Econ - Textos Variados LXI
Leandro Roque - Uma Teoria Sobre Inflação, Base Monetária, M1 e Suas Falsidades:
396 - O que moeda sólida era para Mises? R = pré-condição necessária para se manter uma ordem de livre mercado.
397 - Para ele isso significava compulsório de 100% e M1 congelado. (Ué?! Esse controle estatal não é socialismo? O mercado não sabe o que faz?) “Nenhum banco deve ser autorizado a expandir o total de depósitos sacáveis”, diz Mises.
398 - Coloca que a “inflação”, na real, sempre é maior do que a que deveria existir. Pois, com M1 congelado e aumento da produtividade, os preços tenderiam, na verdade, a cair. Haveria fortes deflações no longo prazo. (Eles querem dar a entender no texto que isso é uma beleza, como se o nível salarial fosse se manter e incorporar todos os ganhos de produtividade… Chega a fantasiar com a desnecessidade de previdência social: Bastaria apenas o indivíduo deixar seu dinheiro parado e este ganharia valor com o tempo. Enfim, tolice. Na prática a teoria é outra).
399 - (Ele parece não perceber que os empréstimos tenderiam a queda drástica. E imagino que eles sejam necessários. Se vai haver crescimento - e consequentemente deflação - de 3% nos anos “x + 1 a x + 10””, muito pouca gente vai tomar dinheiro emprestado, mesmo a juros de 1%, já que não é nada fácil conseguir rendimento superior à média da economia e quase ninguém vai se arriscar a emprestar a juros negativos, já que seria melhor entesourar. Seria risco demais. E se houver um crescimento de 10% em ano “y”? Pra que alguém vai arriscar emprestar o dinheiro e perder a chance de ganhar com essa deflação gigantesca? Não seria racional tamanha sede. Quem iria se arriscar a tentar fechar hiatos de produção como o atual? Enfim, o juros real tenderia a explodir em alguns casos, ao menos que o crescimento seja bem baixo, que é o que possivelmente aconteceria sempre. É isso que queremos? Os “prefiro deixar no colchão” - entesouramento - iriam retirar uma quantidade gigantesca de circulação de moeda. Melhor ter ouro, terra ou bitcoin que emprestar dinheiro. A economia ficaria muito mais limitada e inflexível. Entesourar se torna muito mais interessante que consumir ou investir. Isso seria bom? O que já acontece hoje, não só no Japão, ficaria ainda pior). (Pior ainda seria o aumento das dívidas atualmente pré-fixadas. Isso iria matar a economia). (minha aposta: o “medo monetário” cresceria e o crescimento real tenderia a zero como “equilíbrio” de todos os fatores acima.” Pessoal já está preferindo liquidez com cenário de inflação baixa, imagine com deflação)
400 - Afirma também o fim dos ciclos econômicos, eis que o crédito estaria limitado.
401 - O argumento favorável a deflação é o de que ela estimula a poupança, já que se guarda dinheiro para comprar mais barato lá na frente. (Só que poupança nem sempre é investimento né?! Não precisa ser. Ainda mais com expectativas nebulosas)
Liberal Sobre Ideologias:
402 - Texto Capitão Óbvio na maioria das coisas. E errado em algumas outras. Na época talvez trouxesse novidades pra mim. Hoje já nem tanto. Seria muito útil, porém, à maioria das pessoas. Inclusive algumas coisas são bem atuais. Como a ideologia atua para unificar muitas vezes mais destrutivamente que construtivamente. Não é por acaso que ao longo da história multidões mataram e morreram em nome de ideais que não compreendiam bem; podiam não ser versadas no campo político-filosófico, mas sabiam muito bem a quem odiar. Isso bastava. (...) Ideologias seduzem pelas certezas que oferecem. Dão-nos metas, um sentido para a vida, inimigos bem definidos, um ideal por que vale a pena lutar.
(...)
Luciano Coutinho - A Terceira Revolução Industrial e Tecnológica:
424 - É um texto do início dos anos 90, então tem muita parte descartável já. Afirma que após as crises e baixa produtividade entre 1973 e 1983, a economia mundial reencontrou o caminho do algum crescimento e estabilidade entre 1983 e 1990.
425 - Trata da ação coordenada das instituições financeiras centrais a fim de dar estabilidade macroeconômica. Cita Acordo de Plaza e outros exemplos.
426 - Fala da microeletrônica como um “vendaval de destruição criativa” para tal período.
427 - Nível de qualificação amplo e polivalente dos trabalhadores e maior participação desses passa a ser a tendência. A gerência perde parte da importância hierárquica.
428 - A inovação tecnológica sem a força de trabalho estar qualificada para operá-la se torna inútil.
429 - Afirma que a alta taxa de poupança japonesa (cita 30%) naquele momento e a ligação do complexo industrial com o financeiro permitem baixa taxa de juros e, por consequência, investimentos com longo prazo de maturação. Isso permitiria “iniciativas ousadas para assumir os riscos do pioneirismo”. Cita ainda a importâncias das várias de redes de fornecedores, pequenas e médias empresas.
430 - Integração com centros privados de P & D e universidades para a solução de problemas tecnológicos. Seria outra tendência também.
431 - Aponta que um dos motivos da tendência a “joint-ventures” é o crescimento dos custos - e consequentemente dos riscos (já que nada garante que uma inovação dará certo) de P & D em algumas indústrias. Passa a valer a pena unificar algumas equipes em cooperação. Parceira que ameniza esses custos. Alianças tecnológicas em geral crescem, favorecendo a padronização e conectividade. Dá informações vagas, como quase é o texto todo.
432 - No mais, passou o artigo quase todo elogiando o modelo japonês… que passou a ser o de menor crescimento no mundo desenvolvido a partir de então. Salvo engano.
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