Filosofia - Textos Diversos XXV - Freud - Textos Selecionados

 

Freud - Textos Selecionados:

402 - Nem tudo é razão. Temos impulsos. Talvez tudo isto não tivesse nada de novo em si. Mas Freud mostrou que essas necessidades básicas podiam vir à tona disfarçadas e tão modificadas que não seríamos capazes de reconhecer sua origem.

403 - Fazia uma arqueologia da alma para escavar o passado.

404 - O bebê é puro “id”. Aí vem o princípio da realidade (ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego) e com ele o ego. Passamos a reprimir nossos desejos. O superego é a repressão que vem de fora. Repressão aos desejos (isso é feio) gera neuroses e pode virar uma histeria. O autor cita o exemplo da mulher que tinha uma irmã e se apaixonou pelo cunhado. Assim que a irmã morreu pensou que agora era livre pra casar com ele. Viu o quanto isso era horrível e reprimiu até esquecer que houve isso.

405 - Não podemos ter presente em nossa consciência, o tempo todo, todas as experiências que vivemos. Mas tudo o que pensamos ou vivemos e tudo de que nos lembramos quando pomos a cabeça para funcionar Freud chama de "pré-consciente". A expressão "inconsciente" significa, para Freud, tudo o que reprimimos. (...) Este mecanismo funciona em todas as pessoas sadias. Para algumas pessoas, porém, o ato de banir tais pensamentos desagradáveis ou proibidos é algo tão estressante que elas ficam doentes.

406 - Há uma analogia do auditório (consciente) com um cara que está gritando dentro dele, mas é reprimido e expulso e fica no corredor gritando. Não dá pra ouvir, mas tá lá no inconsciente e continua querendo entrar.

407 - Outros problemas que essas coisas geram: os atos falhos. “Não olhe e nem fale nada para o nariz do bispo!” - O bispo veio até à paróquia e as meninas, absolutamente deliciadas com a situação, faziam todo o esforço possível para não dizer nada a respeito do nariz. E mais: elas não podiam sequer ficar olhando para o nariz. Tinham de esquecê-lo completamente. Só que elas ficavam pensando no nariz do bispo o tempo todo. E quando chegou a hora de a menorzinha oferecer ao honorável bispo açúcar para o café, ela disse: "O senhor aceita um pouco de açúcar no nariz?".

408 - Racionalizar é inventar falsos motivos para justificar algo que na verdade vem de motivos constrangedores demais.

409 - Projetar no outro algo nosso também estaria no bolo. Só que nunca me vejo fazendo, acho. Será?

410 - Atos falhos revelam segredos íntimos. Freud dizia.

411 - A porta entre os níveis de consciência devem ficar apenas encostadas. Nunca trancada. Um neurótico é justamente alguém que despende energia demais na tentativa de banir de seu consciente tudo aquilo que o incomoda.

412 - Sonhos são comunicações do inconsciente. Devemos sempre prestar atenção se não estamos reprimindo demais o inconsciente. Nos sonhos, haveria desejos que não queremos admitir nem a nós mesmos. (Os meus não fazem sentido). Trata-se de descobrir os verdadeiros motivos do sonho.

413 - Se uma prima aparece no sonho do primo e dá dois balões de ar, exemplifica, é bem possível que o primo queira os seios dela (ela).

414 - Os surrealistas queriam trazer o inconsciente para a arte. E mesmo outras escolas. O sonho era uma pequena obra de arte. Breton declara que a arte deveria ser criada a partir do inconsciente, pois só assim a inspiração do artista estaria livre para produzir suas imagens oníricas e o artista poderia buscar um "super-realismo", no qual as barreiras entre sonho e realidade fossem abolidas

415 - A história da tartaruga que ferrou a centopéia é bem triste hehe. De repressão diabólica. Ela nunca mais dançou após ter que pensar sobre isso.

416 - Para um artista, portanto, pode ser muito importante "se deixar levar". Os surrealistas tentavam se aproveitar disso e buscavam um estado em que tudo parecia brotar espontaneamente. Eles sentavam-se à frente de uma folha de papel em branco e começavam a escrever, sem pensar no que estavam escrevendo. Era isto o que chamavam de escrita automática. Na verdade, a expressão vem do espiritismo, em que um "médium" acredita que o espírito de alguém que já morreu está dirigindo sua mão ao escrever... Mas acho melhor continuarmos falando amanhã sobre essas coisas.

417 - Neste tipo de parálises o histérico não sentia dor, mas não podia mexer o que estava paralisado. Isto era, então, uma afecção psicológica determinada por motivos inconscientes, e que eram facilmente tratáveis com a hipnose. Se a paralisia fosse neurológica o tratamento teria que ser outro, pois não haveria cura pela hipnose.

418 - Negavam que todo mundo sonhasse, depois a ciência descobriu que sim.

419 - Os gregos antigos já falavam no inconsciente: o que Freud conseguiu foi fazer uma clínica do inconsciente, uma compreensão aplicada ao campo filosófico.

420 - Supostas descobertas: Gilbert foi psicólogo Tribunal de Nuremberg e, estudando os seguidores do nazismo, achou patologias severíssimas em todos eles. E estas foram pessoas bem sucedidas num determinado espaço de tempo, num certo momento social, o que não quer dizer que suas atividades foram fruto de uma ideologia correta, mas sim de uma violência interna, de uma agressão brutal que precisaram expressar.

421 - O terapeuta tem uma função definida, com limites. De um beijo pode-se chegar às relações sexuais. Por que dar um e não outro? Ou se é terapeuta ou amante - este era o conceito rígido de Freud.

422 - Freud caiu em desgraça por defender que existiam homens histéricos, o que, segundo o texto, depois ficou provado.

(continua...)

Comentários