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Mostrando postagens de janeiro 14, 2021

Econ - Site Voyager - Dezesseis Economistas Ilustres da Esquerda II

 (continuação...) 406 -  A economista britânica Joan Robinson fez parte do círculo de Cambridge assim como Michal Kalecki e Piero Sraffa . Continuou estudos sobre concorrência imperfeita e  introduziu o conceito de monopsônio, que é um mercado com vários vendedores e um único comprador . 407 -  O polonês Oskar Lange tentou combinar a teoria econômica marxista com a teoria econômica neoclássica. Foi defensor de uma economia centralmente planificada, mas com mecanismos de mercado para a determinação de preços. (...) Nasceu, cresceu e se formou na Polônia, morou na Inglaterra e nos Estados Unidos nos anos 1930 e 1940, e depois da Segunda Guerra Mundial retornou para a Polônia, onde participou do governo comunista. 408 - Paul Sweeze trabalhou no governo dos EUA na época do New Deal.  Foi fundador da revista Monthly Review, em que Albert Einstein publicou o seu artigo Por Que Socialismo? Foi amigo de Schumpeter e elogiado por Samuelson apesar da diferença ideológica ...

Econ - Site Voyager - Dezesseis Economistas Ilustres da Esquerda I

  Site Voyager - Dezesseis Economistas Ilustres da Esquerda : 398 - Hilferding. Saiu do SDP pro KPD. Depois voltou pro SPD por discordar dos rumos da revolução russa. Foi Ministro das Finanças de governos do SPD em 1923 e em 1928-1929. Na segunda passagem pelo ministério, se demitiu depois de se desentender com Schacht, o poderoso diretor do Banco Central . (...) Quando Hitler assumiu o poder em 1933, Hilferding se exilou na Suíça, mudando-se mais tarde para a França, em 1938. Quando a Alemanha invadiu a França, em 1940, a polícia francesa entregou Hilferding para a Gestapo, que o executou. 399 - Nikolai Kondratiev (...). Estudou na Universidade de São Petersburgo antes da revolução. Sua área de interesse inicial era a economia agrícola. Foi membro do Partido Social Revolucionário, chegando a participar do governo provisório de Alexander Kerensky. Apoiava uma forma de socialismo que aceitava a convivência com empresas privadas. Por isso, participou da Nova Política Econômica (NEP...

Econ - Site Voyager - Dez Falácias Comuns da Direita

  Site Voyager - Dez Falácias Comuns da Direita : 392 - Esquerda é desordem? Os conservadores esquecem-se do caráter “revolucionário” do próprio capitalismo, algo que o próprio liberalismo desempenhou contra a antiga ordem injusta, que sacralizava as desigualdades e os privilégios. Tanto é verdade que até o já citado Manifesto admirava esse ímpeto revolucionário da atual classe dominante: “a burguesia desempenhou na História um papel eminentemente revolucionário” (2002, p. 42). 393 - Como se sabe, o cidadão americano médio é bastante raso em termos de conhecimentos em ciências humanas, daí a proliferação de tais “guias” para “dummies”: uma pesquisa feita em outubro de 1989 pelo Instituto Gallup mostrou que 25% deles atribuía à Constituição dos EUA o princípio comunista defendido por Marx: “de cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo sua necessidade”; (...), conforme José Arbex Jr. 394 - Tem uma nota de rodapé de Rodolsky afirmando que Marx se referia à pobreza relativa ...

Econ - Site Voyager - Desenvolvimento da Noruega

  Site Voyager - Desenvolvimento da Noruega : 383 - … Apesar de possuir uma pequena população, de apenas 5 milhões de habitantes, se tornou o 13º maior produtor de petróleo do mundo, com uma produção de 2 milhões de barris por dia, além de ser a origem de diversas companhias relevantes em nível mundial do setor (como a Statoil, a Aker Solutions, a Subsea 7, a Seadrill e a DOF). Essa relevância é visível na composição das exportações do país, na qual produtos relacionados ao petróleo chegam a quase 65% do valor exportado. 384 - Coloca que o petróleo da Noruega não era, porém, tão fácil de extrair e acessível quanto o do Oriente Médio. Logo, não foi uma opulência tão simples. 385 - Durante a década de 1960, a exploração de petróleo na Noruega era quase completamente feita por empresas privadas estrangeiras. No governo de Trygve Bratteli (do Partido Trabalhista Norueguês, que governou nos períodos de 1971–1972 e 1973–1976), foram tomadas decisões que muito influenciaram no d...

