Filosofia - Textos Diversos I
Anotações Sobre “Filosofia - Parte
I”.
Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados
por ordem de data. Ordem alfabética.
Agamben - A Imanência Absoluta:
1 – Parece um texto do fabuloso gerador de
lero-lero em muitas partes. Aliás, é como se estivesse em outra língua.
2 - Ou era para eu ter lido a obra de
todos esses filósofos citados antes ou esse texto não tem importância prática
nenhuma para a humanidade. Aposto na primeira opção, mas medo de ser a segunda.
3 - A vida em singular. Separada do
sujeito. É quando algum canalha está morrendo e mesmo assim lhe dói. É uma vida
indo embora. Por isso Deleuze pode falar
em uma "vida impessoal", situada num limiar para além do bem e do
mal, "porque apenas o sujeito que a encarnava no meio das coisas a tornava
boa ou má".
4 - Trata de Aristóteles, que não definia
o que era a vida, mas via na vida vegetativa (vida nutritiva) uma vida de fundo
indiferenciado. Prova de que algo é um ser vivente.
5 - Não entendi minimamente a importância
do conceito de vida de Deleuze.
6 - Também não entendi a importância do
pasearse de Spinoza.
7 - A
vida, diz Deleuze, não é de modo algum natureza: ela é, antes, "o campo de
imanência variável do desejo". E isso tem muito a ver com Spinoza,
observa.
8 - Não entendi bem a importância do
debate e onde ele quer chegar. Talvez isso seja uma pista (se for, não entendi
a fundamentação para isso): “Será
preciso, ademais, empenhar-se numa busca genealógica sobre o termo vida, em
relação à qual podemos já antecipar que ela mostrará que não se trata de uma
noção médico-científica, mas de um conceito filosófico-político-teológico e
que, portanto, muitas categorias de nossa tradição filosófica deverão ser
repensadas por consequência.”
Agamben - A Potência do Pensamento:
9 - Potência em Aristóteles pode ser
também a existência de uma privação. Assim, a visão é também a potência do
“não-ver”. Qual a importância prática dessa discussão? Ainda não sei.
10 -
A escuridão é realmente a cor da
potência, e a potência é essencialmente a disponibilidade de uma steresis,
potência de não-ver.
11 - Pode tocar piano ou pode não tocar. Nas palavras de Aristóteles, "toda
potência é impotência do mesmo e em relação ao mesmo"... .
12 -
Por isso, no livro theta e no De
anima, a negação da potência (ou melhor, a sua privação) tem, como vimos,
sempre a forma: "pode não" (e nunca a forma: "não pode").
Albert Einstein - Sobre A Liberdade:
13 -
É um texto advindo do “Ciência e
Religião" (1939-1941) - Págs. 25 a 34. Einstein, Albert, 1870-1955 Título
original: "Out of my later years.".
14 - Para gerar bem-estar geral é
necessária a ciência e, para que esta se desenvolva, a liberdade de expressão e
intelectual assegurada não só pela lei como também por um espírito de
tolerância presente em toda a população.
15 - Obrigado, Einstein: Para que a segunda meta, isto é, a
possibilidade de desenvolvimento espiritual de todos os indivíduos, possa ser
assegurada, é necessário um segundo tipo de liberdade externa. O homem não deve
ser obrigado a trabalhar para suprir as necessidades da vida numa intensidade
tal que não lhe restem tempo nem forças para as atividades pessoais. Sem este
segundo tipo de liberdade externa, a liberdade de expressão é inútil para ele.
16 - Também alerta como a inculcação de
preconceitos pode atrapalhar a liberdade interna de análise intelectual.
Cuidado com isso também.
17 - Vai colocar os limites da
racionalidade e da ciência, no sentido de que apenas nos fornecem como as
coisas são ou se relacionam entre si, mas nada nos dizem sobre o dever-ser, as
aspirações, metas e objetivos da existência humana. Os fins últimos e
fundamentais. E conclui que é por isso que a religião faz tanto sucesso.
18 - Critica como limitadores desse
espírito o nacionalismo, os Estados totalitários e a opressão por meios
econômicos.
19 -
Ciência é o esforço secular de
reunir, através do pensamento sistemático, os fenômenos perceptíveis deste
mundo, numa associação tão completa quanto possível. Falando claramente, é a
tentativa de reconstrução posterior da existência pelo processo da conceituação.
20 - Einstein, para harmonizar ciência e
religião, crê que a segunda não deve se meter na discussão do ser (tudo que é
ou não é) descoberto pela primeiro. Já o método científico não deve ser meter
nos valores e “dever-ser”, terreno da religião (não só dela, mas enfim…).
21 - Ainda no esforço de conciliação,
Einstein adiciona pitadas de “fé” na ciência:
...A fonte desse sentimento, no
entanto, brota na esfera da religião. A esta se liga também a fé na
possibilidade de que as regulações válidas para o mundo da existência sejam
racionais, isto é, compreensíveis à razão. “
Aleister Crowley - O
Livro da Lei - Ocultismo:
22 - Blablablá
insuportável. Critica rasamente tudo e nada explica. Tenta ser o exato
contrário da Igreja e diferentão.
Althusser - A Filosofia
Como Uma Arma Revolucionária:
23 - Entrevista de
Fevereiro de 1968.
24 - Coloca crítica que
Lênin fazia aos intelectuais, quase que incorrigíveis pequeno-burgueses,
segundo Althusser. Para se tornar um intelectual orgânico (Gramsci) ou
ideólogos da classe operária (Lênin), era preciso reeducação. Não teriam o
instinto próprio, naturalmente positivo, digamos, do proletariado.
25 - A teoria marxista-leninista abrange uma ciência (o materialismo
histórico) e uma filosofia (o materialismo dialético). Afirma que Marx
fundou a ciência da história. A descoberta dessa ciência teria revolucionado a
filosofia com o advento do materialismo dialético.
26 - Critica o
descompasso entre as outras áreas do conhecimento - filosofia inclusa - e as
descobertas da ciência marxista: Com
poucas exceções, eles ainda estão “engatinhando” na economia política,
sociologia, etnologia, "antropologia", "psicologia social",
etc., etc. Mesmo hoje, cem anos após o Capital , assim como os físicos
aristotélicos estavam "engatinhando" na física, cinqüenta anos depois
de Galileu. Suas "teorias" são anacronismos ideológicos,
rejuvenescidos por uma grande dose de sutilezas intelectuais e técnicas
matemáticas ultramodernas.” Tudo isso porque a burguesia, e consequentemente a sua ideologia, ainda
está no poder.
27 - Critica o
economicismo da tecnocracia e o idealismo ético do humanismo. Afirma também:
...A atual forma filosófica dessa visão
de mundo é o neo-positivismo e seu "complemento espiritual", o
subjetivismo existencialista-fenomenológico. A variante peculiar às Ciências
Humanas é a ideologia chamada "estruturalismo".
28 - Segundo Althusser,
sempre muito esquemático: … as filosofias
idealistas que depredam a ciência lutam contra as filosofias materialistas que
servem às ciências. A luta filosófica é uma esfera da luta de classes existente
entre visões de mundo. No passado, o materialismo sempre foi dominado pelo
idealismo.
29 - Defende a luta pelas
palavras (“marcas”) como reflexo da luta de classes no pensamento filosófico.
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