Mercado Popular - Ciência e Transgêneros


Mercado Popular - Ciência e Transgêneros:

157 - Mais biológico que cultural? E por que é “só” 30% dos casos? Quando um gêmeo idêntico era transsexual, em 30% dos casos o outro também era; já entre os não-idênticos, que possuem genomas diferentes, não havia correlação aparente.

158 - Ainda mais notável, no resultado do estudo, foi a presença de receptores hormonais diferentes no cérebro de transexuais. O corpo de transgêneros e cisgêneros processam a testosterona, por exemplo, de modo distinto. (...) Noutra publicação, pesquisadores holandeses fizeram exames de ressonância magnética para analisar a reação de adolescentes transgêneros a um esteróide conhecido por gerar reações diversas em cérebros de homens e mulheres. Os cérebros dos adolescentes reagiam de forma mais parecida com o do gênero com que se identificavam do que com o do sexo com o qual nasceram. (...) O que essas evidências indicam é que os transexuais de fato têm cérebros em desacordo com seus corpos de nascimento. Outros estudos semelhantes confirmam esses achados.

159 - É preciso fazer algumas ressalvas aqui. Quando falamos em cérebros masculinos e femininos, estamos falando das médias de como funcionam os cérebros de pessoas que se identificam com os gêneros com os quais nasceram. Na prática, o cérebro é complexo demais e comporta mais variações que simplesmente homem ou mulher.

160 - Em suma, o gênero é uma construção social, mas a biologia é fundamental tanto para sua construção, quanto para sua identidade. A evidência disponível mostra que não há nada anti-biológico em ter identidade de gênero distinta do sexo de nascimento.

161 - Um aluno trans, biologicamente determinado, o será em qualquer escola. Quem defende o ensino inclusivo diz que apenas se encorajaria a tolerância.

162 - Uma das publicações mais recentes, pesquisadores alemães revisaram a literatura sobre o assunto. Apesar da limitação metodológica que os próprios autores reconhecem, eles concluem que não há relação entre a postura das escolas sobre o assunto e a identidade de gênero dos seus alunos. (...) O principal resultado encontrado em escolas que tratam do assunto foi um ambiente menos violento para os LGBTs.

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