Econ - Site Voyager - Desenvolvimento Alemão Depõe Contra o Liberalismo

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  Site Voyager - Desenvolvimento Alemão Depõe Contra o Liberalismo : 377 -  Mencionamos um fato encaixando-o em uma pergunta: como o perdão da dívida alemã no começo dos anos 50, equivalente a 400% do seu PIB de então, se encaixa na apologia liberal-econômica (o liberalismo político não necessariamente é econômico e vice-versa)? Os (neo)liberais sequer consideram válido o argumento da dívida odiosa e nem cogitam a possibilidade de uma auditoria da dívida pública brasileira, que dirá um “calote” equivalente 400% do PIB… . Pelo contrário, é repudiado, de acordo com o princípio do “risco moral”, o qual diz que tal perdão faria o país ficar indisciplinado e irresponsável. 378 - Fala das outras ajudas econômicas que chegaram à Alemanha em 1948.  Em 1949 a Constituição instituiu o “Estado Social” como “princípio inalterável da ordem democrática”. Foi assim que finalmente, em 1952, o país passa a ter superávit comercial, ao mesmo tempo que começara com um dos mais altos nív...

Econ - Site Voyager - Crítica ao Mainstream Econômico

Site Voyager - Crítica ao Mainstream Econômico : 369 - Problemas: racionalidade limitada e heterogeneidade de racionalidades (múltiplos “eu” disputando a orientação do comportamento de cada um de nós, como o “nobel” Thomas Schelling ensinou: assimetria de informação). São as anomalias principais, mas não únicas, que demonstram serem os mercados também falhos. 370 - Fala das irracionalidades das pessoas físicas na compra de ações e de Soros e a especulação sobre a libra: Sua tática foi induzir e “tapear” comentaristas da imprensa e investidores concorrentes soltando informações distorcidas do mercado, a fim de confundir o governo. Já dizia David Hume em seu “Tratado da Natureza Humana”: “não vai contra a razão preferir a destruição do mundo inteiro a coçar o meu dedo”. 371 - Exemplo de mercado refletindo algo inverso à economia real: juros caindo ao acompanhar uma queda no PIB, que é uma medida de fluxo, tendem a impulsionar a Bolsa a subir… 372 - Hilary Whitehall Putnam talvez seja...

Econ - Site Voyager - Coréia do Sul Tem Quase Nada de Liberalismo III

 (continuação...) 361 - Na crise da dívida em 1980, a Coréia teve alguns privilégios:  O Japão vem em seu socorro, concedendo-lhe 3 bilhões de dólares (a título de reparações de guerra), utilizados para manter o reembolso da dívida aos banqueiros japoneses. Isso evita ter de apelar ao FMI e vergar-se perante condições draconianas [31]. Por outro lado, o governo japonês evita a falência de alguns dos seus bancos e obtém da Coreia do Sul maiores facilidades de investimento. 362 - Anos 80:  Decide reestruturar a indústria de produção de veículos de transporte e encarrega dois chaebols de produzirem automóveis. (...) O Banco Mundial opõe-se a essa orientação e recomenda que a Coreia abandone a produção de veículos acabados, concentrando-se na produção de peças avulsas destinadas à exportação. O Banco explica que os veículos coreanos não serão vendidos. (...) A vontade de Seul de produzir automóveis para exportação constitui uma manobra agressiva de substituição de export...

Econ - Site Voyager - Coréia do Sul Tem Quase Nada de Liberalismo II

 (continuação...) 351 -  Pierre Rousset descreveu, em 1984, a evolução fulgurante do grupo Daewoo: « Emprega diretamente 70.000 pessoas, embora tenha sido criado há apenas dezassete anos a partir de uma pequena indústria têxtil. Devido ao apoio de Park Chung Hee, Kim Woochong criou um império a nível comercial, na construção naval, na construção civil, no setor automóvel, têxtil, financeiro, nas telecomunicações, no setor eletrónico e no vestuário. Em Pusan, possui a maior fábrica têxtil do mundo e, em Oskpo, um estaleiro naval ultramoderno. Cria estaleiros consideráveis no Médio Oriente. Atualmente investe em semicondutores 352 -  A Coreia contrai o primeiro empréstimo junto do Banco Mundial, em 1962, e assina um primeiro acordo com o FMI em 1965 (sob pressão dos Estados Unidos). A vontade da ditadura coreana colaborar com o Banco baseia-se mais em objetivos políticos do que em objetivos econômicos . Usaram a dar legitimidade ao regime sobre a opinião pública nacional e ...

