Marxistas - Textos Diversos LXV - Marx e Comuna - Guerra Civil Francesa


Marx e Comuna - Guerra Civil Francesa:

1046 - O livro de Marx tem 200 páginas. Logo, ao que entendi, isto aqui é apenas a Introdução de Engels, de 1891. É a que termina com a famosa frase dizendo que a Comuna responde quem quer saber o que é a ditadura do proletariado. Critica bastante o Estado ao final.

1047 - Todos - do docente ao juiz- os funcionários eram eleitos, revogáveis e recebiam salário de operário. Engels elogia explicita e entusiasticamente essas medidas. (...) os estrangeiros eleitos para a Comuna foram confirmados nas suas funções, porque a «bandeira da Comuna é a da República mundial». (...) O primeiro decreto da Comuna foi pois a supressão do exército permanente e a sua substituição pelo povo em armas.

1048 - Igrejas foram expropriadas. Os padres foram remetidos para o calmo retiro da vida privada, onde viveriam das esmolas dos fiéis, à semelhança dos seus predecessores, os apóstolos.

1049 - Houve a reação. 1848 não passou de um jogo de crianças, comparado com a raiva da burguesia em 1871.

1050 - A Comuna realizou a palavra de ordem de todas as revoluções burguesas, um governo barato, abolindo essas duas grandes fontes de despesas que são o exército permanente e o funcionalismo de Estado.

1051 - Rodapé: Alemanha de 1878 a 1890: De acordo com a lei foram proibidas todas as organizações do Partido Social-Democrata, as organizações operárias de massas e a imprensa operária, a literatura socialista foi confiscada e os sociais-democratas foram perseguidos.

1052 - Rodapé II: O que foi a insurreição de junho? Insurreição heróica dos operários de Paris em 23-26 de Junho de 1848, reprimida com excepcional crueldade pela burguesia francesa. A insurreição foi a primeira grande guerra civil da história entre o proletariado e a burguesia.

1053 - A 2 de Setembro o exército francês foi derrotado em Sedan e feito prisioneiro, juntamente com o imperador. Entre 5 de Setembro de 1870 e 19 de Março de 1871 Napoleão III e os comandantes do exército estiveram presos em Wilhelmshöle (perto de Kassel), num castelo do rei da Prússia. A catástrofe de Sedan acelerou a derrocada do Segundo Império e levou à proclamação da república em França a 4 de Setembro de 1870. Foi formado um novo governo, o chamado «governo da defesa nacional».

1054 - Tratado de paz preliminar entre a França e a Alemanha, subscrito em Versalhes em 26 de Fevereiro de 1871 por Thiers e J. Favre, por um lado, e por Bismarck, por outro lado. De acordo com as condições deste tratado, a França cedia à Alemanha a Alsácia e a Lorena Oriental e pagava uma indemnização de cinco mil milhões de francos.

1055 - Thiers e os operários: A sua primeira obra foi a tentativa do desarmamento destes. A 18 de Março enviou tropas de linha com a ordem de roubar a artilharia pertencente à Guarda Nacional, fabricada durante o cerco de Paris e paga por subscrição pública. A tentativa falhou, Paris ergueu-se como um só homem para a defesa, e foi declarada guerra entre Paris e o governo francês sediado em Versalhes. A 26 de Março foi eleita a Comuna, e proclamada a 28.

1056 - A 16 de Abril a Comuna ordenou um levantamento estatístico das fábricas paralisadas pelos fabricantes e a elaboração de planos para o funcionamento destas fábricas com operários nelas ocupados até então, a unir em associações cooperativas, assim como para a organização destas associações numa grande federação.

1057 - Abril: Paris foi continuamente bombardeada, precisamente por aquela gente que tinha estigmatizado como um sacrilégio o bombardeamento da mesma cidade pelos prussianos.

1058 - Blanquistas (conspiracionistas) eram a maioria e proudhonianos da AIT a minoria. Os últimos curiosamente apoiaram a associação. Os primeiros curiosamente abriram mão de qualquer centralização ditatorial como seria o esperado. Ao contrário, tentaram incentivar federações.

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