Econ - Textos Variados XXXVIII

 

Ainda a Crise Financeira - Prognósticos:

261 -Texto de Raymond Torres - Diretor do Instituto Internacional de Estudos Laborais. O custo das medidas para resgatar o sistema financeiro recairá sobre todos. No entanto, os benefícios do período que antecedeu a crise estavam distribuídos de maneira desigual.

262 - Em 51 dos 73 países nos quais existem dados disponíveis, a porcentagem de salários como parte do total de rendimentos diminuiu nas últimas duas décadas.

263 - Frente à forte moderação de seus salários, os trabalhadores e suas famílias se endividaram cada vez mais para enfrentar os investimentos imobiliários e algumas vezes para as decisões em relação ao consumo. Em alguns países esta situação sustentou a demanda e o crescimento econômico e foi possível graças às inovações financeiras.

264 - Nos Estados Unidos, por exemplo, entre 2003 e 2007, o salário dos gerentes executivos cresceu em termos reais um total de 45 por cento comparado a um aumento de 15 por cento dos salários dos executivos médios e menos de 3 por cento do trabalhador americano médio. (...) Modelos similares podem ser observados em outros países como Alemanha, Austrália, Hong Kong (China), Países Baixos e África do Sul.

265 - Especialmente, alta densidade de sindicatos, uma estrutura mais coordenada de contratação coletiva e uma maior cobertura dos acordos de contratação coletiva tendem a ser associados com menores desigualdades. No entanto, é difícil para estes organismos contrapor-se às tendências mundiais que surgem da globalização.

266 - Finalmente, o regime fiscal é cada vez menos progressivo na grande maioria dos países e portanto menos capaz de redistribuir os benefícios do crescimento econômico.

 

Alceu Garcia - A Escola Austríaca e a Refutação Cabal do Socialismo:

267 - Hoje se sabe que os filósofos escolásticos e os primeiros economistas franceses, Cantillon e Turgot, haviam concebido uma teoria econômica superior em muitos pontos a dos clássicos britânicos, sobretudo quanto ao valor. Smith e Ricardo, porém, puseram a economia na pista errada com uma teoria do valor falaciosa e, nesse aspecto, causaram um grave retrocesso no pensamento econômico. (...) Vários economistas, entre eles o austríaco Carl Menger, chegaram basicamente a mesma conclusão que seus esquecidos antecessores pré-clássicos: o valor é subjetivo. (Eu conto a Alceu Garcia ou vocês contam? Sobre ideologia e etc.)

268 - Cada indivíduo tem uma escala de valores diferente, e o que é valioso para um pode não valer nada para outro. Até para o mesmo indivíduo a utilidade – e daí o valor – de um determinado bem varia no tempo.

269 - O texto traz confusões normais para quem leu “O Capital” pela primeira vez ou sem a devida atenção, como o de achar que “socialmente necessário” de Marx é a valoração individual, o quanto os indivíduos desejam aquilo. Tem outros “argumentos” do tipo.

270 - Coloca que como o trabalho humano não cria valor sem recurso natural, ele não pode ser considerado o único criador de valor… . (Essa é nova! (risos). A questão é que o recurso natural não tem como criar valor a partir do trabalho humano. Já o inverso é possível. Será difícil perceber que não há equivalência? Que há um elemento passivo e outro ativo nessa história? O pessoal deve pensar, por exemplo, que a "natureza" criava o "valor" - já que, para eles, valor e preço dá no mesmo - do ser humano escravizado, por exemplo. É o humano que cria o suposto "valor" da terra ou do escravo)

271 - (Tem uns argumentos toscos e outros que já foram discutidos em fichamentos de críticas melhores. Vou passar direto)

(continua...)

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