Econ - Site Voyager - Coréia do Sul Tem Quase Nada de Liberalismo I

Site Voyager - Coréia do Sul Tem Quase Nada de Liberalismo : 341 - A Coreia, mais do que produzir o que importava, adaptou as suas atividades de exportação à procura do mercado mundial, conseguindo favorecer as indústrias que possuem uma percentagem elevada de valor acrescentado. 342 - Era uma ditadura protegida pelos Estados Unidos. Destaca-se, ainda, a utilização permanente da repressão sobre o movimento operário (proibição de sindicatos independentes) , 343 - Coloca que a Coréia não ter grandes recursos naturais foi bom para não despertar os EUA para a possibilidade de considerá-la uma zona de abastecimento. 344 - Governo instalado pelos EUA no Sul: A comissão das Nações Unidas sobre a Coreia faz saber que, em agosto de 1949, oito meses antes de 30 de abril de 1949, 89.710 pessoas foram detidas no âmbito do “Decreto para a proteção da paz nacional”. Estima-se em milhares a perda de vidas humanas, ou mesmo, em dezenas de milhares. Diversos líderes históricos da luta anti-japones...

Site Voyager - Capitalismo Não Deu Certo

  Site Voyager - Capitalismo Não Deu Certo : 329 - A primeira utopia foi pensada em 1516 por Thomas More, sem propriedade privada e com liberdade de crença e igualdade. Virou santo para a Igreja após ser decapitado por perseguição religiosa.  330 - A palavra socialismo aparece apenas em 1820. 331 - Revolução Industrial:  O Estado pouco intervia, e quando o fazia era em favor dos empresários. Um exemplo é a Lei dos Pobres que entregava às fábricas os filhos dos indigentes que passavam a trabalhar por contrato, muitas vezes sem nenhuma remuneração. O livro Oliver Twist, de Charles Dickens, retrata esse drama de forma magistral. 332 -  Em 1791, a Lei Chapelier, escrita ainda no início da Revolução Francesa, proibia as associações operárias. Argumentava-se que os sindicatos prejudicavam a livre concorrência e o funcionamento natural da economia. Sem amparo legal, as manifestações contra a precarização da vida urbana logo tomariam a forma de motins e rebeliões. (...) Na F...

Econ - Site Voyager - Burrices Típicas da Direita Brasileira

Site Voyager - Burrices Típicas da Direita Brasileira : 322 - Em primeiro lugar, FGTS foi criado pela ditadura militar e não por Getúlio Vargas. 323 - Para “mamãefalei”, a esquerda jamais poderia defender uma criação da ditadura. Segundo a lógica do Mamãefalei, ele deveria se tornar um fervoroso defensor do FGTS, já que este foi uma criação do liberal Roberto Campos. 324 - Ademais, o texto argumenta que a esquerda não vai ser contra a seguridade social porque foi criada por Bismarck, por exemplo. As concessões são “nossas”. 325 - Ademais, o FGTS era já um mal menor em relação à estabilidade decenal da CLT. 326 - Eduardo Migowski, doutorando em Ciências Políticas pela PUC … nos adverte: “Como lembrou o jurista Arnaldo Süssekind, a CLT não pode ser uma cópia da Carta Del Lavoro, em primeiro lugar, por uma questão matemática: a CLT possuía, quando da sua promulgação, 921 artigos. A Carta Del Lavoro apenas 30. Desses, somente 11 leis estão em ambos os documentos. E muitas delas versa...

Econ - Site Voyager - Böhm-Bawerk Não Refutou Marx II

 (continuação...) 314 - A quarta crítica tem a ver com BB confundir uma exemplificação (suposição) de Marx com fundamentação sobre a razão das trocas em períodos pré-capitalistas. Eu teria que ler BB e reler esse trecho de Marx para julgar quem e quanto se equivocou. Certo é que me parece um ponto bem secundário, como a própria Voyager notou. 315 - A quinta e sexta crítica e as tréplicas ficaram também mal explicadas. 316 - Sétimo argumento de BB:  Marx erra ao dizer que o fator comum que determina o valor é o trabalho (IDEM, p. 70–78); ele não considera que a terra, água mineral, reservas de petróleo são por si só fonte de valor, ou que a escassez do produto determina seu valor, ou que o valor, finalmente, é determinado pelas valorações subjetivas de cada um — a utilidade marginal. 317 - Responde que era o mesmo erro dos fisiocratas, de achar que a terra, por exemplo, era fonte do valor.  A terra por si só não produz valor, mas somente a terra que é transformada pelo tra...

