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Mostrando postagens de dezembro 30, 2020

Filosofia - Textos Diversos XLV (Kant)

  Kant - Coletânea de Textos (Inclusive Sobre Neoliberalismo) : 111 - O texto sobre neoliberalismo eu já fichei em outra pasta, então vou apenas fichar os inéditos. 112 -   Kant concorda com Hume e com os empíricos quanto ao fato de que devemos todos os nossos conhecimentos às impressões dos sentidos. Mas, e nesse ponto ele concorda com os racionalistas, nossa razão também contém pressupostos importantes para o modo como percebemos o mundo á nossa volta. Em nós mesmos, portanto, existem certas condições que determinam nossa concepção do mundo. 113 - Para Kant, há formas que existem em nossa consciência antes de qualquer experiência. Exemplos: tempo e espaço. Não existem fora de nós mesmos, afirma. 114 - Para Kant, a lei da causalidade não está na natureza, mas dentro de nós. 115 - Ele concorda com Hume em que não podemos saber com certeza como o mundo é "em si". Só podemos saber como o mundo é "para mim" e, portanto, para todos os homens. (...) Em compensa...

Filosofia - Textos Diversos XLIV - Bertrand Russell, Os Problemas da Filosofia (1912)

  Julian Baggini - Bertrand Russell, Os Problemas da Filosofia (1912): 91 - Russell abandonou várias ideias dessa escrito, mas não dá pra entender a autocrítica sem conhecer o que ele defendia aqui nesse “`Problemas da Filosofia”. (um livro). 92 - É logicamente possível que algo como a matéria não exista . 93 - Uma tentativa de solução é dizer que, embora seja verdade que dez pessoas sentadas em torno de uma mesa não vêem exactamente a mesma coisa, podem estar suficientemente de acordo para que nos convençamos de que a mesa tem efectivamente propriedades mais ou menos consistentes. 94 -   … a hipótese de que as coisas existem realmente, independentemente das minhas percepções, tem mais poder explicativo do que a tese de que não existem. 95 -   Supor que os produtos finais, os dados dos sentidos, se assemelham ao próprio objecto, é um bocado forçado, pois iria exigir uma semelhança entre objecto e percepção que é completamente desnecessária para o processo da per...

Filosofia - Textos Diversos XLIII

  José Amorim de Oliveira Jr. - A fraqueza e a transgressão como elementos de obtenção do melhoramento : 71 - Nas comunidades fortes, com costumes e moral muito definidas, se um indivíduo”sai” e experimento novidades, estará fazendo isso sem o apoio, estabilidade e força dessa comunidade. Portanto, será “fraco” nessa empreitada. Porém, para o filósofo alemão, isso não parece ruim: a instabilidade, a desordem, inoculada pelo indivíduo fraco, que possibilita a idéia de se quebrar o ciclo da moral, de sair-se do embrutecimento (“sombra da estabilidade”) . Ou seja, insgurança pode ser um progresso. 72 - A ilustração que o autor usa pode passar-nos por simplista, mas ela retrata bem o que ele quer dizer: “raramente uma degeneração (...) não tem uma vantagem por outro lado. (...) O zarolho terá um olho mais forte”, por exemplo, visto que ele transforma uma fraqueza em algo positivo, em um progresso.   José Amorim de Oliveira Jr. - Afirmação da Existência, em Nietzsche : 73...

Filosofia - Textos Diversos XLII - Nietzsche por José Amorim de Oliveira Jr

José Amorim de Oliveira Jr. - A construção de uma civilização superior em Nietzsche : 39 - Essa civilização pede trabalho escravo e livre (ociosos)… Nietzsche minimiza dizendo que o escravo pode viver melhor que o trabalhador livre atual. Essa parcial asneira está no “humano… demasiadamente humano”. 40 - Quem seria o ocioso? O atual rico? No maravilhoso mundo de Nietzsche, não: O critério é o talento, a faculdade, a capacidade pessoal que um indivíduo tem. 41 - Quem sofre é o livre, pois tem responsabilidade de conduzir. O escravo só obedece... 42 - O argumento é meio que “tá no inferno? Abraça o capeta!” - Nietzsche faz-nos enxergar que o ideal moderno de ‘liberdade’ não passa de um embuste, mediante o qual a sociedade vende uma imagem de igualdade que, no fundo, não é senão um esquema implacável de aprisionamento, de estancamento social. Nesta situação, a liberdade é a maior das vaidades humanas. O escravo trabalharia menos que um trabalhador, afirma Nietzsche. 43 - Sincerament...

Filosofia - Textos Diversos XL - John Molyneux - É a natureza humana uma barreira ao socialismo

  John Molyneux - É a natureza humana uma barreira ao socialismo ou não : 17 - Mas há também pessoas que arriscam suas vidas pelos outros: oito metalúrgicos foram assassinados pelo exército durante a greve de Volta Redonda em 1988; em 1989 estudantes e trabalhadores permaneceram firmes na praça de Tiananmen (na China) diante dos tanques que os ameaçavam. (...) Além disso encontramos exemplos na vida cotidiana: pais que dedicam suas vidas para cuidar de seus filhos deficientes, trabalhadores que, desinteressadamente, optam por trabalhar em serviços sociais quando poderiam ganhar salários melhores em escritórios ou fabricas, a atitude generosa de muitas pessoas diante da pobreza e das necessidades sociais. 18 - Os motivos reais das guerras volta e meia são maquiados para ter o apoio das pessoas de boa natureza. Salvar o Kuwait. Salvar a Bélgica… (primeira guerra). 19 - A Rússia era, em tese, a terra da ignorância e da superstição. Pois bem: Esta revolução pretendia mudar o mundo...

