Econ - Textos Variados LIV (austríacos malucos)
Hayek e Inácio - Padrão Ouro não é a Solução:
109 - Hayek: Creio ainda que, enquanto a administração do dinheiro estiver nas mãos do governo, o padrão ouro, com todas as suas imperfeições, é o único sistema toleravelmente seguro. Mas nós certamente podemos fazer melhor do que isso, embora não através do governo.
110 - Admite as desvantagens do padrão-ouro quanto às instabilidades do mercado de crédito. Diz, porém que essa raiz deve ser atacada. É o monopólio do governo quem causa essa necessidade de abolir o padrão-ouro. Solução: Se queremos que a livre iniciativa e a economia de mercado não pereçam (como até os que apóiam a economia chamada “economia mista” presumivelmente também desejam), não temos escolha senão substituir os sistemas de monopólio governamental sobre a moeda e a moeda de curso legal por uma livre competição entre bancos e emitentes privados.
111 - Pode ser que, com a livre competição entre diferentes tipos de moeda, as moedas de ouro pudessem inicialmente atingir maior popularidade. Mas esse próprio fato, a crescente demanda por ouro, provavelmente conduziria a tal aumento do preço do ouro (e talvez também a oscilações tão violentas) que, embora pudesse ainda ser amplamente usado para entesouramento, esse metal logo deixaria de ser conveniente como a unidade para transação de negócios e contabilidade. Deveria haver certamente a mesma liberdade para seu uso, mas eu não esperaria que isso levasse à sua vitória sobre outras formas de dinheiro privadamente emitido, cuja demanda dependesse de fato de sua quantidade ser regulada com sucesso de forma a manter constante seu poder aquisitivo.
112 - Instituições privadas que regulam a emissão sem tirar valor do dinheiro superariam o ouro com o tempo, afirma. A moeda de preferência social seria outra então.
113 - Nível da paranóia: Temo que - desde que a propaganda keynesiana se infiltrou nas massas, tornando a inflação digna de respeito e fornecendo aos agitadores argumentos que os políticos profissionais são incapazes de refutar – a única maneira de impedir que uma inflação contínua acabe por nos levar a uma economia controlada e dirigida – e, portanto, em última instância, a única maneira de salvar a civilização – seja privar os governos de seu poder sobre a oferta de moeda.
114 - Defende um movimento “moeda livre” para fazer o que Adam Smith fez pelo livre-comércio no mundo.
115 - Inácio vai no mesmo sentido de Hayek. Reconhece boa-intenção na ideia de padrão-ouro, mas… um dos principais problemas do padrão-ouro é que ele não acompanha o crescimento da riqueza produzida no país.
116 - Uma taxa de juros que não se adéqüe as verdadeiras condições de mercado pode ser fatal para a saúde da economia de um país.
117 - Critica a teoria dos juros keynesiana: Dessa forma Keynes mostra apenas um lado da moeda, o lado de quem vai depositar, e não mostra o lado de quem demanda o dinheiro. (Hã?)
118 - Elogia a rigidez da teoria quantitativa de Friedman: O monetarismo apresenta suas falhas de volatilidade, mas atualmente é a melhor política que podemos usar.
Henrique Amorim - Trabalho Imaterial, Forças Produtivas e Transição nos Grundrisse:
119 - Até agora contesta uma tese que pra mim nem faz qualquer sentido - o “Adeus ao proletariado” de André Gorz. A não ser que esteja se referindo a um futuro distante e totalmente incerto.
120 - A meu ver, o texto fala pra caramba e não diz nada.
Henry Hazlitt - O Que Você Deve Saber Sobre a Inflação:
121 - Esse artigo foi extraído dos capítulos iniciais do livro What You Should Know About Inflation (1964).
122 - Começa falando como se não existissem variações de demanda por liquidez, mudanças no nível de “entesouramento”, etc. Acho uma postura bem ideológica.
123 - Coloca que o valor presente de uma moeda depende também da expectativa que as pessoas têm em relação ao valor daquela moeda. Ou seja, não só da quantidade. Exemplifica que o dólar deixa de valer a mesma coisa no dia seguinte ao abandono do padrão-ouro, mesmo que a quantidade de dólar ainda seja a mesma, pois o direito a algo real (ouro) seria algo mais confiável e valoroso que promessa do governo de preservar valor da moeda. Crê que isso explica melhor que o “velocidade da circulação” da TQM: Um aumento na "velocidade de circulação", no entanto, não é a causa de uma queda adicional do valor do dólar; esse aumento é em si uma das conseqüências do temor de que o valor do dólar vai diminuir (ou, para colocar de outra maneira, da crença de que os preços dos bens vão aumentar). É essa crença que torna as pessoas mais ansiosas para trocar dólares por bens.
124 - Diz que quando o preço das commodities sobe por ação especulativa são agentes se antecipando a alguma queda da oferta ou algo do tipo. Assim sendo, esses agentes demandam “mais dinheiro/crédito” o que gera o aumento. (Ué, esses agentes não podem simplesmente ter realocado um dinheiro já existente?)
125 - Por algum motivo que não captei, ele se recusa a aceitar que a escassez de bem - tipo um choque de oferta de um bem - possa causar inflação.
126 - Concordo com ele que déficit orçamentário não gera inflação, nem superávit protege necessariamente. Depende mais da expansão ou não da base monetária. (a quantidade dela eu diria). Inflação depende de vários fatores.
127 - Um aumento dos salários para níveis acima do "nível de equilíbrio", se não for precedido, acompanhado ou rapidamente seguido de um aumento da oferta de dinheiro, não causaria inflação; causaria simplesmente um aumento no desemprego. (Também não. Ao menos necessariamente. Depende do ganho de produtividade que acompanha ou não esse aumento e em que proporção. A não ser que isso já esteja implícito na coisa do “nível de equilíbrio”. Creio que é isso).
128 - Austríacos, reclamando de taxa de juros baixa desde 1964 ou antes. Pelo lado monetário, o Tesouro e o Banco Central (Federal Reserve System) devem parar de criar dinheiro artificialmente barato - isto é, eles devam parar de manter as taxas de juros arbitrariamente baixas.
129 - Reclama também da monetização da dívida que diz que os EUA faziam já na época.
130 - Pra variar, um erro: Quero aqui declarar minha convicção de que o mundo jamais vai sair da atual era inflacionária a não ser que ele retorne ao padrão-ouro.
131 - Diz que a inflação é boa para os mais ricos. Daqui que o dinheiro chegue a base os preços já subiram. Quem recebe primeiro e tem ativos indexados se protege. Aqui ele tá comigo.
132 - Diz também que desincentiva a poupança. Todos ficam com medo de desvalorizar a moeda que se poupa.
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