Marxistas - Textos Diversos XXXIV
Frei Betto - Trecho do Livro Didático de OSPB:
519 - É 1987. Uma das grandes vantagens das multinacionais: “contratam mão-de-obra muito mais barata que nos seus países de origem (o operário da Ford no Brasil ganha dez vezes menos que o operário da Ford norte-americana)”
520 - (Achei interessante o modo que ele usa para escrever para o povo, creio. Coloca problemas e reflexões em forma de diálogos entre amigos.)
521 - Em um país como o Brasil, tão necessitado de tratores, investe-se muito mais na fabricação de carros de luxo, pois estes são mais fáceis de vender, proporcionando maiores lucros.
522 - A matriz norte-americana concede o direito de uso do xarope (importado de Atlanta) e do nome da firma, desde que os engarrafadores de todo o mundo respeitem as regras ditadas por ela - inclusive desenho da garrafa - e paguem à Coca-Cola 15,7% do produto das vendas por atacado.
523 - Faz uma explicação acrítica do socialismo estatal.
Gibran Jordão, da FASUBRA - A Disputa Pelo Tempo (Sobre Jornada de 30 Horas):
524 - Até que em 1919, a Convenção da OIT limitou a jornada diária de trabalho no setor industrial em 8 horas e a semanal em 48 horas. Essa convenção foi assinada por 52 países. O Brasil teve a limitação a 8/48 só em 1932. As 44 horas só vieram em 1988.
525 - Em 1917 o estado da Bahia foi o primeiro a aprovar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias.
526 - Algumas medidas do “toyotismo”: Os estoques passaram a acompanhar as oscilações do mercado evitando desperdícios e gastos desnecessários... Programas que tinham o objetivo em garantir a qualidade total na produção começaram a se desenvolver.
Glauber - Desmistificando o Socialismo:
527 - Era um tópico do Orkut. Glauber pretendeu mostrar que os liberais criticavam o socialismo de Rodbertus, já criticado por Engels no prefácio a Miséria da Filosofia, e não o marxista.
528 - Rodbertus queria a distribuição de “vales de trabalho” pelo Estado. Cédula de “1 dia de trabalho”, “dois dias de trabalho” que cada trabalhador recebe ao entregar um produto…
529 - Engels: "(...) Rodbertus, cuja reforma social de 1842, toda ela, fora talhada pelo padrão do Estado prussiano de então, remete tudo para o parecer da burocracia que, soberanamente, determina aos operários a parte do produto em seu próprio trabalho”
530 - Engels está de acordo com os liberais com a função do preço (e concorrência) na regulagem entre oferta e demanda de um produto de valor X (que, ao contrário dos preços, é determinado pela quantidade de trabalho necessário). Só assim a lei do valor pode imperar. Logo, como os produtores poderiam trabalhar sem esses preços e usando apenas o valor? Como saberiam quanto produzir se não planificam a produção coletivamente? É o que contesta Engels na teoria de Rodbertus.
Gramsci - A Obra de Lenine:
531 - Texto de setembro de 1918. A 30 de Agosto de 1918, à saída da fábrica Nichelson, onde tinha presidido a um comício, Lenine foi ferido pela socialista-revolucionária Fanja. (...) Foi atingido polo disparo do revólver duma mulher, duma socialista-revolucionária, velha militante da subversão terrorista. Gramsci a classificou como uma utópica irresponsável que não compreende a dificuldade do trabalho revolucionário. No entanto, admite que ela agiu de boa-fé (seria ingênua) ao contrário da imprensa burguesa que a glorificou.
532 - Burguesia russa: A fiel expressão deste estado de espírito foi dada polo próprio Miliukov num dos seus discursos na Duma, onde afirmou que preferia a derrota militar à revolução
533 - No início da Revolução (creio que trata da de fevereiro), Kerenski era o homem mais popular entre as massas. Lênin disse para que desconfiassem dele.
534 - Gramsci afirma que os próprios sovietes estavam inicialmente convictos de que podiam dividir o poder com a burguesia liberal.
535 - Como era natural, o Congresso Pan-Russo dos Sovietes, que fora convocado apesar da proibição de Kerenski, confiou, no meio do entusiasmo geral, o cargo de presidente do Conselho de Comissários do Povo a Lenine.
536 - Imprensa burguesa: Eles exaltaram o socialista-revolucionário Chiakovski que, em Arcângelo, aceitou pôr-se à cabeça do movimento antibolchevique e derrubou o poder dos Sovietes; agora, que cumpriu a sua missão anti-socialista e foi exilado polos burgueses russos capitaneados polo coronel Schiaplin, escarnecem do velho louco, do sonhador. (...) O velho Chiakovski paga numa ilha gelada o delito de se ter transformado em instrumento da burguesia, e foram os burgueses que o puniram e se riem dele.
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