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Mostrando postagens de dezembro 29, 2020

Filosofia - Textos Diversos XXXIV - Introdutório Merleau-Ponty

Introdutório  Merleau-Ponty : 582 - Discípulo de Husserl. Segue suas trilhas. Influenciado também por Hegel e Heidegger. 583 - Merleau-Ponty reconhece que '"Hegel está na origem de tudo o que se 'realizou de grande em Filosofia há um século - p. ex., o marxismo, Nietzsche, a Fenomenologia, o Existencialismo alemão, a Psicanálise -; ele inaugura a tentativa de explorar o irracional e integrá-lo em uma razão ampliada, tentativa que permanece a tarefa de nosso século. 584 - Muito blablablá nesse texto até aqui. 585 - "Que é Fenomenologia?", pergunta Merleau-Ponty. "É o estudo das essências', é uma "filosofia que recoloca as essências na existência'; "uma filosofia para a qual não se pode compreender o homem e o mundo senão a partir de sua facticidade"; "é uma filosofia transcendental" 586 - Assim, entendemos como Merleau-Ponty, partindo do pressuposto hegeliano de que se deve começar pela facticidade existencial fenomenal ...

Filosofia - Textos Diversos XXXIII

  Herman Hesse - Dentro e Fora : 567 - É um conto de onze páginas sobre um rapaz com apreço pela ciência que começa a ver crescer seitas e superstições. Encontra um amigo, ex-cientista e que agora se dedica à magia. O encontro é cômico. O fim é interessante.   Hermano Vianna - O Antiedipo e a Antropologia : 568 - Não é facil explicar O Anti-Édipo. Não é fácil explicar um livro onde, segundo Deleuze, "não há nada para explicar, para compreender, para interpretar ." Que vontade de não ler esse texto lendo isso. 569 - Tudo é máquina. Literalmente. Esse é o ponto um do livro dos caras. 570 - Texto impossível de interpretar porque metade está em francês e outra metade em deleuzês, o que é pior ainda. O que está em português está bastante mal explicado (o que pode ser defeito do livro ou até meu).   Introdutorio Heiddeger : 571 - Heidegger empreenderá agora o esforço de voltar aos fundamentos da metafísica e recuperar o sentido do Ser. 572 - O homem é, pois, a questã...

Filosofia - Textos Diversos XXXII - Hegel, Introdutório Para Lê-lo

 (continuação...) 545 - Hegel e a identidade de opostos:  1) este princípio imprincipiado deve ser, num sentido, uno e múltiplo. Dele todas as coisas devem proceder necessariamente. 2) Mas se "C" procede de "B" e "B" de "A", segue-se que "C" esteve contido antes em "B" e "B" contido em "A". Afinal, o primeiro princípio deve, de uma certa maneira, conter todas as demais coisas.  (...)  A idéia de uma "identidade de opostos" parece esquisita à primeira vista. Não será tão estúpida se refletirmos mais. Se admitirmos que no universo há seres opostos, contraditórios, e se admitirmos que tudo veio de um único ser, qual será a conclusão? Que, em algum momento, opostos são idênticos . São opostos e idênticos. 546 - Contradição e luta dos opostos. “Deve haver uma contradição no ovo, na semente e na criança”  Se tudo estiver profundamente pacificado dentro de cada um destes três exemplos, se nenhuma luta, c...

Filosofia - Textos Diversos XXXI - Hegel, Introdutório Para Lê-lo

  Hegel - Introdutório Para Lê-lo : 529 - Pode-se explicar uma coisa pela causa ou pela razão. A primeira fornece uma explicação realista. A segunda fornece uma explicação idealista. 530 - Hegel diz que a explicação causalista/realista vai só adiando a explicação de verdade. Uma causa que tem causa nisso que tem causa naquilo e causa naquilo outro… E nunca se chega à explicação definitiva. (algo do tipo: quem causou o big bang?) 531 - Então Hegel quer que as coisas se expliquem pela razão. Um fogo pode um dia não queimar, mas dois mais dois têm que ser sempre quatro e isso sim é explicação racional. 532 - Coisa (matéria) é individual. Razão não é coisa. È universal. As leis da trigonometria, por exemplo. 533 - Quer-se a razão do Universo e não uma “explicação” causal. 534 - Platão também pretendeu explicar as coisas a partir da ideia: Vejo neste mundo uma mesa, uma cadeira, um lápis. Não passam de sombras das idéias de mesa, cadeira, lápis, que se encontram no mundo das Idé...

Filosofia - Textos Diversos XXX - Hannah Arendt - A Crise da Cultura

  Hannah Arendt - A Crise da Cultura : 486 - A Europa é mais irritantemente esnobe culturalmente que os EUA, escreve. Coloca que mais pessoas passaram progressivamente a ter mais tempo para lazer (cultura de massa). 487 - A "boa" sociedade, na forma em que a conhecemos nos séculos XVIII e XIX, originou-se provavelmente das cortes europeias do período absolutista, e sobretudo da corte de Luís XIV, que soube reduzir tão bem a nobreza da França à insignificância política mediante o simples expediente de reuni-los em Versalhes, transformá-los em cortesãos e fazê-los se entreter mutuamente com as intrigas, tramas e bisbilhotices intermináveis engendradas inevitavelmente por essa perpétua festa. 488 - Coloca que antes a sociedade era apenas esses salões da vida, que Robespierre e companhia denunciavam como hipócritas. Depois é que veio a sociedade de massas. 489 - O cara que usa um lindo quadro para tapar buraco na p...