Econ - Site Voyager - Böhm-Bawerk Não Refutou Marx I

  Site Voyager - Böhm-Bawerk Não Refutou Marx : 306 - A crítica de Böhm-Bawerk fora desafiada por Hilferding, em 1905, em um pequeno texto chamado A Crítica de Böhm-Bawerk a Marx (1949) . 307 - Menciona o “problema da transformação”, o qual até hoje não me parece especialmente problemático (o texto traz páginas de discussões matemáticas a respeito desse “problema” e umas duas ou três possíveis soluções, só que os cálculos e a teoria ficaram muito mal explicados, ou seja, não acho que tenha sido apenas meu déficit matemático). Além disso, outro aspecto que Marx levantou no livro III foi que a lei do valor seria válida também historicamente, isto é, para períodos pré-capitalistas — sem, contanto, dar provas para isso (MARX, VOLUME 3, II, cap. 10). 308 - Bawerk se opõe a Marx em texto de 1896. A principal hipótese da escola austríaca, como também da economia neoclássica, é a teoria subjetiva do valor, isto é, que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela utilidade marginal...

Econ - Site Voyager - As 9 Escolas de Economia IV

 (continua...) 301 - O pós-keynesianismo seria atribuível especialmente a Joan Robinson, Minsky e, de forma rudimentar, Kalecki. Não usa matemática e modelos, sendo forte em Cambridge.  No Brasil, os pós keynesianos têm bastante presença nos Institutos de Economia da Unicamp e da UFRJ.  Proposição que mais a diferencia das demais:  a economia pode (e na maioria das vezes isto acontece) se equilibrar com desemprego involuntário por insuficiência de demanda efetiva, já que não há qualquer mecanismo automático no mercado que faça com que a poupança dos agentes econômicos seja utilizada para o investimento . Isso tudo mesmo no longo prazo. Ter liquidez pode ser melhor que emprestar dinheiro (investimento em sentido estrito). O Estado equilibraria isso. 302 - A corrente “estruturalista” de Conceição Tavares, cepalinos e etc. pregam a necessidade de industrialização.  Como isto ocorre em um período em que a industrialização já apresenta grandes economias de escala e r...

Econ - Site Voyager - As 9 Escolas de Economia III

 (continuação...) 297 - Usam muita matemática também - ao contrário dos paleo-keynesianos.  Surgiu no início dos anos 1980 nos Estados Unidos. É a corrente mais mainstream até os dias atuais. Os principais livro-textos de Macroeconomia utilizados em graduação e pós-graduação foram escritos por novos keynesianos. (...) Proponentes atuais: No braço politicamente conservador, Greg Mankiw, David Romer e Stanley Fischer. No braço politicamente progressista, Joseph Stiglitz, George Akerlof, Brad DeLong e Paul Krugman jovem (quando este envelheceu, ficou mais progressista ainda e virou Paleo Keynesiano). No braço politicamente mais ou menos, Olivier Blanchard e Larry Summers. (...) Eles acham que a ciência econômica, mais do que um conflito entre diferentes visões, é um constante acúmulo de conhecimento, e que eles seriam o resultado mais bem acabado deste acúmulo. 298 - Influentes  nas universidades das costas leste e oeste dos Estados Unidos: Harvard, MIT, Yale, Princeton, Col...

Econ - Site Voyager - As 9 Escolas de Economia II

 (continuação...) 293 - A “Novo Clássica” é de Robert Lucas e Robert Barro. Bastante mainstream até hoje, meio que fundem macroeconomia com microeconomia. Odeiam o modelo IS-LM da síntese neoclássica. Aprofundou a questão das expectativas racionais no debate econômico. Mesmo o curto prazo seria imune ao ativismo fiscal e monetário.  Agente adaptam o preço rapidamente. As flutuações do PIB podem ser explicadas pelo “ciclo real de negócios”, causados principalmente por variações de tecnologia e decisões dos agentes econômicos sobre quando poupar ou quando gastar. (...) Surgiu em meados da década de 1970 nos Estados Unidos. É muito relevante até hoje.  Pra mim isso pareceu mais radical que Friedman.  Onde é forte: Em universidades interioranas nos Estados Unidos, notadamente Chicago e Minnesota. Por isso, seus proponentes são chamados de “economistas de água doce”. No Brasil, tem grande influência na PUC–RJ e na FGV–RJ. 294 - Não entendi bem as críticas aos novos-clássi...

