Econ - Ha-Joon Chang - Capítulos II e III do Maus Samaritanos (Livro) I
Ha-Joon Chang - Capítulos II e III do Maus Samaritanos:
40 - Em tese, geralmente, em vez de ler capítulos de livros, acabo optando por comprar o livro e adiar para 2021 a leitura. Porém, lerei esses dois capítulos de Ha-Joon Chang para sentir se vale a pena comprar livro dele.
41 - Inglaterra antes dos “Tudor” - Henrique VII e Elizabeth I - exportava lã bruta e tinha algum lucro. Porém, os estrangeiros que sabiam transformar essa lâ em roupa tinham mais ainda. Henrique queria mudar isso ao fim do Século XV. Tentou atrair trabalhadores qualificados dos Países Baixos. Em 1498, proibiu exportação de roupas não-acabadas. Henrique VIII, seu irmão, deu continuação a essa política. Suspendeu imposto sobre essa exportação apenas quando a Inglaterra teve condição de exportar também roupa acabada. Esse processo foi gradual e durou uns cem anos.
42 - Diz que esses ganhos com a exportação financiariam mais tarde as aquisições de matérias-primas para a revolução industrial.
43 - Ato de Navegação (volta de 1700): todo o comércio com a Inglaterra deveria ser conduzido por navios ingleses.
44 - Walpole em 1721 (pág. “42”): subsídios e tarifas de importação para manufaturados. Ao mesmo tempo, baixou enormemente as tarifas de importação de matérias-primas. Outra medida - hoje tido como algo “super moderno” de política industrial - foi um padrão de qualidade para manufaturados exportados, a fim de dar uma boa imagem a esse setor nacional.
45 - O ano é 1820 e a Inglaterra continua altamente protecionista:
46 - Coloca também que, nas colônias, a Inglaterra só permitia manufaturas de baixo valor agregado e impedia o resto. (É o que os capitalistas chamam de “mero comércio/acordo”?). Proibia também que Índia, Irlanda etc. exportassem produtos que competissem com os seus, mesmo se de qualidade superior...
47 - Ao mesmo tempo, dava subsídios a exportação de matérias-primas (fez isso nos EUA), incentivando a primarização. Eliminou as tarifas de importação desse material pela Inglaterra. Ou seja, tudo montado para a DIT.
48 - Adam Smith começou a perceber que “uma vez que as indústrias inglesas se tornaram competitivas internacionalmente, a proteção se tornou menos necessária e mesmo contraproducente.” Coloca que Smith era mais patriota que “livre-cambista”, pois encheu de louros o antigo “Ato de Navegação”. Achava, porém, no tempo em que escreveu, que o livre-comércio era mais favorável. A Inglaterra passou a concordar em meados do Século XIX.
49 - Chang diz que Ricardo está correto no curto-prazo (vantagens comparativas), mas que se um país quer se desenvolver, proteção inicial precisa ser feita. Um passo atrás (deixa de importar produtos melhores e mais baratos) para dar dois na frente.
(continua...)
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