Econ - Site Voyager - Burrices Típicas da Direita Brasileira
Site Voyager - Burrices Típicas da Direita Brasileira:
322 - Em primeiro lugar, FGTS foi criado pela ditadura militar e não por Getúlio Vargas.
323 - Para “mamãefalei”, a esquerda jamais poderia defender uma criação da ditadura. Segundo a lógica do Mamãefalei, ele deveria se tornar um fervoroso defensor do FGTS, já que este foi uma criação do liberal Roberto Campos.
324 - Ademais, o texto argumenta que a esquerda não vai ser contra a seguridade social porque foi criada por Bismarck, por exemplo. As concessões são “nossas”.
325 - Ademais, o FGTS era já um mal menor em relação à estabilidade decenal da CLT.
326 - Eduardo Migowski, doutorando em Ciências Políticas pela PUC … nos adverte: “Como lembrou o jurista Arnaldo Süssekind, a CLT não pode ser uma cópia da Carta Del Lavoro, em primeiro lugar, por uma questão matemática: a CLT possuía, quando da sua promulgação, 921 artigos. A Carta Del Lavoro apenas 30. Desses, somente 11 leis estão em ambos os documentos. E muitas delas versam sobre temas que nada têm a ver com o fascismo, como a criação da Justiça do Trabalho.” (...) Sobre as onze leis que estão em ambos os documentos, dez são leis que tratam de direitos como férias, repouso semanal e previdência, que são anteriores ao regime fascista, estabelecidas pela Organização Internacional do Trabalho, e apenas no caso da Declaração III da Carta del Lavoro, sendo seu correspondente o art. 138 da Constituição Federal de 1937, há uma característica do sindicalismo corporativo do regime fascista: a que trata da contribuição compulsória dos trabalhadores aos sindicatos.
326 - A CLT, ao contrário do que Arthur do Val diz, não é uma criação de Getúlio Vargas “imposta goela abaixo do brasileiro”, mas sim a compilação de várias leis preexistentes, baseadas nas Convenções da Organização Internacional do Trabalho, na encíclica Rerum Novarum e numa legislação elaborada por Maurício de Lacerda e Mário Pedrosa, ambos socialistas.
327 - E a lógica do mercado “benfeitor” é a mesma em todo mundo. Em 2014, um reality show da Noruega levou jovens noruegueses para trabalharem nos sweatshops do Camboja. Foi um choque de realidade que transformou a noção que esses jovens tinham do mundo: eles conheceram a real face do capitalismo, que é a brutal exploração humana proporcionada pelo livre mercado. Assim, tiveram conhecimento que existem pessoas no mundo que trabalham por 12 horas diariamente para receberem apenas 3 dólares por dia.
328 - O texto insiste que os liberais se esquecem de que há trabalhadores sem direitos trabalhistas mesmo nos países desenvolvidos: os imigrantes ilegais. Prestam serviços extenuantes, sem proteção e mal remunerados. A desregulação não lhes traz qualquer benefício. Cita o livro “Cabeça de Turco” de um escritor que fingiu ser imigrante turco na Alemanha.
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