Site Voyager - Nazismo Não é de Esquerda

 

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488 - Diz que vai abordar apenas pela ótica da filosofia. Se a interpretação pragmática da ‘XI tese’ [‘Os filósofos até hoje interpretaram o mundo; trata-se de transformá-lo’] fosse legítima, Marx seria o teórico do fascismo e não do comunismo. Para as concepções fascistas os problemas se põem na ação e se resolvem pela ação. Trata-se de um pressuposto irracionalista que está plenamente de acordo com as propostas políticas do fascismo, que se baseiam na manipulação das massas pelos ‘grandes chefes’”. - Adelmo Genro Filho, jornalista

489 - O fascismo não é algo fixo, com um esquema e modelo político-econômico-social. O programa fascista italiano, por exemplo, defendia propostas reformistas do capitalismo e o programa nacional-socialista chegou a propor “participação dos trabalhadores nos lucros das grandes empresas”.

490 - Anticapitalismo de direita: O nome “socialismo”, que nunca foi de pertencimento exclusivo do marxismo, entrou na moda e foi adotado também por movimentos e intelectuais de direita, mas com uma concepção totalmente diferente. (...) O direitista Werner Sombart, economista e sociólogo alemão, elaborou um conceito de “socialismo nacional” ou “socialismo alemão”. Ele entendia esse socialismo como pragmático e contrário ao materialismo proletário do marxismo. (...) Outro exemplo clássico de “socialismo direitista” foi elaborado por Oswald Spengler através do conceito de “socialismo prussiano”, em que ele busca formular um socialismo “livre do marxismo”. (...) Ambos os movimentos nunca defenderam abolição de propriedade privada. Spengler chegou a dizer que “o marxismo é o capitalismo da classe trabalhadora e não o verdadeiro socialismo”.

491 - O próprio “Caminho da Servidão” critica o anticapitalismo de direita.

492 - “Georg Wilhelm Friedrich Hegel, o famoso filósofo alemão, deu origem a duas escolas — os hegelianos de ‘esquerda’ e os hegelianos de ‘direita’. Karl Marx era o mais importante dos hegelianos de ‘esquerda’. Os nazistas vieram da ‘direita’ hegeliana.” (Mises, O Livre Mercado e Seus Inimigos, página 20 [4]).

493 - A verdadeira oposição não era entre ricos e pobres, mas sim entre talentosos e o despotismo econômico.

494 - Também é bom citar o “Movimento Conservador Revolucionário” [paradoxal, eu sei], um movimento político direitista e alemão do início do século XX, que foi claramente influenciado por ideais anticapitalistas, especificamente pelo socialismo prussiano.

495 - Os fascistas adaptaram o nome e os símbolos dos revolucionários de esquerda. O nome “Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores” de Adolf Hitler e a instituição do “Primeiro de Maio” como feriado nacional em 1933 são os exemplos mais emblemáticos.

496 - A retórica ultradireitista era de retorno a um passado tradicional, que supostamente seria melhor que aquele presente.

497 - Uma vez no poder, abraçaram o capitalismo monopolista. A “ordem social” - conciliação de classes e corporativismo - vem para racionalizar também a produção.

498 - Sindicatos? Apenas de todos unidos pela pátria, nação, corporação.

499 - O homem novo fascista não é o do socialismo. No nazismo, por exemplo, a natureza predomina sobre o histórico. Ontologicamente o fascismo pretende ser naturalista. Sua proposta para a construção do “homem novo”, além de ser idealista, é de uma perspectiva biológica: não apenas pela educação e cultura, mas também por “fundamentos naturais”, ou seja, a biologia. Não foram por acaso, as experiências pseudocientíficas e cruéis praticadas contra judeus.

500 - … Deixemos o próprio Adolf Hitler falar: “A doutrina judaica do marxismo repele o princípio aristocrático na natureza. Contra o privilégio eterno do poder e da força do indivíduo levanta o poder das massas e o peso-morto do número. Nega o valor do indivíduo, combate a importância das nacionalidades e das raças, anulando assim na humanidade a razão de sua existência e de sua cultura. Por essa maneira de encarar o universo, conduziria a humanidade a abandonar qualquer noção de ordem. E como nesse grande organismo, só o caos poderia resultar da aplicação desses princípios, a ruína seria o desfecho final para todos os habitantes da terra.” [7]

501 - Afirma que o “naturalismo fascista” é pessimista - caberia ao nazismo impedir a “desagregação” - e o “stalinista” - com toda sua primazia das leis objetivas - é otimista. Mitos como “nação”, “estado”, “raça” e as próprias “elites” servem como mitos congregantes e têm função educativa.

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