Eric Hobsbawm - A Era de Ouro, de Era dos Extremos (Cap. 14)
Anotações Sobre Era dos Extremos (Hobsbawm)
Parte III do Livro – O Desmoronamento – 1973 a 1991
Capítulo 14: As Décadas de Crise (pág. 393)
83 – Países da Europa Oriental e Rússia (1989 – 1992): Tiveram sua “grande depressão”, com quedas de dois dígitos do PIB por mais de um ano.
84 – Volta do desemprego crônico (10% ou mais) e a pobreza gerada pelo aumento da desigualdade social (década de 80). Sem tetos nas ruas.
85 – Países subdesenvolvidos desiguais eram bem mais desiguais que os países desenvolvidos mais desiguais (EUA, Suíça, Austrália, Nova Zelândia – nesses, os 20% de cima levam oito ou dez vezes mais que os 20% de baixo). A vergonha maior era o Brasilsilsil, no qual os 20% de cima (1992) levavam vinte e cinco vezes mais que os 20% de baixo.
86 – O Terceiro Mundo era desigual. Na Ásia, menos, devido a já citada reforma agrária radical.
87 – Japão da década de 80, os 20% mais ricos ganhavam 4,3 vezes mais que os 20% mais pobres. Seria decorrência da reforma agrária radical?
88 – No fim do “Breve Século XX”, o “modelo sueco“ batia em retirada mesmo no seu próprio país.
89 – EUA gastavam, em 92, 25% de seu PNB. Países europeus, 40%. Tamanho do Estado.
90 – Após 1989, nos países da Europa Oriental, tentou-se criar um livre mercado irrestrito logo após a transição (ex-URSS também). Neoliberalismo lá destruiu as economias.
91 – Reagan saiu da depressão 1979-82, nos EUA, usando, de certa forma, métodos keynesianos, gerando, assim, grande déficit nas contas.
92 – Fim da era do “pleno emprego”. Efeitos colaterais: “dos dez maiores assassinatos em massa dos EUA (...), oito ocorreram desde 1980”. (...) Perda do emprego às vezes precipitava isso.
93 – Eleitorado social-democrata fragmentado, o que favorecia a direita. Surgimento de “movimentos especializados”, a exemplo dos “ambientalistas” – “novos movimentos sociais” (NMS). Diminuição dos partidos de esquerda.
94 – O comunismo no poder era “conservador” devido à repressão. A cultura não se revolucionou.
95 – Década de 80: gigantes latinos da dívida (Brasil, Argentina e México) não tiveram crises com a mesma ao mesmo tempo (em conjunto), o que não quebrou o sistema bancário internacional.
96 – Décadas da Crise ampliaram o fosso entre países ricos e pobres.
97 – Comunidade Européia estava disposta a diminuir a distância entre seus ricos e pobres. Havia mecanismos de subsídios.
98 – Já as áreas ricas de grandes cidades queriam evitar esse processo de subsídios.
99 – Surgimento da “política de identidade” e “nacionalismo “fim de século”. Exclusivismo. Algo meio forçado que não podia resistir à heterogeneidade do mercado.
100 – FMI e Banco Mundial “gerindo” a dívida e ditando políticas econômicas de países devedores.
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