Filosofia - Textos Diversos XXI (Epicuro)
Epicuro - Trechos
Selecionados:
339 - A sensação é
importantíssima nele e não pode ser privada. Porém, não é tudo: A sensação deve servir-nos para proceder,
raciocinando, à indução de verdades que não são acessíveis aos sentidos.
340 - [Para a explicação dos fenómenos naturais] não se deve recorrer nunca
à natureza divina; antes, deve-se conservá-la livre de toda a tarefa e em sua
completa bem-aventurança.
341 - Continuamos nessa
luta, Epicuro: Não é necessário supor que
num corpo limitado existam corpúsculos em número infinito nem de qualquer
tamanho. Por conseguinte, não só devemos excluir a divisão ao infinito, em
partes cada vez menores para não privarmos o todo da capacidade de resistência
e nos vermos constrangidos, na concepção dos compostos, a reduzir os seres ao
nada mediante a compressão, como também não deve supor-se que nos corpos
limitados exista a possibilidade de continuar passando até o infinito a partes
cada vez menores. Porque, se se afirma que num corpo existem corpúsculos em
número infinito e em todos os graus de pequenez, é impossível conceber como
terminaria isto, e então como poderia ser limitada a grandeza de cada corpo?
Qualquer que fosse a grandeza dos corpúsculos, também seria infinita a grandeza
dos corpos.
342 - Fala um monte de
coisas sobre os átomos e sobre a infinitude do universo. Utilizou-se da teoria atômica de Demócrito para justificar a
constituição de tudo o que há. Das estrelas à alma, tudo é formado de átomos,
sendo, porém de diferentes naturezas. (Wikipedia)
343 - A alma é corpórea, composta de partículas
sutis, difusa por toda a estrutura corporal…
quando a alma se separa do corpo. este perde a sensibilidade.
344 - Nem a posse das riquezas nem a abundância das coisas nem a obtenção de
cargos ou o poder produzem a felicidade e a bem-aventurança; produzem-na a
ausência de dores, a moderação nos afetos e a disposição de espírito que se
mantenha nos limites impostos pela natureza.
345 - ... cada dor é um mal, mas nem sempre se deve
evitá-las. (...) segundo as ocasiões,
o bem nos produz o mal e, em troca, o mal, o bem. Tem que pesar o que
acontece se se atende ou não a um desejo, defende.
346 - Alguns dos desejos são naturais e
necessários; outros são naturais e não necessários; outros nem naturais nem necessários,
mas nascidos apenas de uma vã opinião. (...) Aqueles desejos que não trazem dor
se não são satisfeitos não são necessários; o seu impulso pode ser facilmente
posto de parte, quando é difícil obter a sua satisfação ou parecem trazer
consigo algum prejuízo.
347 - A vida do insensato é ingrata, encontra-se
em constante agitação e está sempre dirigida para o futuro.
348 - O sóbrio raciocínio que procura as causas de
toda a escolha e de toda a repulsa e põe de lado as opiniões que motivam que a
maior perturbação se apodere dos espíritos. De todas estas coisas, o princípio
e o maior bem é a prudência, da qual nascem todas as outras virtudes.
349 - Associa justiça à
utilidade.
350 - As leis existem para os sábios, não para impedir que cometam, mas para
impedir que recebam injustiça. (Idealista, mas achei bonitinho rs)
351 - Deus, ou quer impedir os males e não pode,
ou pode e não quer, ou não quer nem pode, ou quer e pode. Se quer e não .pode,
é impotente: o que é impossível em Deus. Se pode e não quer, é invejoso: o que,
do mesmo modo, é contrário a Deus. Se nem quer nem pode, é invejoso e
impotente: portanto, nem sequer é Deus. Se pode e quer, o que é a única coisa
compatível com Deus. donde provém então a existência dos males? Por que razão é
que não os impede?
Erródoto e a Filosofia:
361 - Engraçadinho.
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