Textos sobre a Guerra Civil Espanhola - Texto 1

 Anotações Sobre a Pasta de Textos “Guerra Civil Espanhola”.

 

 

Texto 1:

1 – Coletivização de terras e fábricas pelos trabalhadores anarquistas. Teve curta duração, experimentou uma brava resistência miliciana e acabou com a ascensão do fascismo de Franco.

2 – Acha grosseira a visão de que a Guerra tenha sido mero ensaio da II Guerra.

3 – “É sabido o papel que ocuparam os governos totalitários da Rússia, Itália e Alemanha, que visavam expandir seus impérios. E não podemos esquecer a hipocrisia de Inglaterra e França, que aceitaram tacitamente o massacre, lançando mão do argumento da neutralidade, com medo da ameaça comunista

4 – Espanha. Norte industrializado. Sul retrógrado de latifúndios. No Sul, banditismo social como revolta (resistência violenta) camponesa. Solo fértil para o anarquismo.

5 – CNT foi a convergência do operariado especialmente revolucionário da Catalunha e os movimentos camponeses. Desde sua fundação, com mais de 1 milhão de membros, tinha apenas um funcionário remunerado. Não negociava com patrões e tinha como princípios a autogestão e ação direta. Articulação política federada. Praticava a greve, guerrilha, sabotagem, expropriação, revolta armada, mediante grupos clandestinos.

6 – Surgiram leis marciais que tinha como alvo trabalhadores da CNT. 1917 por aí.

7 – Frente Popular (social-democracia, partidos de centro e comunistas) vence as eleições de 34 para surpresa da burguesia (governo) que as convocou. Os anarquistas não participaram, mas, receando o fascismo crescente (Hitler, Mussolini...), abandonaram o boicote, o que decidiu a favor da Frente.

8 – “Essa não foi uma escolha do mal menor por parte dos anarquistas. A revolução, para eles, já havia começado há algum tempo, pois ela era social e não política. A vitória da Frente Popular apenas significaria um pouco mais de espaço para continuar o trabalho de coletivização das fábricas e das terras. Tanto foi assim, que com a vitória da Frente Popular, os latifundiários e donos de fábricas abandonaram suas propriedades com medo da fúria operária e essas fábricas e terras foram imediatamente coletivizadas e autogeridas pelos próprios trabalhadores; chegando a ter em regiões da Catalunha e Aragão a abolição do dinheiro e a melhora imediata das condições de vida das pessoas do lugar. Isso era a revolução para os anarquistas, a guerra era outra história.“ (O texto três tem uma citação que contesta bastante uma parte disso).

9 – Franco e a falange detonam a guerra civil. Ocupam um terço do país, mas são detidos pelos anarquistas (CNT) que armam os trabalhadores mesmo contra a vontade da Frente (que temia o povo armado). Catalunha (governo liberal) negocia com os anarquistas e criam o Comitê das Milícias Antifascistas para conter a ameaça.

10 – O “exército” sem hierarquia, a coluna “Durruti” recebia apoio muito reticente do governo catalão devido a seu caráter revolucionário. O medo fazia faltar munições (etc.) importantes contra os franquistas treinados e armados pela Alemanha e Itália. Durruti cogitou abandonar os princípios autogestionários de guerra em nome da vitória.

11 – Os republicanos da Frente Popular, com o apoio de Moscou, impõem, temendo o crescimento do anarquismo, um governo centralizado que desarma os trabalhadores em favor da polícia, declara a CNT ilegal. As brigadas de Moscou destroem organizações anarquistas de todo o tipo. O governo mostra-se avesso às coletivizações. A direita franquista percebe e avança. O bombardeio de Guernica é um marco.

12 – O apoio de Moscou ao governo republicano foi bem menor do que o que esperava. Itália e Alemanha não mediram esforços. Inglaterra, neutra, tolerou a iminente vitória do fascismo.

 

...

Comentários