Econ - Site Voyager - As 9 Escolas de Economia I

Site Voyager - As 9 Escolas de Economia : 290 - A síntese neoclássica - não vi diferença para o keynesianismo - era mainstream entre 40 e 73. Caiu por dificuldade em explicar a estagflação. Tinha Samuelson, Sollow, James Tobin. Hoje “só” Paul Krugman. Diz o seguinte: No longo prazo, a economia tem tendência de se equilibrar no nível de pleno emprego, mas no curto prazo, pode haver equilíbrio com desemprego involuntário, devido à falta de confiança dos empresários e à rigidez de preços e salários. Como chegar ao longo prazo é “doloroso”, os governos podem encurtar esse caminho, fazendo políticas fiscal e monetária expansionistas para atingir mais rápido o pleno emprego. O modelo IS-LM (que concurseiros conhecem bem) descreve o funcionamento dessas políticas. Os Paleo Keynesianos aceitam as proposições da economia neoclássica para a análise microeconômica e para a análise de crescimento de longo prazo, assim com as proposições do Keynes para a análise macroeconômica de curto prazo. Por...

Econ - Samuel Pessoa, Ilan, Pérsio Árida e Alexandre Schwartsman - Contra o Artigo de Paulo Gala e De Bolle I

  Samuel Pessoa, Ilan, Pérsio Árida e Alexandre Schwartsman - Contra o Artigo de Paulo Gala e De Bolle : 266 - Se alguém fixa o preço de algo, esse alguém tem que comprar toda a quantidade que os demais agentes estão dispostos a vender àquele preço. Caso contrário, o preço do bem que foi fixado irá cair. Ou seja, não será fixo. 267 - BC monetizar o Tesouro é fazer a taxa SELIC ir a zero (título e moeda viram a mesma coisa). Liquidez de sobra. Fica impossível enxugar liquidez já que todo excesso monetário (reserva) é remunerado a zero. Qual o custo disso? Perder a mão da rédea de algum processo inflacionário. Ver a inflação transbordar do regime de metas. 268 - Ilan: Emissão monetária não é impressão de papel-moeda (bilhetes e moedas metálicas) que é parte pequena dos nossos meios de pagamento (apenas em torno de 3-4% do PIB). Moeda é algo mais digital (depósitos nos bancos ou reservas bancárias no Banco Central). Não será por meio de mais impressão de papel moeda que conseguirem...

Econ - Textos Variados XXV (Queda da produtividade)

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Por que - Queda constante da produtividade mundial : 256 - O gráfico a seguir mostra as distribuições das taxas de crescimento da produtividade entre 1995 e 2017. Os pontinhos azuis são as medianas para cada um dos anos . 257 - Ele mostra, por exemplo, que a variabilidade das taxas de crescimento da produtividade entre os países era mais dispersa 20 anos atrás do que hoje em dia (havia mais países nas caudas). O ano de 2009 apresenta uma distribuição bimodal, isto é, com dois picos separados. Isso significa que naquele estranho ano, um bom número de países viu sua produtividade crescer na faixa dos 2,5% negativos, e outro número não menos expressivo apresentou crescimento positivo de 2,5%.   Produtividade dos EUA : 258 - Até os anos 80, os dois indicadores caminhavam juntos. Quanto mais se produzia, maiores eram os ganhos para os trabalhadores. De lá para cá, houve uma quebra. (...) Entre 1979 e 2017, a produtividade subiu 97%. Já o rendimento mediano da população aumentou 14%...

Econ - Textos Variados XXIV

  Paulo Gala e Outros - Armadilha da renda média e os obstáculos à transformação estrutural : 231 -  E por que alguns países, como a Coreia do Sul, Israel, Irlanda e Singapura, conseguiram se desenvolver, enquanto muitos outros ficaram pelo meio do caminho? (...) a especialização em produtos de alto valor agregado e intensivos em conhecimento parece ser a estratégia adequada para a criação de bem estar econômico (Chang e Lin 2009). 232 - Autores:  Outros sugeriram que esses países não apenas realizaram seus catching-­up, ou alcance de padrões elevados de desenvolvimento, mas também fizeram o que economistas têm chamado em inglês de leapfrogging, ou seja, conseguiram atingir altos níveis de renda e produtividade ao pular etapas anteriormente cumpridas pelos países líderes  (Lee, 2013). 233 - Prebisch, Myrdal, Furtado e afins: Com base na hipótese de que a estrutura produtiva afeta o ritmo e a direção do desenvolvimento econômico, a literatura estruturalista destaca a ...