Filosofia - Textos Diversos XXIX

  Gilbert Harman - Indução - Enumerativa e Hipotética : 465 - Há induções demonstrativas e não-demonstrativas. Em todos os casos de induções não-demonstrativas, a evidência é compatível com várias hipóteses. 466 - Como a gente costuma escolher hipóteses tiradas da nossa indução? O texto defende que é dessa maneira: encontrar a hipótese concorrente mais simples e compatível com a evidência. Cita adicionalmente a questão da coerência, mas achei mal explicado (ou não tive paciência). Ademais, diz o texto, Sam pode simplesmente ter desejado muito que não tivesse sido manipulado por Alberto na questão dos supostos pêssegos sem caroços. 467 - Dedução não tem a ver com inferência. Não é inferir nada. É concluir mesmo. De uma premissa. Qualquer problema está na premissa. 468 - Conservadorismo: Historicamente, alguns filósofos parecem ter suposto que deveríamos ignorar o conservadorismo. Deveríamos construir uma visão segura por meio de passos auto-evidentes a partir de f...

Filosofia - Textos Diversos XXVIII - O Existencialismo de Sartre (Gerd Bornheim)

  Gerd Bornheim - O Existencialismo de Sartre : 453 - A existência precede a essência é de Heidegger. Sartre é o único que não se incomoda com o rótulo “existencialista”. Não há uma natureza humana  a priori  em Sartre. Não existe um Deus para incutir uma natureza humana, essência primordial. 454 - Sartre:  O ser e o nada (1943), adota o método fenomenológico . A segunda obra adota o método marxista, crítica da razão dialética em 1960. E no fim da vida, vai ao método da psicanálise. 455 -  O ser se define pelo princípio de identidade: ele é o que ele é. A consciência, ao contrário, não é idêntica consigo mesma, toda busca de auto-identificação devolve-a imediatamente ao outro que não ela mesma. (...) Assim, a consciência só se deixa definir pelo princípio de contradição: ela é o que não é não é o que é. 456 - Em Sartre, não há espaço para o nada no ser. 457 -  A consciência é um ser que, em seu ser, é consciência do nada de seu ser. 458 -  O homem é ha...

Filosofia - Textos Diversos XXVII - O Que é Isto – A Fenomenologia de Husserl

  Galeffi - O Que é Isto – A Fenomenologia de Husserl : 438 - Seria um método para conhecer a essência. A fenomenologia transcedental quis ir além da referência empírica, da questão das vivências. 439 - Nesta fenomenologia transcendental não nos havemos com ontologia apriórica, nem com lógica formal e matemática formal, nem com geometria como doutrina apriórica do espaço, nem com cromometria e foronomia apriórica, nem com ontologia real apriórica de qualquer espécie (coisa, mudança, etc.). 440 - É uma crítica da razão enquanto fenômeno da consciência constituinte. Reclamando, renovadamente, uma nova tarefa para a Filosofia do Sujeito, precisamente aquela capaz de superar o amadorismo empírico ou o transcendentalismo ingênuo (ou realista) das épocas anteriores. 441 - Conhecer parte da possibilidade de pôr em dúvida a própria capacidade de conhecer sem pôr em dúvida a consciência. 442 - … a tarefa da Fenomenologia Transcendental seria a d...

Filosofia - Textos Diversos XXVI

 (continuação...) 423 - Método catártico. Era como chamava. 424 - Freud era médico, mas começou a usar a técnica da associação livre num divã relaxante (em vez da hipnose, como era mais comum), muitas vezes. 425 -  Pela conversa, pelas reações da paciente, pelos sonhos narrados e pelas lembranças infantis, Freud descobriu que a vida consciente de Anna era determinada por uma vida inconsciente, que tanto ela quanto ele desconheciam. 426 -  No centro do id, determinando toda a vida psíquica, encontra-se o que Freud denominou de complexo de Édipo, isto é, o desejo incestuoso pelo pai ou pela mãe. É esse o desejo fundamental que organiza a totalidade da vida psíquica e determina o sentido de nossas vidas. 427 - O conteúdo latente dos desejos reais se disfarça de conteúdo manifesto (nos sonhos). 428 -  O inconsciente, diz Freud, não é o subconsciente. Este é aquele grau da consciência como consciência passiva e consciência vivida não-reflexiva, podendo tornar-se plenament...

