Econ - Valério Arcary - O Capitalismo Pode Ter Uma Morte Natural Ou Não (Bom!) I
Valério Arcary - O Capitalismo Pode Ter Uma Morte Natural Ou Não (Bom!):
390 - Não podiam deixar de induzir ao catastrofismo as recorrentes analogias históricas que evocavam o colapso de Roma no mundo antigo, desintegrado pelo esgotamento do sistema escravista, para sugerir qual seria o futuro do capitalismo. A perspectiva de uma calamidade econômica diminuía a especificidade do lugar da transição ao socialismo como uma passagem histórica, necessariamente, mais consciente do que a que deu lugar ao modo de capitalista de produção nos poros do feudalismo europeu.
391 - O marxismo de Rosa, inimigo do fatalismo, era máximo ativismo. Porém: Nos círculos da II Internacional predominava um critério de interpretação d?O Capital que previa uma crise final do capitalismo, em algum momento futuro. Embora ninguém se atrevesse a fixar uma data para a catástrofe econômica do sistema, estava implícito nas análises que o capitalismo tinha limites históricos objetivos. Defendido por Rosa Luxemburgo, e compartilhado por muitos dirigentes, inclusive da embrionária ala esquerda, podemos encontrar o prognóstico de que, na fase do imperialismo, o regime capitalista mergulharia a sociedade em crises cada vez mais dolorosas e recorrentes.
392 - Já os pactos sociais construídos com a colaboração da socialdemocracia e do estalinismo ofereceram um quadro de estabilidade para as democracias liberais, sobretudo no Velho Continente. O eixo da revolução mundial se deslocou durante décadas para a periferia.
393 - O que seria a crise estrutural para Arcary? Destruição menos abrupta, recuperações menos vigorosas, uma longa e quase ininterrupta depressão, mas sem formas catastróficas, ou seqüelas explosivas.
394 - Colleti assim via a divisão sobre a teoria do catastrofismo: Tanto Bernstein, el padre del "revisionismo", como Rosa Luxemburg, su más feroz e intransigente adversaria, están en favor de que se atribuya a Marx una "teoría del derrumbe". Por el contrario, ya sea Kautsky o bien Lenin, y tanto el socialdemócrata Hilferding como el entonces bolchevique de izquierda Bujarin, se oponen a esa atribución. (...) Colletti tem razão, não existe qualquer coincidência entre as posições políticas dos marxistas do início do século, em relação à estratégia, que encontre correspondência com o debate sobre a teoria do colapso.
(continua...)
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