Crescimento econômico e felicidade
Crescimento econômico não traz felicidade na América Latina
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Segundo Lora, os Governos que concentram suas políticas unicamente no crescimento "estão destinados a perder apoio em longo prazo, se não responderem às altas expectativas em áreas como a educação, a saúde e a distribuição de renda".
Dos temas abordados na pesquisa, o relatório revela que as percepções sobre educação e o emprego dos cidadãos diferem da realidade, segundo os critérios estabelecidos.
Concretamente, o estudo cita países como Venezuela, Uruguai, Paraguai e Bolívia, que mostraram níveis de satisfação com a educação superiores aos do Japão, apesar de o rendimento dos estudantes japoneses ser 35% superior.
Isto se deve, segundo Lora, a que os pais levaram em conta critérios como as infra-estruturas e a segurança de seus filhos nas escolas, contra outros estritamente acadêmicos.
Quanto ao emprego, 81% dos consultados disse estar satisfeito com seu trabalho, apesar de um quarto da população estar imersa na pobreza.
Nesta ocasião, de acordo com os analistas, os cidadãos levaram em conta critérios como a autonomia, a flexibilidade e o respeito no trabalho, mais que a qualidade dele em si.
Além da renda, o estudo incluiu outros fatores que podem afetar a satisfação das pessoas, como as relações familiares, as amizades e as crenças religiosas.
Neste sentido, nada podem fazer as políticas públicas, mas "os Governos podem decidir melhor suas prioridades se entendem a maneira de pensar das pessoas",
assinalou o diretor do BID.
O emprego, a segurança e a capacidade econômica para ter acesso a alimentos básicos, saúde e uma casa foram as principais preocupações dos cidadãos da região.
Foxley assinalou que este relatório é pioneiro porque pela primeira vez se inclui a opinião dos cidadãos sobre as políticas que promovem seus Governos e um desafio para os políticos.
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"Temos que ser capazes de nos antecipar para atender as reivindicações da qualidade dos serviços públicos que nos pedem nossos cidadãos", frisou Foxley.
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