Econ - Textos Variados LXXIII


Reinaldo Carcanholo - Valor e Trabalho Humano:

118 - Marx: Na medida em que o homem apresenta-se de antemão como proprietário frente à natureza, primeira fonte de todos os meios e objetos de trabalho, e a trata como objeto que lhe pertence, seu trabalho converte-se em fonte de valores de uso e, portanto da riqueza.

119 - Ainda Marx: “Tomemos duas mercadorias... Qualquer que seja a proporção em que se troquem, é possível sempre expressá-la como uma igualdade”. … As propriedades materiais só interessam pela utilidade que dão às mercadorias, por fazerem destas valores-de-uso. … “Se prescindirmos do valor-de-uso da mercadoria, só lhe resta ainda uma propriedade, a de ser produto do trabalho”

120 - Não é nosso propósito aqui mostrar as insuficiências do texto de Böhm-Bawerk, até porque encontrou uma réplica à altura em um artigo escrito por Rudolf Hilferding em 1904.

121 - A riqueza capitalista está constituída pela mercadoria, como já vimos. Ela consiste na unidade dialética valor/valor-de-uso, sendo o primeiro a forma social e histórica e o segundo, o conteúdo material da riqueza.

122 - Coloca que Marx sabia o valor dos bens naturais, mas que este tinha a ver com o valor-de-uso: “O trabalho não é, por conseguinte, a única fonte dos valores-de-uso que produz, da riqueza material. Conforme diz William Petty, o trabalho é o pai, mas a mãe é a terra”. (Marx, p. 50)

123 - Valor é forma. Expressão de relações histórico-sociais. Assim, na sociedade mercantil, o trabalho assume a forma de trabalho mercantil (de trabalho abstrato) e o produto dele aparece como valor. O valor-de-uso das mercadoria, sua materialidade, segue devendo sua existência ao trabalho e à natureza, sem nenhuma modificação. O valor é o resultado do trabalho mercantil, do trabalho abstrato.

 

Relatório da OIT Sobre Crise Financeira:

124 - Em inglês, gigante, e era pra ter sido lido em 2008. Agora meio que teria baixo custo-benefício.

 

Resenha Sobre Enigma Baiano:

125 - Resenha de um texto de 2000 na SEI.

126 - A determinação geográfica considerava que a capital pernambucana funcionava como um pólo de atração de atividades industriais, uma vez que, estava próxima de outros mercados nordestinos, especialmente Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. As razões históricas seriam duas. Em primeiro lugar, na Bahia, a atividade agroindustrial do açúcar havia sido quase que extinta em função da concorrência de outras regiões e da baixa produtividade das terras do Recôncavo. Em segundo lugar, Pernambuco havia se tornado centro dos investimentos em obras contra a seca, direcionados para a parte setentrional do Nordeste, tornando o porto de Recife um centro comercial dinâmico, com transbordamentos para a atividade industrial.

127 - Atribui o início da industrialização a um fato exógeno que aos órgãos que surgiram para viabilização da mesma, qual seja: os investimentos da Petrobrás em extração e refino de petróleo.

128 - Na década de 60, ganham força a SUDENE e o BNB. Na Bahia, a criação do Centro Industrial de Aratu (CIA), em 1966 é o primeiro reflexo dos incentivos federais.

129 - O resto do texto parece muito com análises que já vi.

130 - Finalmente, concluem que boa parte da explicação para as deficiências competitivas das empresas locais está relacionada aos baixos investimentos em atividades de aprendizado e inovação tecnológica e gerencial. (O que não é muita surpresa.) O conservadorismo e a aversão ao risco do nosso empresariado podem ajudar a explicar essa situação. Mas isso, certamente, não é tudo. Temos carência de pessoal capacitado em todos os níveis. A suposta criatividade da mão-de-obra baiana não parece ser suficiente para engendrar um processo virtuoso de aprendizado neste momento, em que o mundo vive uma fase de transição entre dois distintos paradigmas técnico-econômicos.

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