Econ - Paulo Fernando - Marx, Keynes e Schumpeter II

 (continuação...)

132 - Fatores que guiam um novo investimento: Os elementos do cálculo destas expectativas de longo prazo, portanto, são: i) a taxa de lucro “desejada”, a qual dependerá da maior taxa de juros (líquida do risco) alternativa, e do “risco de iliquidez” para o investimento em capital fixo; ii) a taxa de lucro esperada em decorrência do “grau de monopólio esperado”, o qual dependerá: do nível de produtividade do novo estoque de capital; do preço médio esperado no mercado; de seu market-share atual; e da demanda de mercado “esperada”. Organiza tudo isso em equação.

133 - Inicialmente, trata-se de decidir o que fazer com o capital. Se se vai buscar um investimento produtivo ou mesmo tecnológico - em busca de mais-valia extraordinária - ou um financeiro (ou a parte de ambos).

134 - Riscos de iliquidez: O capitalista, ao decidir converter seu capital-dinheiro na forma de capital-mercadoria incorre em dois tipos de risco de iliquidez:

i) o risco derivado dos sunk costs, que decorre apenas da iliquidez do capital fixo em caso de seu sucateamento precoce (independente da existência de compromissos financeiros); o ‘risco’ é o de perda de valor capital;

ii) o risco “Minsky”, derivado da existência de dívidas, ou seja, é devido à iliquidez dos do capital fixo que o capitalista corre o risco de encontrar-se ilíquido para honrar seus compromissos financeiros, caso o fluxo de lucros seja insuficiente; neste caso o risco de perda de capital decorre da possibilidade de em algum momento não se possuir a liquidez necessária, mesmo que a mais-valia seja realizada. (Noutro trecho, fala de “descasamento de maturidades”).

135 - A taxa de lucro esperada depende das expectativas de preço médio do mercado, ceteris paribus. Igualada à esta taxa esperada, a taxa de lucro desejada torna-se um parâmetro para a avaliação financeira da acumulação de capital fixo, ou seja, caberá ao capitalista avaliar o “risco de iliquidez” máximo que esta taxa esperada permite-lhe incorrer e, então, verificar qual a magnitude de capital associada a este risco.

136 - Afirma que o mercado - a expectativa dos agentes na bolsa e tal - pode ou não comprar um incremento de capital como algo bom. Quanto maior a valorização financeira, menor a iliquidez “esperada” do capital, mas esta redução decresce à medida que a valorização financeira prossegue. Tudo dando certo, isso tornaria a empresa forte numa futura captação de recursos para investimento (funding).

137 - (Obviamente achei as equações e explicações sobre elas confusas. Estudar primeiro.).

138 - A lei tendencial de queda da taxa de lucro sofre o efeito de contratendência exercido pelo crédito bancário, o qual viabiliza um volume de gastos capitalistas com capital produtivo (fixo) acima da massa de mais-valia acumulada previamente (no período anterior). Uma vez que quanto maior o gasto capitalista maiores os lucros (a mais-valia realizada), a taxa de lucro é elevada por este mecanismo (GRÁFICO 2). (Em tempo: não visualizei isso no gráfico. Aliás, quando entraram os gráficos, aí que não entendi mesmo como ele concluiu o que concluiu. A dívida poderia ter queda bruta sem a taxa de lucro entrar em colapso. Como? Não sei e, a meu ver, o texto não explicou).

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