Eric Hobsbawm - A Era de Ouro, de Era dos Extremos (Cap. 18)
Anotações Sobre Era dos Extremos (Hobsbawm)
Parte III do Livro – O Desmoronamento – 1973 a 1991
Capítulo 18: Feiticeiros e Aprendizes (pág. 504)
163 – A ciência migra para os EUA na Era da Catástrofe (1914 a 1945).
164 – Explode o número de cientistas pesquisadores.
165 – Anos 70/80: países desenvolvidos gastavam bem mais da metade do orçamento em pesquisa e desenvolvimento. Os países subdesenvolvidos não gastavam 2 ou 3%. Fuga de cérebros.
166 – Ciência e inovações cada vez mais especializada(s) e inacessível(is) ao leitor médio.
167 – Surgiu também o medo (alteração na ordem natural; conseqüências morais ou políticas ruins... etc. etc.) e impotência em relação à ciência.
168 – Stalinismo e nazismo tinham receio com a ciência, inclusive com a Física pós-Einstein. Criticava, mas a tolerava. Hitler era mais “radical”. Expulsou inúmeros judeus importantes para a ciência. Até aceitava que se explicasse a teoria da relatividade, mas não podia fazer referência ao judeu.
169 – Houve divisão entre médicos e biólogos alemães. Parte se empolgou com a eugenia nazista racista.
170 – A URSS preferia o “lamarckismo” ao “darwinismo”, embora o segundo já fosse vitorioso no mundo. Quem discordava não era bem visto. Resultado desastroso.
171 – Século XX: o século dos teóricos (contra os “práticos) e matemáticos.
172 – Descoberta da anti-matéria. Foi devido a equações que necessitavam de explicações que não vinham da realidade (do “visto”).
173 – A tensão da “Era das Catástrofes” gerou cientistas politizados (e de esquerda).
174 – Bomba atômica: primeiramente, diversos cientistas incentivaram isso, por seu horror ao fascismo. Entretanto, vendo a possibilidade de uso, mobilizaram-se (de última hora) para impedir.
175 – Governo pós-guerra passou a investir bilhões em pesquisa e ciência. Grandes somas para atrair cientistas para pesquisas (às vezes de armas militares, tecnologia militar). Despolitização, ou seja, não-preocupação com as conseqüências praticas de suas invenções. Dinheiro comprou a ideologia.
176 – Após 1947-1949, o “radicalismo” dos cientistas politizados diminuiu. A URSS apoiava teorias científicas bizarras e desmoralizadas (exemplo anterior do lamarckismo), o que denunciava a sua pouca atratividade.
177 – URSS pós-guerra: evolução da ciência com fins políticos. Houve dissidentes depois. Exemplo: o criador da bomba de hidrogênio soviética.
178 – Anos 60 e 80: Surgem as teorias da “catástrofe” e do “caos”.
179 – Em 1977, Wilson, sócio-biólogo, sugeriu que as características masculinas herdadas dos milênios durante os quais o homem primitivo fora selecionado para adaptar-se, como caçador, a uma existência mais predatória (...).
180 – “Nenhum biólogo importante que conheço deixa de ter interesse financeiro no negocio da biotecnologia”. Declaração de cientista estadunidense em 1992. Pureza da ciência contestada.
181 – Não existia(existe) pesquisa “livre e ilimitada”, inclusive pelo motivo do financiamento destas. Seja estatal ou Privado. Colocam-se limites e direcionamentos obviamente.
182 – Retórica vazia no “o homem é por natureza uma espécie que precisa satisfazer nossa curiosidade, exploração e experimentação”.
183 – Últimas décadas: era de mais verbas para a ciência aplicada. De “clara aplicação prática”.
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