Textos Aleatórios de Economia e Política I

 

Guilherme Boulos - Uma Honra Para o MTST:

10 - Amato acusa o MTST de furar a fila dos cidadãos de bem nas conquistas sociais.

11 - Chega a ser engraçado vê-los falar de pressão indevida sobre o Judiciário quando as associações empresariais costumam bancar os congressos de juízes em hotéis e praias paradisíacas.

12 - Sobre a acusação, deixa claro que o movimento está apenas tentando participar de um jogo que não é neutro: Quem acompanha a política habitacional no país sabe bem que essas filas são um verdadeiro engodo. Há pessoas que esperam décadas sem qualquer resultado. E frequentemente são definidas por interesses político-eleitorais. Acreditar que as prefeituras, que gerenciam os cadastros habitacionais, são entidades neutras e isentas de critério político é de uma incrível ingenuidade. Se essas filas funcionassem de fato, o movimento popular de luta por moradia não teria a força que tem, com a adesão de centenas de milhares de pessoas necessitadas.

13 - Afirma que conquista de moradia não encerrará as lutas nas ruas do movimento e que tudo que a burguesia brasileira atrasada sabe é pedir mais repressão já que não tem interesse em resolver o problema habitacional.

 

Gustavo Machado - A especificidade do proletariado industrial frente ao conjunto dos assalariados:

14 - Em 1860, em um livro pouco conhecido chamado Sr. Vogt, Marx faz um balanço de todo movimento revolucionário na Alemanha nos anos de 1848-49 do qual foi participe direto e da atuação da Liga dos Comunistas naquele período. … uma revolução que não avance, em algum momento, até a Inglaterra seria como uma “tempestade num copo de água” e que, no seu entender, em diversos países europeus de então “falta […] o primeiro pressuposto de uma revolução proletária: ‘um proletariado industrial’ à escala nacional” (grifo nosso) (MARX, 1976, p. 102).

15 - Trabalho produtivo: Em um próximo artigo tratarei do papel dos serviços no interior da forma social capitalista, em particular, como ele é, a um só tempo, produtivo quando exercido sob o comando de um capitalista, mas, apesar disto, não é trabalho produtor de riqueza, não é produtivo quando considerado da perspectiva da sociedade em seu conjunto.

16 - Mostra com citações que a importância do “industrial” (proletariado) não é pelo número absoluto - Inglaterra tinha talvez o maior absoluto na época -, ou sequer a alta posição relativa do trabalhador na indústria (já que diz bastar que o proletariado ocupe ao “menos uma posição significativa na massa do povo”.). Número tem importância menor...

17 - … O proletariado é especial não por ser explorado ou o mais explorado, mas pelo que a centralização do capital torna possível: o trabalho socializado (organização e cooperaçao). A classe cresce “educada, unida e organizada pelo próprio mecanismo de produção capitalista”.

18 - Então, primeiro ponto: É na esfera industrial que se verifica o nível mais profundo de cooperação no processo de trabalho, em que as massas trabalhadoras são concentradas em um grau mais elevado, desenvolvendo, em comum, a produção de mercadorias.

19 - Por fim, lembra que a riqueza que circula em outros tipos de capital - fictício, financeiro etc. - provém da indústria. A circulação de mercadorias faz parecer que o valor está no dinheiro, mas é apenas aparência. (...) Somente o trabalhador industrial pode parar imediatamente a produção de riquezas e colocar a sociedade capitalista com seus respectivos agentes de joelhos.

20 - Capital é relação social, não coisa. Apropriação do trabalho excedente mediante acordos entre indivíduos “livres” e mediada pelo dinheiro na compra e venda da força de trabalho.

21 - O proletariado aparece então como decisivo para arrastar o resto, coloca.

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