Filosofia - Textos Diversos XXV - Freud - Textos Selecionados

  Freud - Textos Selecionados : 402 - Nem tudo é razão. Temos impulsos. Talvez tudo isto não tivesse nada de novo em si. Mas Freud mostrou que essas necessidades básicas podiam vir à tona disfarçadas e tão modificadas que não seríamos capazes de reconhecer sua origem. 403 - Fazia uma arqueologia da alma para escavar o passado. 404 - O bebê é puro “id”. Aí vem o princípio da realidade (ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego ) e com ele o ego. Passamos a reprimir nossos desejos. O superego é a repressão que vem de fora. Repressão aos desejos (isso é feio) gera neuroses e pode virar uma histeria. O autor cita o exemplo da mulher que tinha uma irmã e se apaixonou pelo cunhado. Assim que a irmã morreu pensou que agora era livre pra casar com ele. Viu o quanto isso era horrível e reprimiu até esquecer que houve isso. 405 - Não podemos ter presente em nossa consciência, o tempo todo, todas as experiências que...

Filosofia - Textos Diversos XXIV - A Superação do Niilismo (Francisco Fuchs)

    Francisco Fuchs - A Superação do Niilismo : 388 - O niilismo passivo é o terceiro estágio do niilismo (negativo e reativo são os anteriores): Nem mesmo basta dizer que os ideais divinos e humanos foram ultrapassados; deixou-se para trás a própria noção de ideal. 389 - Tanto na perspectiva do niilismo negativo quanto na do niilismo reativo, a vida parece possuir um sentido e uma finalidade dados de antemão. Sentido e finalidade foram evidentemente inventados e fundamentados em mitos ou razões, mas parecem ter estado aí desde sempre e são assumidos em tanto que valores estabelecidos: fardos que a humanidade carrega em direção ao deserto. No niilismo negativo, sentido e finalidade são dados por valores superiores à própria vida. No niilismo reativo, todos os valores superiores são negados, mas o ideal ascético persiste, apresentando agora uma face propriamente humana; o sonho do Paraíso na Terra – seja ele coletivo ou individual – substitui o delírio de uma Jerusalém C...

Filosofia - Textos Diversos XXIII (Foucault)

  Foucault - Sexualidade e Poder : 373 - Se propõe a uma história da sexualidade. 374 - A histeria era, em Freud, o desconhecimento sobre si mesmo, mais especificamente, sobre o seu próprio desejo. 375 - Reclama que há muito debate e conhecimento no plano geral (ocidental) sobre sexualidade (hipersaber), contrastando com o desconhecimento no plano individual. Saber coletivo sobre a sexualidade. 376 - Diz que o Oriente até produz muito sobre como dar e sentir prazer (a arte erótica), mas o Ocidente, por seu lado, preferiu produzir ciência sobre a sexualidade, não sobre o prazer. A verdade do sexo. 377 - Há a tese de que a Antiguidade não tinha proibições morais nesse campo. A repressão sexual teria começado com o cristianismo e a burguesia levou adiante por um bom tempo. Monogamia e sexo visando a reprodução. Porém, Foucault cita estudo que diz que a crítica ao desejo já era a regra no Império Romano (só os ricos safados podiam fugir delas e se comportarem como animais livres),...

Filosofia - Textos Diversos XXII

  Ester Vaisman - A Obra Tardia de Lukács : 362 - A Ontologia do Ser Social foi a primeira a buscar um caráter ontológico na obra de Marx. Antes julgavam que isso era idealismo ou metafísica. Toda pergunta em relação ao ser não era considerada científica. (...) Após 1848, depois do declínio da filosofia hegeliana e, sobretudo, quando começa a marcha triunfal do neokantismo e do positivismo, os problemas ontológicos não são mais compreendidos. O neokantismo elimina da filosofia a incognoscível coisa em si, enquanto que para o positivismo a percepção subjetiva do mundo coincide com a sua realidade" (LUKÁCS, 1984, p.574; 1990, t.I, p.277). 363 - A ontologia de Marx vem do que existe realmente. As reflexões de Lukács partem da crítica fundamental que postula que, em Marx, "o tipo e o sentido das abstrações, dos experimentos ideais, são determinados não a partir de pontos de vista gnosiológicos ou metodológicos (e tanto menos lógicos), mas a partir da própria coisa, isto é, da e...

Filosofia - Textos Diversos XXI (Epicuro)

  Epicuro - Trechos Selecionados : 339 - A sensação é importantíssima nele e não pode ser privada. Porém, não é tudo: A sensação deve servir-nos para proceder, raciocinando, à indução de verdades que não são acessíveis aos sentidos. 340 - [Para a explicação dos fenómenos naturais] não se deve recorrer nunca à natureza divina; antes, deve-se conservá-la livre de toda a tarefa e em sua completa bem-aventurança. 341 - Continuamos nessa luta, Epicuro: Não é necessário supor que num corpo limitado existam corpúsculos em número infinito nem de qualquer tamanho. Por conseguinte, não só devemos excluir a divisão ao infinito, em partes cada vez menores para não privarmos o todo da capacidade de resistência e nos vermos constrangidos, na concepção dos compostos, a reduzir os seres ao nada mediante a compressão, como também não deve supor-se que nos corpos limitados exista a possibilidade de continuar passando até o infinito a partes cada vez menores. Porque, se se afirma que num corp...