Econ - Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década
Mises Brasil - O que realmente permitiu o grande crescimento econômico brasileiro da última década:
137 - Coloca que “não foi a China”. Brasil exporta só 12% do PIB. E dos manufaturados brasileiros, por exemplo, a China só é responsável por importar 5%.
138 - Equipe de Palocci e Meirelles: ...era formada exclusivamente por técnicos, sem nenhum quadro do PT ocupando os grandes cargos. Nomes renomados como Joaquim Levy (sim, o próprio), Marcos Lisboa e Murilo Portugal foram pra Fazenda, ao passo que Alexandre Schwartsman, Ilan Goldfajn e o durão Afonso Beviláqua (que era o terror dos heterodoxos, pois queria um IPCA próximo de 3%) foram para o Banco Central.
139 - Atribui boa parte do aumento do investimento a partir de 2003 às políticas ortodoxas dessa equipe - Selic e superávit altos - restaurando a confiança.
140 - Quer explicar o seguinte mistério: expansão exponencial do crédito, salários crescentes e produtividade baixa e, de outro, inflação de preços decrescentes.
141 - Atribui “o boom econômico vivenciado não só pelo Brasil, mas por toda a América Latina na década de 2000” à queda do dólar frente à “cesta de moedas importantes” durante as guerras (2002 a 2011):
142 - … É o período em que o Ouro em dólar sobe bastante também.
143 - (O erro do texto me parece ser o de ignorar outros fatores além de todos citados. O crescimento da economia - ampliação da oferta, portanto - baseado na forma mais rápida e fácil da expansão do emprego também ajudou a impedir inflação. Ademais, houve um leve aumento da produtividade no período. O único do Brasil nos últimos quarenta anos, acho)
144 - Queda do dólar: isso fazia com que todos os produtos importados, bem como todos os produtos nacionais cuja produção utilizasse insumos com componentes importados, não subissem de preço. (...) O preço dos remédios, do trigo, das passagens e mesmo importados básicos… Tudo caindo pela queda do dólar.
145 - Também os preços dos alimentos, especialmente as carnes bovina e suína, sofrem impacto direto do dólar. O farelo de soja, por exemplo, é utilizado como ração para bovinos e suínos, e a soja é uma commodity cotada em dólar.
146 - (O texto explica que toda guerra causa desvalorização de moeda devido aos gastos, o que não sei se é exato ou exatamente como funciona, mas estou tomando como verdade. Seria mera emissão de dólar em nível além da demanda nacional e internacional? Possível é).
147 - Nesse cenário, apenas o setor de serviços — que não sofre concorrência externa e que sofrerá um forte aumento de demanda justamente por causa da elevação da renda real das pessoas — tem mais liberdade para aumentar preços. E foi exatamente isso o que aconteceu. (A inflação nos serviços foi muito maior nesse mesmo período).
148 - Fuga para ativos reais: Há quem sustente essa tese de que a bolha imobiliária americana nada mais foi do que uma inevitável reação das pessoas à desvalorização do dólar causada pela guerra no Iraque.
149 - Em períodos normais — isto é, quando o dólar está forte e estável —, expansões do crédito nos países periféricos tendem a rapidamente gerar carestia, pois tais expansões, além de aumentarem a quantidade de dinheiro na economia, também geram desvalorizações na taxa de câmbio, o que rapidamente obriga os bancos centrais a subirem os juros e abortarem essa expansão do crédito.
150 - O boom das commodities (principalmente minério e petróleo) na década de 2000 foi "auxiliado" pelo enfraquecimento do dólar. O texto dá a entender inclusive que o primeiro é meio que causado pelo segundo. Achei um ponto a se aprofundar.
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