Econ - Luciano Coutinho - Coréia do Sul e Brasil, Paralelos, Sucessos e Desastres II

 (continuação...)

438 - Detalha como Park controlava de certa forma os “chaebols”, até humilhando líderes que descumprissem as metas, em casos extremos.

439 - Brasil não teve tanto suas “chaebols”, campeãs do setor privado. Multinacionais e estatais eram mais presentes.

440 - Lá na Coréia, a estatização financeira teria gerado crédito longo e juros baixos. Isso garantia também consonância com os planos governamentais. Existia alavancagem de 6:1 na relação “capital de terceiros”/ “capital próprio”. O sistema financeiro do Brasil era bem menos potente, diz Coutinho. Faltam dados e mais explicações dos porquês, mas ok, deve ser verdade.

441 - As multinacionais ocupavam os setores de maior valor agregado e uma miríade de empresas nacionais ficava subordinada fornecendo insumos para as “grandonas” ou produzindo commodities semi-processadas.

442 - Quadro comparativo interessante:


443 - O sexto plano (82-86) focou na microeletrônica e parcerias variadas com o Japão para tanto. Profissionais japoneses bem-remunerados davam inclusive cursos nos fins de semana. Entre 87 e 1991, o governo sonhava aumentar os investimento em P & D de 1 para 2,5% do PIB.

444 - O governo continuava coordenando as coisas, mas o espaço para as decisões do setor privado cresceu.

445 - As taxas de juros baixaram e os mercados emergentes voltaram a ter mais facilidade para atrair capital externo entre 1991 e 1993.

446 - Afirma que a liberalização do mercado, de 1993 a 1996, da Coréia, com abertura inclusive da conta de capital (afrouxamento do controle, diz em outra parte), foi “imprudente e mal sequenciada”. Tomaram muito dinheiro se aproveitado de paridade com os movimentos do dólar (a fim de captar recurso externo) num momento em que seu parceiro Japão enfraquecia. As exportações passaram a subir apenas 3%, não mais 30. O déficit em conta corrente foi de zero a 5% do PIB e o financiamento externo decolou.

447 - … Passivos externos de curto prazo geraram vulnerabilidade, mesmo sem déficit público.

448 - Com o início da crise de 97 na Tailândia, o pânico se alastrou e as reservas externas do BC coreano foram para o saco. Imensa contração de crédito externo e o FMI teve que vir socorrer. Ainda assim, o sistema financeiro foi danificado e companhias liquidadas. Kia Motors faliu nessa.

449 - Durante todo o ano de 1998, a Coréia meio que se recuperou em V. As divisas em dólares sairam do zero e foram para 52 bilhões! O déficit de 8 bilhões da balança comercial virou superávit de 39 no ano seguinte. Não explica o porquê.

450 - Novos limites à circulação de capitais ficaram de lição. Governo consegue acordos com o sindicato para compartilhar custos da crise e promove reformas fiscais e administrativas. Há também um cronograma de privatizações em cinco anos, com esperança de que o capital nacional adquira tudo.

451 - No fim do artigo, lamenta que o governo FHC não copie o nacionalismo coreano. 

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