Econ - Kirzner - Empreendorismo


Kirzner - Empreendorismo:

328 - Não é um texto de Kirzner, mas sobre seu conceito de empreendedorismo. O autor é um tal James Patrick Gunning, que escreveu livro sobre economia austríaca. Associa tudo à aprendizagem espontânea. À medida que Crusoé gradualmente se torna consciente de sua chamada visão empreendedora, ele aprende. Ele não pode ser dito que planejou seu aprendizado. Portanto, é subconsciente.

329 - Seria algo da natureza humana (pra variar): Kirzner chama o estado de espírito que permite que o aprendizado espontâneo ocorra de alerta. (...) Os indivíduos diferem em seu estado de alerta. Se dois indivíduos têm experiências idênticas de construção de barcos, um pode aprender enquanto o outro não.

330 - Depois de ser reconhecido, um palpite não é mais subconsciente. Assim, também não é mais um aspecto do empreendedorismo de Kirzner. (Pode-se fazer a analogia disso com a história da “hipótese” e da “tese” e depois “lei”?) Palpite de algo que aumentaria a própria satisfação.

331 - Há uma parte confusa, mas acho que o texto coloca que Kirzner usa meio que um tipo ideal para explicar suas diferenças entre o “empresário” (que, para Mises, não é um sujeito, mas uma prática/postura) e o mero poupador. … É analiticamente conveniente tratar o ser humano como se ele representasse dois tomadores de decisão totalmente separados, um passivo economizador, o outro, puro empresário.

332 - Aprendizado subconsciente com os erros. Comprando e vendendo. Seria isso. (Por algum motivo, há o dogma dele de que tem que ser subconsciente. Creio que é para evitar a realidade óbvia: as pessoas aprendem com planos, sejam estruturados ou parecidos com insights.)

333 - Embora o credor capitalista possa desempenhar um papel em todo empreendimento empresarial, o papel do empresário puro está separado do capitalista. O capitalista como tal não exibe estado de alerta.

334 - No momento em que o palpite é descoberto, ele se transforma em um recurso: conhecimento. Assim, (...) aprendizagem subconsciente e empreendedorismo são processos de descoberta.

335 - Os “arranjos institucionais” poderiam potencializar ou não esses processos. Leia-se: “arranjos de livre-mercado”.

336 - E segue o dogma: Ele diz que o aprendizado subconsciente está se equilibrando no seguinte sentido. Se Crusoé aprendesse sobre todos os seus palpites subconscientes, nenhuma de suas decisões seria tomada com base neles. Ele se tornaria um economizador. A perspectiva de um insight superior não revelaria nenhuma possibilidades de aprendizagem subconsciente.

337 - Lucros com arbitragem (diferenças de avaliações valorativas em cada mercado): As ações de arbitragem são equilibradas no sentido de que estreitam o que de outra forma seria mais amplo diferenças de preço. Uma ação de arbitragem causa uma troca mutuamente vantajosa que caso contrário, não pode ser feito.

338 - Um estado de equilíbrio é aquele em que nenhum aprendizado adicional resultante de seguir palpites subconscientes são possíveis. Ou seja, não existe na realidade. Há sempre o que inventar.

339 - Ele começa adotando o que ele chama de posição do Professor Garrison de que ele e outros austríacos modernos economistas ocupam um "meio-termo" entre o que ele chama de economia neoclássica dominante e subjetivismo radical (Kirzner 1992: 1-2). Ele aponta que os subjetivistas radicais têm criticado a preocupação austríaca de meio-termo com o equilíbrio (ou seja, a tendência para) sob o fundamento de que o futuro é incognoscível. (No entanto, achei a discussão desse tema aqui muito mal explicada). Ele diz que podemos realmente observar algo semelhante ao equilíbrio nas sociedades onde prevalecem as condições da economia de mercado. Especificamente, observamos um tipo de coordenação que é o resultado da ação humana, mas não de design, uma ordem espontânea.

 

Klauber Pires - A Vigia do Futuro, Um dia na Mc Donalds:

340 - Salvei esse texto futurista tragicômico como retrato da nossa direita delirante.

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