PP - Textos Diversos XI

 

Glória Cecília Figueiredo e Daniel Caribé (PP) - Por Que Devemos Ser Contra o PDDU de ACM Neto:

347 - O processo de participação popular não passou de um simulacro, sendo que a Prefeitura não seguiu a recomendação do Conselho Nacional das Cidades de que representações da sociedade civil compusessem a coordenação do processo, participando de todas as etapas de concepção e elaboração do Plano. Entre as 14 audiências públicas propagandeadas pela prefeitura, somente as seis últimas – e seriam só quatro, tendo as duas últimas acontecido por exigência dos movimentos sociais e comunidades – tiveram por objetivo debater a proposta apresentada pelo poder executivo municipal. O número de audiências públicas realizadas é insuficiente para garantir uma efetiva participação da população da terceira maior capital do país. A metodologia das audiências foi duramente criticada pelos movimentos sociais e demais setores da sociedade e as críticas e sugestões ao Plano foram ignoradas.

348 - Anula o conceito de função social da propriedade.

349 - Na minuta apresentada o Coeficiente de Aproveitamento Mínimo varia entre 5% e 10% enquanto no PDDU da cidade de São Paulo, por exemplo, esse valor varia entre 30% e 50%.

350 - Uma das consequências do caráter racista da minuta do PDDU é a supressão da categoria ZEIS V, que correspondia aos assentamentos de população remanescente de quilombos e comunidades tradicionais vinculadas à pesca e mariscagem.

351 - Não há qualquer avanço nos transportes e há retrocesso ambiental. E isso não apenas no que tange à liberação do gabarito da orla. Também áreas verdes passam a estar disponíveis ao mercado.

 

Grouxo Marxista (PP) - Goiânia, Lições do Triunfo da Revolta Popular na GO-070:

352 - Trata de uma reestruturação de terminais que só deixou as viagens mais longas e não gerou menor espera para pegar os buzus. Foi um teste à paciência da população, que já avisava aos jornais que não ia dar certo. Os gestores diziam que sim e que não precisavam se preocupar. Houve revolta “violenta”.

353 - A realidade de que a plataforma do terminal escolhido não é adequada, o fato de que o planejamento do trânsito não foi adequado, o fato de que o Eixo Anhanguera já chega lotado no Terminal Vera Cruz, o fato de que não há sinalização ou passarelas nas rodovias, o fato do tamanho do terminal não comportar (não comportar o quê?)…. Tudo isso fica para o ajuste posterior. (...) só se levam em consideração os interesses do Setransp, entidade que só se interessa pelo máximo de passagens/passageiros por quilômetro rodado (IpK). É o critério únicos das reformulações.

354 - Os trabalhadores insatisfeitos tiveram tempo e aglutinação no mesmo local para poderem planejar uma revolta. Enquanto alguns se ocupavam com a interlocução com a polícia que chegava, outro grupo quebrou e ateou fogo a dois ônibus e afugentou na pedrada os policiais que tentaram protegê-los. O recado foi claro: queriam representantes da CMTC lá e a imprensa no local.

355 - Acordos foram feitos com os representantes do movimento. As revoltas populares permitem que os usuários estendam sua porção de poder nesse equilíbrio para outros limites. (...) Nas revoltas de 2014, por exemplo, as lutas de terminal bem sucedidas eram aquelas que tinham formulações mais específicas: um número de ônibus específicos para tal horário, uma nova regularidade nos horários, uma mudança específica no trajeto.

356 - Não penso que essas revoltas podem ser detonadas de maneira voluntarista por agentes externos, como ficou amplamente demonstrado nas lutas contra o aumento da tarifa do ano passado e desse ano em Goiânia [5]. A coisa é muito mais árdua do que a revolta popular difusa de 2013. Cabe um apoio político e jurídico e inclusive de articulação das revoltas orgânicas já embrionárias e existentes.

357 - Um comentador coloca que sempre houve revoltas e eclosões desse tipo no Brasil. Não representam exatamente um acúmulo. Parece achar a tática da revolta popular um tanto limitada.

 

Grouxo-Marxismo (PP) - Violência e Pacifismo:

358 - Texto dos primeiros dias das jornadas de junho.

359 - Revolta e paralisação forçada nos terminais (por supostos vândalos): A quebradeira ou não dos ônibus é um ponto a mais na radicalização, mas não é o fundamental. Geralmente, depois das paralisações, o serviço melhora sensivelmente por alguns meses. Luta coletiva ativa.

360 - Coloca que uma manifestação sem líderes definidos é algo extremamente difícil de controlar. A polícia odeia isso.

361 - Não é possível conter a violência dos “nossos” sem criar algo parecido a uma polícia interna que pode dividir os manifestantes em elite comandante e base passiva. O que é possível fazer sem esse tipo de recuo é discutir abertamente sobre o tema e diferenciar os tipos de violência possíveis. Ampliar a organização da luta pela base.

362 - No texto tem a foto clássica de Datena lamentando que o povo tava a favor da “revolta com baderna” rs.

363 - O grande perigo para o movimento está na possibilidade de que, ao controlar os excessos e a “violência” em nome do ‘objetivo maior’, o resultado seja a criação de novos gestores.

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