Filosofia - Textos Diversos XXII
Ester Vaisman - A Obra Tardia de Lukács:
362 - A Ontologia do Ser Social foi a primeira a buscar um caráter ontológico na obra de Marx. Antes julgavam que isso era idealismo ou metafísica. Toda pergunta em relação ao ser não era considerada científica. (...) Após 1848, depois do declínio da filosofia hegeliana e, sobretudo, quando começa a marcha triunfal do neokantismo e do positivismo, os problemas ontológicos não são mais compreendidos. O neokantismo elimina da filosofia a incognoscível coisa em si, enquanto que para o positivismo a percepção subjetiva do mundo coincide com a sua realidade" (LUKÁCS, 1984, p.574; 1990, t.I, p.277).
363 - A ontologia de Marx vem do que existe realmente. As reflexões de Lukács partem da crítica fundamental que postula que, em Marx, "o tipo e o sentido das abstrações, dos experimentos ideais, são determinados não a partir de pontos de vista gnosiológicos ou metodológicos (e tanto menos lógicos), mas a partir da própria coisa, isto é, da essência ontológica da matéria tratada" (idem, p.596; idem, p.302).
364 - Marx: Não é que a história se desenvolva no interior do sistema das categorias, mas ao contrário, a história é a transformação do sistema das categorias. As categorias são, em suma, formas do ser (LUKÁCS, 1986, p.85).
365 - Complexo de complexos em Marx: O complexo no interior desta perspectiva é compreendido e determinado como um conjunto articulado de categorias que se determinam reciprocamente, e estruturado de forma decisiva por uma categoria que atua como momento preponderante em seu interior. Por isso, é contra as afirmações que acusam a existência em Marx de um determinismo unívoco, proveniente da esfera da economia, que absolutiza a potência do fator econômico legando ao segundo plano a eficácia dos outros complexos da vida social.
366 - A base econômica é mero momento predominante, o motor do carro.
367 - Portanto, de um lado, a causalidade posta, e de outro o pôr teleológico, constituem, sob a forma da determinação reflexiva, o fundamento ontológico da dinamicidade de complexos próprios apenas ao homem, na medida em que a teleologia é uma categoria existente somente no âmbito do ser social.
368 - Por fim, a consequência da teleologia: todo o processo social é posto em movimento por meio das ações teleológicas individuais, mas que em sua totalidade estes atos não possuem uma finalidade determinada, resulta daí todo um movimento que opera por meio de nexos causais espontâneos. Afirmação que nos leva, portanto - e aqui convém ressaltar esta determinação com toda a clareza -, a entender que no plano da totalidade do ser social está presente toda uma malha de nexos que atuam sob a forma de uma causalidade social.
Estranhos Ensinamentos - Nietzsche - Deleuze:
369 - A ideia é se livrar dos pesos. O super-homem não carrega pesos nas costas.
370 - Por isso, o que se ensina é uma filosofia do abandono e do desapego; a qual, como afirma o parágrafo 41 de Além do bem e do mal, não se prende à nada, nem sequer ao seu próprio desprendimento (Loslösung) (Nietzsche, 1992, p.46).
371 - Achei vaziozaço.
Foucault - Além das Fronteiras da Filosofia:
372 - Entendi nada.
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