Karl Marx - O Capital, Livro I - Capítulo XIV
VOLUME II
XIV - Mais valia absoluta e mais valia relativa
374 – Com o caráter cooperativo do processo de trabalho, amplia-se o conceito de trabalho produtivo.
375 – “O conceito de trabalho produtivo, portanto, não encerra de modo algum apenas uma relação entre a atividade e efeito útil, entre trabalhador e produto do trabalho, mas também uma relação de produção especificamente social, formada historicamente, a qual marca o trabalhador como meio direto de valorização do capital”.
376 – Marx fala que o capital usurário e comercial também é capaz de subordinar produtores embora não tenha (ainda, ao menos) separado estes de seus meios de produção. Outro exemplo de subordinação sem coação direta foi a modificação no já estudado trabalho em domicílio.
377 – “Nos primórdios da cultura, as forças produtivas de trabalho adquiridas são mínimas, mas assim o são as necessidades, as quais se desenvolvem com os meios para satisfazê-las e em função deles”.
378 – Condições naturais, tais como fertilidade do solo e águas ricas em peixe, eram decisivas na Antiguidade, daí o sucesso egípcio por exemplo. Depois, nas sociedades mais desenvolvidas, rios navegáveis, grandes quedas d’água, madeiras, metal, carvão, tornam-se determinantes.
379 – Entretanto, o modo de produção capitalista supõe o domínio do homem sobre a natureza.
380 – Não está totalmente claro, mas Marx parece concordar com a crítica que economistas fazem a países com condições naturais em que “com pouco trabalho, as necessidades são satisfeitas”, já que isso dificilmente levaria a uma revolução nos meios de produção. Ele ainda coloca: “Não é a fertilidade absoluta do solo, mas sim sua diferenciação, a multiplicidade de seus produtos naturais, que constitui a base natural da divisão social do trabalho e estimula o homem (...)”.
381 – A barreira (influência) natural recua a medida que a indústria avança.
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