Eric Hobsbawm - A Era de Ouro, de Era dos Extremos (Cap. 17)

 

Anotações Sobre Era dos Extremos (Hobsbawm)

 

 

Parte III do Livro – O Desmoronamento 1973 a 1991

 

 

Capítulo 17: Morre a Vanguarda (pág. 483)

147 – Brasil, 1980, a TV já alcança 80% dos lares brasileiros. Crescimento rápido.

148 – O Comunismo na Europa Oriental apresentou algum êxito em termos de arte graças a incentivos estatais. Na URSS, não.

149 – Revolução Cultural de Mao (66 a 76): campanha contra a educação, inteligência e cultura sem precedentes na história do mundo.

150 – Aumentaram substancialmente os gastos públicos com a arte na Era de Ouro. Mesmo a Inglaterra gastou um bilhão em 1980, contra menos de um milhão em 1939.

151 – “Boom” especulativo das artes nos anos 80. Um “Van Gogh” custou trinta e um milhões de libras. Faliu. Anos 90 a bolha estourou.

152 – Declínio da escultura e mesmo da pintura.

153 – Música Clássica: compositores originais em falta. Releitura de clássicos.

154 – Novas artes. Novos talentos. Migração inconsciente para as novas artes (cinema, por exemplo, sei lá). Atraíam talentos que poderiam surgir nas velhas.

155 – “Relativização do bom ou ruim nas artes”. (definição clássica de arte). Radicalismo anti-elitista e populismo de mercado criticavam.

156 – Modernismo no início do Século XX. Analogia com a ciência e a tecnologia. Ou seja, a arte também tinha que progredir sempre. Assim, o importante era ser “avant-garde”.

157 – Modernismo na URSS: arquitetura por exemplo. Rápida e barata construção habitacional em massa.

158 – Modernismo vanguarda foi cada vez mais “guetizado” e superado pelas novas tecnologias, deixando, assim, de fazer tanto sentido.

159 – Pós-modernismo (1960 em diante): Relativismo. Ceticismo quanto á realidade objetivo e/ou seu alcance pela razão. Contra o mundo apoiado em crenças opostas. Anti-binarismo. Não levar a arte tão a sério. Antes os modernistas praticamente já haviam “estendido os limites da arte”, mas os pós-modernos queriam “acabar com a arte”.

160 – Hobsbawm critica o modernismo por sua “arbitrariedade intelectual”.

161 – Parte dos modernistas não rompe com as formas tradicionais (exemplo: rima e métrica), inovando de outras formas.

162 – “Jamais foi tão difícil evitar a experiência estética. A “obra de arte” se perdera na enxurrada de sons, imagens, palavras, no ambiente universal do que um dia se teria chamado arte”.

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