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Mostrando postagens de janeiro 26, 2021

Econ - Textos Variados LXXXIV ("Fim")

Vicenc Navarro - Concentração de Renda é Causa da Crise nos EUA e Europa : 417 - Muito interessante: Segundo o ex-ministro do Trabalho (no governo Clinton), Robert Reich, no artigo How to end the Great Recession (The New York Times, 03/09/2010), o salário médio do homem trabalhador (ajustado à inflação) naquele país é mais baixo hoje do que há 30 anos. Esta queda forçou as famílias estadunidenses – para manter sei nível de vida - a ter mais integrantes da família trabalhando, sendo essa uma das principais causas de integração da mulher ao mercado de trabalho. Em 1970, apenas 32% das mulheres com filhos trabalhavam; hoje esse índice é de 60%. Outra maneira de compensar a perda de salários foi aumentar as horas de trabalho. O trabalhador, nesta década, está trabalhando 100 horas a mais por ano (e as trabalhadoras 200 horas a mais) do que ocorria há 20 anos. 418 - … No entanto, mesmo com essas mudanças, o poder aquisitivo das famílias caiu, empurrando-as para o endividamento. As famíli...

Econ - Valério Arcary - Por Quê Não Poderá Existir um Capitalismo Sem Crises Cada Vez Mais Severas

Valério Arcary - Por Quê Não Poderá Existir um Capitalismo Sem Crises Cada Vez Mais Severas : 407 - Conjuntura em 2002: Nem o Brasil estava na iminência do défault, já que as reservas foram turbinadas pelo acordo com o FMI e a expansão das exportações já sinalizava mega-superavit comercial, nem a inflação estava na iminência de um descontrole, porque o efeito da alta do dólar era transitório. 408 - EUA em 2002: Os juros já são negativos, seguindo um caminho que o Japão conhece muito bem, desde os anos 90. A remuneração dos títulos é inferior à expectativa de inflação e, mesmo assim, o volume de capital que procura segurança não diminui. (Pois bem…) 409 - Paul Singer: se há contra-tendências, como o próprio Marx foi o primeiro em admitir, a tendência à queda da taxa média de lucro pode ser, de fato, neutralizada. A questão é, todavia, mais complexa que um exercício de escolástica marxista. O problema histórico não é saber se é possível que a tendência possa ser neutralizada. Mas, re...

Econ - Valério Arcary - O Capitalismo Pode Ter Uma Morte Natural Ou Não (Bom!) II

(continuação...) 395 -  Rosdolsky, por exemplo, que se localiza entre os comentaristas que atribuem a Marx um prognóstico favorável à crise final, destaca, também, as mediações feitas pelo próprio Marx: “Todavia - e dentro de determinados limites - o capital pode compensar a queda da taxa de lucro mediante o aumento da massa de lucro. Sobre isso, lemos nos Grundrisse: "Na média, a massa de lucro - ou seja, a mais-valia considerada à margem de sua relação formal, não como proporção, mas sim como simples magnitude de valor, sem relação com nenhuma outra magnitude - crescerá não conforme a taxa de lucro, mas sim conforme o volume do capital. A taxa de lucro evolui em relação inversa ao valor do capital, mas o lucro total evolui em relação direta com ele.” 396 - Uma parte do texto fala das inúmeras possibilidades de contra-balancear a tendência à queda da taxa de lucro. Redução de impostos e depreciação de capital, por exemplo. (Uma guerra pode fazer sentido mesmo, penso. As pessoas a...

Econ - Valério Arcary - O Capitalismo Pode Ter Uma Morte Natural Ou Não (Bom!) I

  Valério Arcary - O Capitalismo Pode Ter Uma Morte Natural Ou Não (Bom!) : 390 - Não podiam deixar de induzir ao catastrofismo as recorrentes analogias históricas que evocavam o colapso de Roma no mundo antigo, desintegrado pelo esgotamento do sistema escravista, para sugerir qual seria o futuro do capitalismo. A perspectiva de uma calamidade econômica diminuía a especificidade do lugar da transição ao socialismo como uma passagem histórica, necessariamente, mais consciente do que a que deu lugar ao modo de capitalista de produção nos poros do feudalismo europeu. 391 - O marxismo de Rosa, inimigo do fatalismo, era máximo ativismo . Porém: Nos círculos da II Internacional predominava um critério de interpretação d?O Capital que previa uma crise final do capitalismo, em algum momento futuro. Embora ninguém se atrevesse a fixar uma data para a catástrofe econômica do sistema, estava implícito nas análises que o capitalismo tinha limites históricos objetivos. Defendido por Rosa Luxe...