Filosofia - Textos Diversos XLI

  Anotações Sobre “ Filosofia - Parte II ”.     Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.   Jessé de Souza - Pensamento Mediano, Marina Chauí e a Classe Média : 1 - Capital cultural é também e principalmente toda a herança imaterial e invisível, tanto emocional quanto cognitiva e moral, que recebemos desde tenra idade, sem esforço, no convívio familiar, como a habilidade para o pensamento abstrato, o estímulo à concentração - que falta às classes populares e a condenam ao fracasso escolar -, a capacidade de perceber o futuro como mais importante que o presente, etc. Isso tudo somado constrói o indivíduo das classes alta e média como "vencedor" na escola e depois no mercado de trabalho, não por seu "mérito individual", como os indivíduos dessas classes gostam de pensar, mas por uma "vantagem de sangue", familiar e de classe, como em qualquer outra sociedade tradicional do passado. 2 - … se todo o mal está ...

Filosofia - Textos Diversos XXXIX - J. Chasin - Método Dialético

 (continuação...) 654 - A parte sobre concreção é muito difícil de entender o que ele quer dizer. Não é tão claro quanto em outras partes. 655 -  Vulgarmente a palavra praxis é entendida como a prática imediata empírica. Resultado: se eu testo uma teoria, se eu monto uma teoria e testo pela prática, se empiricamente dá resultados positivos ela é verdadeira. Se empiricamente ela dá resultados negativos ela é falsa. Isto não é dialética, isto é pragmatismo.  Ex: Eu posso estar certo perdendo as eleições e posso estar errado ganhando. 656 - Dialética:  Ela não satisfaz em recolher pura e simplesmente algumas evidências empíricas, externas à construção teórica. Exemplo: ela toma uma teoria, que não é algo entendido como hipótese, (na dialética a teoria não é hipótese de explicação, ela subentende que é a reprodução conceitual do real) através dela, a realidade terá que se comportar provavelmente de um jeito ou de outro. Seja qual for o comportamento desta realidade, se a...

Filosofia - Textos Diversos XXXVIII - J. Chasin - Método Dialético

 (continuação...) 638 - Na dialética, em Hegel e em Marx, parte-se do fenômeno, do empírico. Não tem outro jeito. Só que, atenção!, ele é parte, e não o todo. Pior,  pode estar sob a forma do inverso da essência . A venda da força de trabalho, por exemplo, geralmente aparece como uma negociação entre iguais, ocultando a história e as diferenças de poder. Pseudo-liberdade. O empírico pode ser falso. Seria o erro do positivismo inclusive. Tem que se cotejar a interioridade ontológica do objeto real. 639 - Porém, Descartes está errado ao dizer que os sentidos sempre enganam. Eles podem enganar ou não. A essência corrige.  A essência corrigindo portanto, os órgãos dos sentidos. A razão corrigindo o meramente sensorial.  Por isso que não se pode negar o ontológico como o positivismo faz. A empiricidade é dada à mistificação volta e meia. 640 -  A perspectiva da dialeticidade é buscar a idéia no real, o que não quer dizer que se despreze nem a idéia nem a consciência....

Filosofia - Textos Diversos XXXVII - J. Chasin - Método Dialético

  J. Chasin - Método Dialético : 630 - Se a dialética trata da coisa em si e o positivismo recusa, evita tratar da coisa em si, nós estamos com dois troncos diametralmente distintos. Sujeito ilimitado que pode conhecer a totalidade do objeto. 631 - Assim como é o coletivo (classes sociais) que fazem a história, o sujeito do conhecimento também é coletivo. 632 - Crítica da intersubjetividade como árbitro do conhecimento (diz Chasin que foi Hegel criticando Kant): Se o verde me parece vermelho e se a todos o verde parece vermelho, o verde passa a ser objetivamente vermelho. Isto mostra que a intersubjetividade consolida o equívoco. Diz que, em Kant, a subjetividade organiza a objetividade. Porém, para Hegel… A objetividade é realmente uma subordinação da subjetividade. A objetividade implica na regência objetiva sobre a subjetiva. Como o conhecimento do método dialético subentende o objeto regendo a cognição, enfim o primado gnoseológico está no objeto não no sujeito, ainda que o ...

Filosofia - Textos Diversos XXXVI

J C Avelino da Silva - O Homem e a Natureza : 625 - Ecologismo filosófico. Basicamente critica o homem ter se separado da natureza como se não dependesse dela. Acho que esse debate pediria mais dados e dialética dialógica, ou sei lá o que. Por mais que eu reconheça que há um problema. 626 - Considerar o ápeiron como o arché equivale a admitir um conceito abstrato como a origem de tudo. (...) Anaximandro colocou o pensamento humano em um nível abstrato conceitual, de onde ele não saiu até hoje. 627 - Tales, do “tudo á agua”, é meio que o primeiro filósofo. Primeiro “tudo é um”, inclusive. 628 - Enquanto que Tales descobriu a natureza, rompendo com a imanência dos deuses, Anaximandro inaugurou a transcendência na medida em que estabeleceu a exterioridade entre o ápeiron e as coisas perecíveis. (...) o ápeiron se situa além dos limites da observação, além do alcance dos sentidos (o ápeiron é transcendente) e reconheceu o direito de existência da realidade, da natureza: os pares opost...