Econ - Site Voyager - As 9 Escolas de Economia IV

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301 - O pós-keynesianismo seria atribuível especialmente a Joan Robinson, Minsky e, de forma rudimentar, Kalecki. Não usa matemática e modelos, sendo forte em Cambridge. No Brasil, os pós keynesianos têm bastante presença nos Institutos de Economia da Unicamp e da UFRJ. Proposição que mais a diferencia das demais: a economia pode (e na maioria das vezes isto acontece) se equilibrar com desemprego involuntário por insuficiência de demanda efetiva, já que não há qualquer mecanismo automático no mercado que faça com que a poupança dos agentes econômicos seja utilizada para o investimento. Isso tudo mesmo no longo prazo. Ter liquidez pode ser melhor que emprestar dinheiro (investimento em sentido estrito). O Estado equilibraria isso.

302 - A corrente “estruturalista” de Conceição Tavares, cepalinos e etc. pregam a necessidade de industrialização. Como isto ocorre em um período em que a industrialização já apresenta grandes economias de escala e requer grande quantidade de capital, a industrialização não pode ocorrer sem apoio do Estado. Isto mudaria as estruturas produtivas do país, disto vem o nome. Na UNICAMP e UFRJ ainda é forte. Proponentes atuais: Carlos Lessa, Maria da Conceição Tavares, Bresser Pereira, Luiz Gonzaga Belluzzo (embora este também possa ser um pós keynesiano e também um marxista).

303 - Da economia marxista, Paul Sweeze seria um exemplo das antigas. Nem todos os economistas marxistas são favoráveis à revolução comunista. Alguns utilizam o marxismo apenas para entender como a economia funciona, mas defendem soluções social-democratas. Crises seriam um pequeno reset para diminuir a composição orgânica do capital e reiniciar ciclo de crescimento. (Se a prática casa com isso? Nunca pesquisei).

304 - Proponentes atuais: Yanis Varoufakis, Eleutério Prado, Leda Paulani, Richard Wolff, Paul Singer, Maria de Lourdes Rollember Mollo, Marcelo Carcanholo, Nelson Prado Alves Pinto.

305 - A “Escola Feminista” me pareceu mais complementar que frontalmente contrária: . Para isso, precisa dar mais atenção a questões como a contabilização do trabalho não remunerado, conflitos entre diferentes agentes dentro do mesmo domicílio (não enxergando mais o domicílio como unidade de análise da teoria do consumidor), possibilidade de outros comportamentos além de racionalidade/maximização/competição, discriminação por gênero e etnia no mercado de trabalho.

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