Marxistas - Textos Diversos LXIV - Sobre Proudhon (Marx)
Marx - Sobre Proudhon:
1033 - Responde carta de 1965 a um dirigente lassaliano que pediu opinião sobre Proudhon.
1034 - Afirma que “o que é propriedade” é a melhor e mais inovadora obra dele. Seria uma evolução em relação a Saint Simon e Fourier.
1035 - Estranhamente - pelo que já sei que Marx disse antes - escreveu, aqui, isto: Na história rigorosamente científica da economia política, esse mesmo escrito seria pouco digno de ser mencionado. (...) Nos parágrafos que ele mesmo considera como os mais importantes, efetua uma cópia do tratado de Kant acerca das antinomias.
1036 - Afirma que Proudhon se limitou a definir a propriedade com base nas relações jurídicas e não nas relações de produção, o que exigiria uma crítica da economia política. Por isso, não pôde igualmente ir além da resposta que Brissot, com as mesmas palavras, em um escrito semelhante, já havia fornecido, antes mesmo de 1789: "La propriété, c'est le vol (EvM.: A propriedade é o roubo)".
1037 - Sobre “Filosofia da Miséria” (que marcou o início da tentativa proudhoniana de crítica da economia política): Proudhon anunciou-me esse mesmo fato, em uma carta bem detalhada, em que deslizavam, entre outras, as seguintes palavras : (...) EvM.: Aguardo sua férula crítica)." Entretanto, essa crítica surgiu-lhe, em breve, de uma tal maneira (expressada através de meu escrito (...) (EvM.: Miséria da Filosofica etc.)", Paris, 1847), que provocou o fim de nossa amizade para sempre.
1038 - Critica Proudhon. No lugar das insolucionáveis "antinomias" de Kant, havia de surgir a "contradição" de Hegel, enquanto meio de desenvolvimento. (...) compartilha das ilusões da filosofia especulativa, na medida em que desvirtua as categorias econômicas em idéias eternas, preexistentes. (...) Toma emprestado dos economistas a necessidade das relações eternas . (...) Pretende, enquanto homem de ciência, pairar por cima dos burgueses e proletários. Vendo o lado bom e ruim...
1039 - Marx: o sistema de crédito, tal como, p.ex., no início do século XVIII e, posteriormente, mais uma vez, no século XIX, serviu, inteiramente, para transferir a riqueza de uma classe à outra e (...) pode servir, sob determinadas condições políticas e econômicas, para acelerar a emancipação da classe trabalhadora. Porém, não é a principal forma de capital.
1040 - Diz que Proudhon entende pouco de “juros”. Proudhon consegue ser espancado até mesmo por Bastiat e irrompe em brados, ali onde seu adversário lhe aperta com violência
1041 - Tou por fora dessa treta: Seus escritos sobre o “Coup d’état (EvM.: Golpe de Estado)”, em que faz a corte a Louis Bonaparte, aspirando torná-lo, de fato, um legítimo representante aos olhos dos trabalhadores franceses, bem como seu último escrito contra a Polônia, em que lança mão de um cinismo cretino em honra do Czar, devem ser qualificados não apenas como escritos ruins, senão ainda como vulgaridades.
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