Filipe Celeti - Anarcocomunismo, socialismo libertário e libertarianismo de esquerda

 

Anotações Sobre “Textos Aleatórios de Economia e Política” (Novos).

 

 

 

Obs.: Estes textos da pasta NÃO estão organizados por ordem de data. Ordem alfabética.

 

Filipe Celeti - Anarcocomunismo, socialismo libertário e libertarianismo de esquerda:

1 – Jorge Esteves da Silva está correto ao apontar que o termo libertário foi introduzido pelos teóricos anarquistas franceses no século XIX. Se não há, nem deveria ter, direitos de propriedade sobre o uso de palavras, o uso do termo libertário pode se modificar ao longo da dinâmica existente nas transformações linguísticas que sempre ocorreram na história.

2 - O termo libertário começa a ser utilizado como oposição ao mutualismo proudhoniano, um sistema que defendia direitos de propriedade e remuneração proporcional ao trabalho realizado. (...) coletivismo é diferente. Estes anarquismos que rejeitam uma liberdade de associação com salários e preços, o chamado anarquismo social, podem ter um caráter comunista ou socialista

3 - O anarcocomunismo vai além. Abolição dos preços e salários. Mediação pela necessidade.

4 - O primeiro teórico a usar o termo libertário defendia uma posição anarcocomunista. Entretanto, “Mikail” Bakunin, teórico anarco-socialista, chamou seu anarquismo de socialismo libertário (em oposição ao socialismo autoritário, termo que usava para designar a ideia de Marx).

5 - Como o autor do texto vê o liberatarianismo amado dele: “defende as liberdades individuais em seu mais alto grau, ao defender um modo de produção de bens e serviços será buscada a forma mais livre de produzir”.

6 - Numa sociedade comunista não haveria espaço para o uso da moeda (que foi abolida) e, portanto, indivíduos que desejassem viver com propriedade privada através deste tipo de trocas não teriam espaço. Ele afirma que haveria espaço para o comunismo libertário, para quem quisesse viver assim, no libertarianismo dele. Falsa liberdade obviamente, dado o ponto de partida desigual. São os poderosos e proprietários que possuem o know-how técnico-científico.

7 - Georgismo refere-se à teoria político-econômica elaborada por Henry George. O ponto central do pensamento de George é que as pessoas são proprietárias de tudo o que criam, mas que os bens naturais, como a terra, não deveriam possuir proprietários. Taxação só sobre a terra, por exemplo. Resto dos impostos são roubos. Milton Friedman vê esse tipo de imposto com simpatia pelo lado prágmático. Diz que causa menos distorção que outros.

8 - Konkin e o agorismo: Defende a contra-economia, isto é, que os libertários evitem ao máximo a economia branca e façam suas trocas no mercado negro, como forma de atingir o estatismo.

9 - “Libertários de esquerda concentram-se nas "liberdades individuais", enquanto os de direita se interessam principalmente pelas "liberdades econômicas"”. (...) Libertários de esquerda possuem simpatia pelo igualitarismo voluntário, enquanto os de direita são mais favoráveis à hierarquia natural. (...) Libertários de esquerda podem se opor ao big bussiness, enquanto os de direita os veem como vítimas do estado. (...) Libertários de esquerda assumem uma posição à esquerda sobre o imperialismo, enquanto os de direita são a favor de uma "forte defesa nacional". E conclui: Com isto, é totalmente plausível chamar o libertarianismo de esquerda de libertário. O libertarianismo é de esquerda, pois considera os menos favorecidos. Talvez o termo libertário seja um problema semântico apenas para os defensores de um libertarianismo preocupado apenas com as questões econômicas.

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