuliez : A propriedade do capitalista sobre o produto do trabalho alheio “é estrita conseqüência da lei da apropriação, cujo princípio fundamental era, ao contrário, o título exclusivo de propriedade de cada trabalhador sobre o produto de seu próprio trabalho ”   434 – Marx: “ O trabalho útil não pode consumir esses meios de produção sem...

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulo XXI

XXI – Reprodução Simples (e trechos pré-capítulo XXI)       417 – “ A transformação de uma soma de dinheiro em meios de produção e força de trabalho é o primeiro movimento pelo qual passa um quantum de valor que deve funcionar como capital. Ela tem lugar no mercado, na esfera de circulação. A segunda fase do movimento, o processo de produção, está encerrada tão logo os meios de produção estejam transformados em mercadorias cujo valor supera o valor de seus componentes, portanto, que contenha o capital originalmente adiantado mais uma mais-valia. Essas mercadorias a seguir têm de ser lançadas de novo à esfera de circulação ”.   418 – “ A mais-valia divide-se, portanto, em diferentes partes. Suas frações cabem a categorias diferentes de pessoas e recebem formas diferentes, independentes umas das outras, tais como lucro, juro, ganho comercial, renda da terra etc. Essas formas mudadas da mais-valia somente podem ser tratadas no Livro Terceiro .”   419 – M...

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulos XVIII a XX

  XVIII - O salário por tempo       398 – Não entendi o que Marx quer com esses cálculos da segunda página do capítulo. O que é que está fixo... O que não está... Se o preço subiu como causa ou conseqüência. Achei mal explicado. Tradução? Mas acho que ele quer dizer o que já sei. Uma dessas coisas é: “Há, portanto, métodos para abaixar o preço do trabalho, independentes da diminuição do salário nominal diário ou semanal” .   399 – Nos casos de subocuparão, ou seja, jornada pequena e com salário reduzido, “ o capitalista pode (...) extrair determinado quantum de mais-trabalho do trabalhador, sem conceder-lhe o tempo de trabalho necessário para seu próprio sustento ” . A coisa pode piorar na verdade.   400 – Segundo Redgrave (inspetor, acho): “ de 1839 e 1859, (...) o salário subiu nas fábricas submetidas à lei das 10 horas, e caiu nas fábricas em que se trabalha de 14 a 15 horas por dia ."   401 – Parece-me um capítulo, assim como o anterior,...

Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulos XV a XVII

  XV - Variação de Grandeza do Preço da Força de Trabalho e da Mais-Valia       382 - Suponhamos: 1) que as mercadorias sejam vendidas por seu valor, 2) que o preço da força de trabalho suba ocasionalmente acima de seu valor, porém jamais caia abaixo dele. Uma vez suposto isso, verifica-se que as grandezas relativas do preço da força de trabalho e da mais-valia são condicionadas por três circunstâncias: 1) a extensão da jornada de trabalho ou a grandeza extensiva do trabalho; 2) a intensidade normal do trabalho ou sua grandeza intensiva, de modo que determinado quantum de trabalho é despendido em determinado tempo; 3) finalmente, a força produtiva do trabalho, de tal forma que segundo o grau de desenvolvimento das condições de produção o mesmo quantum de trabalho fornece no mesmo tempo um quantum maior ou menor de produto.     1. Grandeza da jornada de trabalho e intensidade do trabalho constantes (dadas) , força produtiva do trabalho variável ...