Econ - Textos Variados LXXVIII (Rothbard)


Rothbard - Falácias da Equação de Fisher e Estabilização do PCM:

216 - Tradução de rafael Hotz de novo. “...seções 13 e 14 do capítulo 11 do livro Man, Economy And State, de Murray Rothbard”.

217 - Critica a TQM de Fisher, inclusive nos detalhes. Este estaria errado em pressupor que trocas expressam igualdade, por exemplo (ué, mas se o valor é subjetivo, ele trocou porque considera que “vale” algo igual a algo. É por isso que o negociador não se sente lesado com o preço. Por sinal, é nessas e outras que vejo que esse pessoal do valor subjetivo é loucamente relativista, nível sexo dos anjos). A suposição de que uma troca presuma algum tipo de igualdade foi uma ilusão da teoria econômica desde Aristóteles, e é surpreendente que Fisher, um expoente da teoria subjetiva do valor em muitos aspectos, tenha caído nesta antiga armadilha.

218 - Preços: determinado pela oferta e demanda dos participantes, e essas por sua vez são governadas pela utilidade dos bens na escala de valores dos participantes da troca.

219 - Critica Fisher em mil coisas. Não vi sentido em nenhuma das críticas. Essa achei engraçada, pois Marx também criticaria: sua negação de que o dinheiro é uma mercadoria.

220 - Coloca que nunca dá para saber com certeza por que um poder de compra da moeda (PCM) diminuiu (por exemplo). Mesmo se todos os preços no conjunto tiverem subido nós não saberíamos em quanto o PCM caiu, e não saberíamos quanto da mudança seria devida a um aumento na demanda por dinheiro e quanto seria devido a mudança nas ofertas. Se a oferta de dinheiro mudou durante o intervalo, nós não saberíamos quanto da mudança seria devida a oferta ampliada e quanto devido a outros determinantes. (O que ele chama de “demanda por dinheiro” não seria correlacionada com a tal “velocidade de circulação” de Fisher que ele passou o texto inteiro criticando? Se eu tivesse com mais saco iria ler tudo isso melhor)

221 - Coloca que a economia vem da ação humana e que, portanto, não trabalha com constantes. Não dá para medir nível geral de preços. Segundo, mesmo se houvesse significado para o conceito de cesta de mercado, as utilidades dos bens na cesta, assim como as próprias proporções entre eles, estão sempre mudando, e isso elimina completamente qualquer possibilidade de haver uma constante significante com a qual seja possível medir mudanças de preços. A dona de casa típica não existente teria que ter valorações constantes, uma impossibilidade no mundo real de mudanças.

222 - Critica a ideia de Fisher de ter uma unidade monetária estável: aparentemente, Fisher não percebeu que poderiam existir diferenças fundamentais na natureza das ciências da física e da ação humana proposital.

223 - Discursa contra a estabilização desejada por Fisher (afinal, basta cláusula contratual protegendo contra flutuação do nível de preço): Porque, se este é o resultado da ação num livre mercado, deveríamos considerá-lo como um mal resultado? Se a oferta total de dinheiro na comunidade se manteve constante, preços em queda serão causados por um aumento geral na demanda por dinheiro ou por um aumento na oferta de bens como um resultado da produtividade crescente. Uma demanda por dinheiro maior emana da livre escolha dos indivíduos, digamos, numa expectativa de um futuro mais problemático ou de um declínio de preços futuro. A estabilização impediria as pessoas da chance de poder aumentar seus saldos de caixa reais e o valor real do dólar através de ações livres, mutuamente consentidas.

224 - No coração do ideal estabilizacionista está uma incompreensão da natureza do dinheiro. O dinheiro é considerado um mero numerário ou uma grandiosa medida de valores. É esquecida a verdade de que o dinheiro é desejado e demandado como uma mercadoria útil. Mesmo que seu uso seja apenas como meio de troca. Quando alguém mantém dinheiro em caixa, ele está usufruindo utilidade disto. Aqueles que negligenciam este fato zombam do padrão ouro como sendo um anacronismo primitivo e falham em perceber que o “entesouramento” desempenha uma útil função social.

 

Rothbard - Outras Falácias do Sistema Keynesiano:

225 - Rafael: tradução da seção 17 do capítulo 11 do livro Man, Economy And State, de Murray Rothbard. Livro de 1962.

226 - (No geral, não sei se Rothbard escreve mal, se a tradução é ruim ou se os conceitos e temas que ele discute simplesmente não são mais discutidos hoje em dia, pois várias das suas afirmações, até mesmo curtas, não estão corretas pelo que eu saiba.)

227 - Critica que exista uma “função consumo” como em Keynes. Não há função alguma eis que “nenhum determinismo quantitativo existe”. Sua divergência metodológica vem da defesa da praxeologia. Leis quantitativas, empírico-históricas não possuem valor algum em economia, uma vez que elas podem ser apenas coincidências de fatos complexos.

228 - Até o exemplo final que ele deu, gozando Keynes, não me parece corresponder ao que Keynes defende (já filtrada a galhofa). Enfim, deve ter muito espantalho nesse texto. No mínimo.

 

Rothbard Critica o Keynesianismo de Reagan:

229 - Ele parece culpar Keynes por isto aqui: Evidentemente, o "orçamento ciclicamente equilibrado" foi o primeiro conceito keynesiano a ir para o buraco da memória orwelliano, pois ficou claro que não iria jamais haver qualquer superávit - apenas déficits menores ou maiores.

230 - Coloca que 73-74 havia matado o programa político keynesiano: Pois se o governo deve pisar no acelerador dos gastos durante as recessões e no freio durante as expansões, o que diabos ele deve fazer se houver uma aguda recessão (com desemprego e falências) e uma vigorosa inflação ao mesmo tempo? O que o keynesianismo tem a dizer sobre essa situação? O governo deve pisar simultaneamente no acelerador e no freio?

231 - Coloca que, nos anos Reagan, são todos keynesianos. Alguns sendo contra o corte de impostos, a fim de minimizar o déficit… Diz que mesmo os monetaristas foram perdendo espaço, com suas previsões ruins, para os mais keynesianos no segundo governo Reagan. Não detalha o processo. Único argumento que usou se refere ao déficit, no fundo.

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