PP - Textos Diversos VI (Diego Polese)
Diego Polese (PP) - Cada
Um Com Seu Quinhão (Sobre a Culpa do PT):
189 - A parcela do PT
foi, segundo o texto, ter gerado os desgastes da estratégia furada de
conciliação de classes. … deve-se colocar
o ‘fator PT’ de apassivamento da classe trabalhadora no mesmo nível dos outros
elementos constituintes dos fatos recentes, já que ele ajudou – e muito – a
cunhá-los.
190 - Coloca que a
solução de juntar forças em termos de pauta não é a questão que divide a
esquerda, mas sim o modo pelo qual se trava a luta (inclusive a relação
partidos-movimentos).
191 - MST, CUT etc. … Claro
que falar em “culpa” talvez não seja o termo mais adequado, afinal no limite a
“culpa” sempre será da classe, que permite que seus órgãos mais combativos
degenerem e se tornem controladores e apassivadores dos conflitos sociais, mas
que não se venha dizer que a ascensão da extrema-direita é mérito exclusivo
dela.
Diego Polese (PP) -
Direito e Transição Socialista:
192 - Vincula o elemento
jurídico a, por exemplo, 1) constituinte
necessário das relações sociais de produção e circulação; 2) expressão da luta
de classes. ...
193 - Marx: Com a transformação da base econômica, toda
a enorme superestrutura se transforma com maior ou menor rapidez.
194 - As forças produtivas constituem-se, em síntese,
pelos meios de trabalho (instrumentos, ferramentas, terra), dos objetos de
trabalho (matérias-primas brutas e modificadas) e da força de trabalho
(dispêndio de força humana que transforma e cria objetos que satisfazem as
necessidades que possui).
195 - Ellen Wood, que o
autor cita dizendo concordar, parece ter uma definição de relações de produção
mais abrangente do que o que eu vejo por aí: as relações de produção são historicamente constituídas pelas
configuração do poder que determina o resultado do conflito de classes.
Lembra ainda que a forma econômica só exite regulada jurídico e politicamente.
Direito de propriedade, por exemplo. Não dá pra separar muito as coisas.
Naturalizar a foma economica pura na verdade é uma tática ideológica liberal inclusive.
196 - Wood sobre Marx: O que radicalmente distingue sua análise da
economia política clássica é que ele não cria descontinuidades nítidas entre as
esferas econômicas e política.
197 - A alienação (vejo
como objetiva) faz com que os homens naturalizem as relações de produção. (...) reflete indiscutivelmente a única
forma de seu desenrolar.
198 - Abolir o Estado é
aumentar temporariamente este? Perguntam nos comentários e a uma historiadora: “... ao mesmo tempo Wendy defende a ampliação de instituições públicas
estatais voltadas para a transição socialista no longo prazo: refeitórios e
creches públicas que liberem o trabalho doméstico (em geral feminino) voltado à
alimentação e ao cuidado das crianças, ampliação da legislação (e portanto de
órgãos jurídicos estatais voltados para a elaboração e aplicação das leis)
regulando direitos das mulheres, etc. Ela me respondeu que a questão era
“dialética”, com a mesma autoridade (e superficialidade) que um lukacsiano
responderia que é “ontológica”. “
199 - Indica-se, em
sentido contrário, o livro de Maurice Brinton “Os bolcheviques e o controle
operário”. Afirma que transição de verdade seria com sovietes. A forma autogestionária de tentativa de
transição pode errar tanto quanto aquelas formas bolcheviques, a diferença é
que num caso o erro parte dos próprios trabalhadores autonomamente organizados,
e portanto traz potencial de autocrítica e de aprendizagem com os erros,
enquanto na forma bolchevique os erros partem de uma direção, muitas vezes
descolada da “base”, e que por ser direção buscará se manter como direção, o que
limita a capacidade de autocrítica do movimento revolucionário, e pior, a
restringe a uma autocrítica “da direção”, como se a questão fosse uma “boa” ou
uma “má” direção, uma direção “conforme” ou “descolada” dos interesses da
massa.
200 - O autor afirma que
os capítulos finais do PAC de Mészáros também é pela impossibilidade de
“transição”.
201 - Parte II do texto
prolixo. A forma jurídica é indispensável
para o bom funcionamento do metabolismo social sob o controle do capital, uma
vez que visa que as relações sob sua chancela se deem com o mínimo de
interrupções possíveis, além é claro de funcionar como conformador/assimilador
das possíveis contestações ao poderio do capital.
(continua...)
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